Publicações II


Torcidas Organizadas


O Liberal de 18.10.2004.

  Acessando o portal ORM semana passada encontrei a enquete sobre a decisão judicial de suspender a ação das torcidas organizadas dos Clubes do Remo e Paysandu e, com o objetivo de la opinar entrei na mesma mas antes, me dispus a tomar ciência das opiniões já alí registradas. E, confesso que depois de ler e constatar que nas entre linhas dos posicionamentos e dentro do que diz nossa gramática estava mais uma vez configurada a banalização da vida e em função do nada, desisti de la opinar e me inteirar mais a cerca da questão, para fazê-lo com mais embasamento.
   Hoje, dia 28.09, tive a grata satisfação de neste espaço ler o posicionamento da ilustre Promotora de Justiça Oirama Brabo com o título "Eles passarão" e as medidas futuras que virá a tomar e, decidi me posicionar como cidadão livre e democratico. Em primeiro para congratular-me com a digna Promotora e parabenizá-la pelo que fez e que poderá  futuramente fazer e, em segunda registrar, não entender o porquê do cidadão de hoje não dá o mínimo valor à sua vida, banalizando-a sempre que possível quer no trânsito diariamente, que com o uso de droga e também participando de torcidas organizadas, cujo "estatuto" ao que tudo indica, deve ter uns capítulos ou claúsulas que dizem: "ao torcedor - não precisa pertencer a torcida - que esteja trajando a camisa do time adversário, o linchamento"; "ao término de cada partida a quando do deslocamento para a residência dos componentes da torcida, quebre-se e destrua-se o patrimônio - automóveis e outros - que esteja estacionado na via pública, independente a quem pertença"; "membros desta torcida, quando em deslocamento dentro de coletivos, em arrastão surrupie-se os pertences dos demais passageiros, independente de que estivesse ou não no campo de futebol".
    Bem! Essas orientações podem até não está registradas mas, são executadas ao término de cada partida de futebol, independente do estádio em que foi realizada e estado da federação, pois não é privilégio daqui. Em São Paulo, Rio reiteradas vezes a imprensa noticia casos de óbitos de jovens
torcedores, numa concreta demonstração de selvageria.          Voltando a enquete acima mencionada, verificamos também que em seus depoimentos muitos pais, informam que levam seus filhos, crianças ainda e que por certo passam a testemunhar os atos de selvagerias praticados. Ou seja, cedo eles matricularam seus filhos para aprender a ser um selvagem no futuro. Alguns fizeram referência a violência que a politica local e nacional fizeram e fazem com o cidadão mas, para este último ítem temos o remédio a ser empregado agora dia 03.10.    Confiante na ação da promotora, espera-se que pelo menos haja mais civilidade na ação dos torcedores, pois ir a campo para colocar na guilhotina o pescoço, não me parece atitude de civilizado, pois o que se conclui é que o lema delas é "torcida organizada para matar ou para morrer", torcer é outra coisa.

Lúcio Reis

Belém do Pará, em 07 de Outubro de 2004.

Pirataria e Cambistas

Manhã do dia 07 de outubro, logo depois das 06:00 h dois jovens escalam a rede elétrica pública em plena Av 1º de Dezembro esquina com a Trv Mauriti e nela, no sentido Marco São Braz engatam um fio ou cabo elétrico atravessam com ele a pista passam a subtrair indevidamente energia elétrica, com a qual no canteiro central instalam seu toca CD com caixa amplificada e passam a executar as músicas gravadas por vários artistas em homenagem e divulgação do Círio de Nazaré ano 2004, o qual oficialmente só seria lançado aos fieis e romeiros na mesma noite daquele dia ao custo de R$10,00, enquanto que os jovens, já pela manhã o vendiam, aos motoristas que ali paravam, esperando o semáforo ficar verde, com 50% de abatimento.
Ao perceber o risco em que os mesmos colocaram quem transitava por ali, em função da clandestina instalação elétrica e até mesmo a ocorrência de um curto circuito, liguei para o 216-1300 REDE/CELPA mas, desisti de prestar a informação de caracter e utilidade pública, em virtude da burocracia que me foi apresentada pela atendente telefonista ao lhe relatar a razão de meu telefonema.
Mas tarde do mesmo dia, a imprensa noticia que os ingressos para acesso as arquibancadas instaladas na Praça da República e que se destinam aos romeiros e fieis que desejem dali, assistir a trasladação no sábado e o Círio no domingo, já estavam esgotados nas bilheterias que os vendiam mas que, poderiam ser encontrados nas mãos de cambistas.
É ao que tudo  indica, ainda está longe o dia em que não mais tomaremos ciência de fatos lamentáveis dessa péssima qualidade, pois basta que haja qualquer evento tal como teatro, campo de futebol – e neste, principalmente no que se refere aos ingressos de custo reduzido e que se destinam a estudantes – e para os quais deva haver a presença de uma bilheteria, nele estará maléfica e nocivamente a atuação dos cambistas, que em relação ao caso dos CD acima, são majorados para cima. Os fatos, sistematicamente se reiteram e, sempre a imprensa informa a sociedade sem que isso, seja o suficiente para ensejar uma ação legal de quem de direito com o intuito de coibir essa ilegalidade em relação a economia pública.
É bem verdade que o problema tem uma fácil solução, pois assim como não comprei o CD que insistentemente me foi oferecido, se o cidadão não comprasse ingressos das mãos de cambistas, a questão deixava de existir mas, esse procedimento ainda está longe de ser executado pelo brasileiro, pois demanda tempo e uma nova orientação educacional e cultural.
No entanto, como cidadão sugiro uma solução, mesmo sabendo que as empresas responsáveis pelas bilheterias são idôneas: venda-se um ingresso e apenas um à cada pessoa, mediante apresentação da carteira de identidade, cujo nº será anotado e ao lado deste o nº do ingresso. Resolverá? Não creio, pois a mente da malandragem brasileira é fértil mas, dificultará essa ação? por certo sim. A não ser que não haja, como até hoje tem sido demonstrado, interesse em solucionar o problema, pois no caso inicial da via pública, será que por ali não trafegou ou transitou nenhuma autoridade policial, do ministério público, da segurança pública, do judiciário ou da direção da festa de Nazaré? Ou será que houve omissão e assim tornaram-se coniventes.
Lúcio Reis


Belém, Pa, em 23 de Setembro de 2004.

Golpe - Utilidade Pública

       Contando com a prestimosa cooperação do Jornal O Liberal e através deste espaço, o assunto a seguir tem objetivo de servir de utilidade pública e alerta, principalmente para quem está esperando familiares, amigos oriundos de outros estados da federação e do interior do Pará e, qualquer pessoa que aqui também resida e compareça ao local público abaixo, para o golpe que vem sendo aplicado, tendo como local preferido o terminal rodoviário de São Braz. O aplicação consiste no seguinte:
"Você encontra sob uma das cadeiras, que estão posicionadas no hall de espera de embarque um envelope, em cujo interior se encontra um cheque de volumosa importância - mais de dez mil reais - e um cartão magnético bancário. Em ato continuo se aproximam da pessoa que o achou, duas jovens entabulando conversa e dizem que tomaram ciência de quem o perdeu e, nisso surgem dois cidadãos trajados dignamente, camisa manga comprida e se declaram perdedores do envelope. Quando a pessoa que encontrou o envelope pergunta o que ele contem, eles declaram na integra o que lá está e com detalhes e informam que o mesmo é da empresa em que eles trabalham e que, a pessoa não precisa lhes entregar, podendo-o fazê-lo diretamente à empresa, cujo endereço é próximo do  terminal. Convidam as duas moças que primeiro apareceram a lhes acompanhar, as quais inicialmente se recusam mas depois com certa relutância aceitam e, estas reforçam o informe de que o achador receberá uma gratificação. Saem todos do terminal em direção da empresa, cujo endereço fica em uma rua próximo a um super mercado localizado na Almt Barroso com Antonio Baena. Ao entrar nessa rua, e que é de pouco movimento, ali a quadrilha, os dois homens e as duas mulheres, assaltam a pessoa, lhes tirando bolsa, celular, relógio, cartões, em fim tudo o que ele portar"
      Quando o golpe do qual tomei ciência - não foi eu a vitima - foi registrado no Posto Policial de São Braz na Av Independência, segundo o relato que me foi feito, já não era o primeiro caso. Logo, a quadrilha deve permanecer por lá, principalmente nesta época em que romeiros se deslocam com destino a esta Capital, em virtude do Círio de Nazaré e, lógico, outros locais de embarque e desembarque, podem estar sendo frequentados pelo quarteto.
       Fique alerta e qualquer assunto dessa natureza, procure a policia. Não vá atrás de ganhar gratificação, pois o que é muito fácil não tem valor.

Lúcio Reis

Belém, Pa, em 22 de setembro de 2004


Fé,  Futebol e Amizade


     A edição de O Liberal de hoje 22.09, em sua capa se reporta ao Padre Paulo Cruz, remista de coração pedindo aos céus pela salvação do Clube do Remo.
     Ontem 21.09 familiares e amigos estivemos na Igreja do Carmo participando de u"a missa em sufrágio da alma do torcedor, dirigente e cartola do Paysandu o Luis Otavio Amador Rabelo.
      O tema esporte é o que menos gosto de me pronunciar mas, ao ler a manchete do Jornal da Amazônia a cerca do apêlo do padre, confidenciei comigo mesmo: "poxa, por declaração própria o Luis Otávio já havia em vida tido ser o Paysandu sua grande paixão e, me levou a pensar ter ido lá nos céus interceder pessoal e espiritualmente em favor do Papão, seu time de coração para que do mesmo seja afastado essa onda de ameaça de rebaixamento".
       Bem! Na realidade tudo o acima, nada mais, nada menos é de que o gancho que encontrei para aqui - espaço que diariamente o Luis Otavio era viciado em ler - prestar uma justa homenagem e despedida pública ao amigo que há mais de uma década, reuniamo-nos aos sábados no Grêmio Português, em sua Sede Campestre e lá desde o inicio da tarde até as primeiras horas da noite juntamente com outros amigos: o Agostinho Martins, o Ferdinando Evangelista, o Sergio Vasconcelos, o Souza, relaxavamos o peso da semana de trabalho através de sucessivas partidas de dominó, cujo troféu do vencedor erá simplesmente gozar, e brincar com a cara do "adversário".
     Não poderia nesse registro deixar passar algo sobre a personalidade do amigo LO, seu registro para o dominó: sujeito trabalhador que desde moleque com 12 anos, conheceu as adversidades da vida e hoje com 65 anos, poderia dizer: nasci, vivi, cresci e venci. Não temos ciência de nenhum ato que pudéssemos entender seria razão de jaça em seu curriculum. "É bem verdade, bicola inveterado mas, ninguem é perfeito e os amigos aceitamos como são, com virtudes e com falhas". Dava tudo de si para a família e sempre tinha em mente que fosse o melhor. Apesar de apenas brincarmos, não gostava de contabilizar derrotas mas, na última vez em que aqui em Belém estivemos juntos 22.08 - pois muitas vezes, por ocasião de feriados prolongados, deslocavamo-nos a Salinas ou a outro local com o  único objetivo de não passarmos o fim de semana sem nossa brincadeira preferida, que ele dizia sermos eu e ele viciados - podemos perceber que seus neurônios, pressionados pelo tumor não eram mais os mesmos e daquele dia para o dia 15.09 quando ele partiu, não podemos mais brincar, mesmo a despeito de que quando iamos ao seu encontro no Hospital Belém, ele solicitar, vamos brincar dominó. Não atendemos esse último apelo, por razões obvias.
        Caro Luis Otávio, este espaço é pequeno e agora, só resta pedir a Deus que te apresente aí uma outra turma e que com ela treines bastante, pois quando a turma que aqui ficou aí chegar, vamos te dar um monte de "baratada". E que Deus te aloje nos aposentos em que ficam os justos e os bons de coração, pois as vezes, atuavas com a inocência de uma criança.
Lúcio Reis

Inspeção Veicular
O Liberal de 09.09.04.  e 17.09.04.

Circunstancialmente no Brasil quem adquiri bens patrimonias, deve e tem de sofrer sanção pecuniária  pelo poder público do País, independente da cobrança de uma já existente e enorme gama de impostos e, sem a correspondente e a altura contra-partida em bens sociais comuns.
A imprensa nacional informa que o governo planeja incluir na pauta do esforço concentrado da Câmara dos Deputados no período de 13 a 17 de setembro, o projeto de lei que cria a inspeção veicular anual, com o que o caixa do governo receberá pelo menos R$1,5 bilhão de reais anualmente, em função de inspeção obrigatória de automóveis para saber suas condições técnicas e ambientais.
Espera aí! Será que o pessoal da área econômica crê que a sociedade brasileira já esqueceu ou já se acostumou a sentir a mão do governo em seu bolso a cada vez que ela vai ao caixa bancário e faz movimentação financeira e por esse elementar direito de retirar do banco o que lhe pertence ter de entregar ao poder da república uma parte de seu patrimônio? Será que o governo crê que o cidadão ao ver que o objetivo dessa tomada de seu patrimonio não recebeu a destinação que lhe deu origem e que, o sistema de saúde continua a não atender as necessidades do cidadão e, portanto que ele não está satisfeito com a CPMF? Será que o governo não percebe que já sabemos de cor e salteado, que ao ser criada mais essa fonte de renda, logo, logo será mais uma a ocupar o noticiário em função de desvios e malversação da mesma? Será que o governo ainda não viu que a razão do cidadão ter seu carro quebrado é a péssima conservação das muitas estradas que cortam este País? Será que os poderes republicanos ainda não perceberam que o esvaziamento dos cofres tem origem nos gastos desnescessários ou pelas ações corruptas? Será que um governo que gasta R$70 mil - dinheiro que não é seu -  para aquisição de mesas para uma festa, cuja renda tem como objetivo a construção da sede de seu partido politico, tem austeridade moral para tentar impor à sociedade mais aumento da carga tributária? Como é possível que o governo perdoe dividas de outros países, cujo dinheiro emprestado era de todos nós e agora queira nos tirar mais?
Bem! De uma situação podemos ter certeza: Não devemos confiar nos nossos representantes aos quais outorgamos poderes para nos representarem no parlamento, pois como já está caracterizado, provado e definido em função da taxação das aposentadorias, quando os interesses do cidadão foram jogados ao léu, eles votam segundo a quantia que lhes for ofertada pelo executivo. Por isso, só nos resta desde já e através do Jornal O Liberal, porta voz dos elos mais fracos e, de outros meios de comunicação possíveis exercemos o direito de espernear e deixar claro que não concordamos com mais essa sangria em nosso patrimônio.
Lembre-se sempre que vivemos numa democracia, onde as ações governamentais devem visar os nossos interesses. Pois aqui o governo é do povo e para o povo.

Lúcio Reis

Reação
O Liberal de 06.09.04

A edição do Jornal O Liberal em 29.08.04 publicou matéria sobre a ação da Policia Federal, e os louros que ela vem colhendo após sucessivas operações bem sucedidas e que, com certeza mudarão a face deste País.
As operações vampiro, trânsito livre, anaconda, gafanhoto, pirataria e seu al capone Law Kin Chong, e a farol da colina, foram ações policiais levadas a efeito nesses últimos meses e que, indiciaram em inqueritos figurões ou tubarões do poder judiciário, do executivo e do legislativo e que, espera-se surta algum efeito na metamorforse do conceito deste Brasil, que ainda figura como um dos mais corruputos deste planeta.
O que é muito importante e valioso para credibilidade da Instituição é que nem mesmo sua carne ela deixa de cortar, como foi a ação em que 22 agentes que atuavam em Foz do Iguaçu, facilitando o jeitinho brasileiro para que o contrabando entrasse em nosso território com toda facilidade que necessitava e assim fazendo de conta que fiscalizavam.
Lógico que o Brasil vai e precisa mudar. Sabe-se que essa mudança é lenta e gradual, pois ainda, ao que tudo indica não há uma legislação mais rigorosa, pois mesmo a despeito da ação policial que prende, não leva muito tempo e juizes estão concedendo habeas corpus, como comprova-se em relação ao pessoal que recentemente foi preso em Castanhal e que metia as mãos nos cofres do INSS, pelo menos é o que noticia a imprensa.
Quando leio  noticias dessa natureza, vêm a lembrança uma nota jornalistica há anos publicada, que noticiava que um ex-governador deste Estado, ao ser convidado a um jantar na residência de veraneio de um fiscal de renda do Estado, situada em Salinas, ficou constrangido com o luxo dos talheres que o funcionário mandou colocar à mesa para servir o pasto e que, ele como governador não dispunha nem em sua residência pessoal e nem na residência governamental. Mas isso, são fatos do passado, pois hoje a idoneidade, seriedade, competência,  honestidade são procedimentos que se antepõem e agem como antidoto às ações de sonegadores, que para se verem livres das ações legais tentam corromper os agentes do fisco, pois está aí a imprensa a informar o aumento da arrecadação e mês apos mês e recordes sendo batidos sucessivamente.
Sabemos que uma hora vai mudar para melhor, pois não é possível, até mesmo porquê não há mais espaço a ser ocupado pela corrupção passiva e ativa, pelos desmandos e ações condenáveis de juizes, governadores, deputados, fiscais, policiais, empresários, senadores e até mesmo do simples cidadão.
Não queremos mais levantar o título de País corrupto. Queremos perder nessa modalidade. Queremos o podium de outros títulos mais adequados e compatíveis com a moral, com a ética e com a útil administração pública.
 Lúcio Reis


Liberdade e crime
O Liberal de 23.08.04

Decretada a prisão preventiva de bandido de alta periculosidade. Juiz(a) defere habeas corpus libertando bandido de alta periculosidade.
Todos nós já lemos, já ouvimos noticias, tais quais acima e somos tomados de um sentimento de fraqueza e de total desproteção por parte do estado e, só nos resta ficar com a cabeça cheia de interrogações: "como é que um bandido desse quilate, recebe um alvará de soltura, e assim, livre no seio da sociedade, a criança, o ancião, inclusive magistrados, em fim as pessoas de bem ficam a mercê dele?"
Creio que você leitor, assim como eu, estamos a meditar sobre o lamentável e triste fato ocorrido com o Juiz Antonio Jairo Cordeiro, mais uma vitima da sanguinária e desumana ação do banditismo que impera aqui e em todos os locais desta Nação.
Hoje a imprensa já noticia que o bandido foi capturado e informa ser o mesmo da mais alta periculosidade e, se assim é adjetivado, por certo já esteve frequeantando o xadrez de alguma delegacia de policia e tem seus registros nos anais da Secretaria de Segurança Pública.
E, nesse ponto, só entra uma única pergunta: como é que um bárbaro e insensível desse quilate está solto? Seria muito comodo, não dar importancia ao lamentável fato com a desculpa de que não foi comigo mas, assim como foi o Juiz, poderia ser qualquer um de nós e, basta olha o ocorrido por essa ótica para que todos nós cidadãos de bem, levantarmos nossas vozes e cobrar providencias de quem tem poder para modificar nossas leis que: em primeiro lugar, não modificar a lei dos crimes hediondos e, muito pelo contrário endurecer mais com o banditismo, para evitar que bárbaros como esse bandido não possam transitar indo e vindo normalmente no seio da sociedade, pois são mais perigosos do que os transmisores, por exemplo da leptospirose, que você tem como se previnir, enquanto deles, ao se apresentarem em nossas vidas, estamos condenados a danos, quando não são fatais são  causadores de sequelas e estragos irreparáveis.
Urge providencias urgentes, antes que a situação alcance estágios irreversíveis.

Lúcio Reis


Liberdade de ser informado
O Liberal de 22.08.04

   Há um dito popular que diz: "diz-me com quem andas que te direi quem és".
   Não é novidade para nenhum brasileiro - povo livre e democrático por excelência -, que uns poucos compatriotas nossos, inclusive pertencentes ao centro governamental desta Nação,  que são amigos de Fidel de Castro e de outros poucos ditadores que ainda sobrevivem por aí neste planeta, estão nos dando a entender que têm em mente ações e providências que visam implantar neste País medidas capazes de tolher e até impedir o direito constitucional da livre expressão do pensamento, do falar, do escrever, de sermos informados e por aí afora.
    A criança quando comete um deslize e tem conciência do erro que praticou, normalmente - salvo nos casos em que lhe foi ministrada uma boa educação - tenta esconder de seus pais o senão cometido, temendo uma penalização. O atual governo está, ao longo desses poucos meses em que ocupa o poder, notabilizando-se pelos sucessivos informes que chegam à sociedade de ações impróprias, condenáveis e incompatíveis com a moral, com a honestidade e bons costumes e, a situação toma contornos de gravíssima, posto que ocorrem em gabinetes contíguos ao do Mandatário Máximo ou ministros, cuja pasta são  de suma importância para o caminhar da instabilidade constitucional e desenvolvimento do Brasil.
   Uma das consequências de maior impacto é que, o legislativo no afã de que os seus componentes e por consequência os partidos a que pertencem, ganhem notoriedade e cacife para próximos pleitos, posto que é um dos poderes de menor credibilidade perante a opinião pública, debruçam-se sôbre as maracutaias que surgem a cada dia e emperram o funcionamento dos dois poderes, tendo em vista que um ataca e o outro tenta se explicar, pois o terceiro, o judiciário já é lento por natureza, em virtude das leis que não são modificadas, exatamente para que os crimes cometidos, invariavelmente ficam na vala comum da impunidade.
O absurdo alcança contornos inexplicáveis, que agora, para evitar esclarecimentos à sociedade de procedimentos suspeitos, segundo eles mesmos que estão em Brasilia, o cargo ou função de Presidente do Banco Central, passa ao status de ministro e assim, ganha foro privilegiado, o que trocado em miudos para nós simples cidadãos, parece uma confissão, pois quem não deve não teme.
Em função de tudo isso, só resta empurra o lixo para debaixo do tapete o que corresponderia a impor uma lei que tire da imprensa, do jornalista, do reporter, o lápis, a caneta, o papel ou até mesmo lhe corte os punhos e seccione suas linguas e assim, ninguem mais tem conhecimento dos escandalos que se praticam ali e em órgãos próximos.

Lúcio Reis 

Desarmamento
 Publicado no O Liberal de 18.08.2004.
A sociedade começa a atender com mais intensidade a campanha de desarmamento, recém implantada e cuja origem é uma lei governamental promulgada há pouco dias.
Paralelamente ao procedimento do cidadão que não pertence ao mundo do banditismo e faz "doação" de suas armas, aos organismos de segurança pública, há também uma crescente ação criminosa com porte de arma de fogo em sequestros, inclusive de crianças, roubo ou furto, assalto,  segundo a imprensa escrita, falada e televisada.
Em outro aspecto, vê-se e ouve-se ainda as ações de invasões de grupos de sem terra e que, ao vermos os noticiários diários e o governo declarar que assentou milhares e milhares de agricultores e que, na contra mão os invasores proliferam como formiga, conclui-se que há algo de errado ou contraditório nas informações que são trazidas a público pelos governantes.
Feitas essas observações e ao sabermos que na ponte da amizade, que liga o Brasil ao Paraguai, a segurança não consegue evitar o grande tráfico de cigarro e que é feito aclaridade do dia e sem nenhum cuidado de camuflação, imagina o de armas e, sabe-se que qualquer sacoleiro compra com facilidade um 38, uma pistola, em fim, alí é apenas uma das rota de entrada ilegal de arma e isso é tão verdadeiro, que já surgiu entre nós uma nova atividade economica: aluguel de armas de fogo para a bandidagem.
Estando a sociedade totalmente desarmada e, contando com nossos aparelhos de segurança deficitários como o são, pois quem ainda não ouviu publicações de que guarnições policiais não podem se deslocar em diligências ou perseguições a meliantes, porquê a viatura não tem combustível?, fica aberta a perigosíssima porta a que, daqui a pouco bandos cheguem em sua residência, apontem uma arma de fogo para sua cabeça, lhe coloque no olho da rua, se aposse de sua residência com a justificativa que eles não tem teto para morar. E aí? Quem vai responder por isso? Em quanto tempo virá a reação e a solução, tanto no aspecto policial, quanto judicial?
Sabe-se que lá fora, na Europa, por exemplo, a própria policia atua desarmada. No entanto, não se tem noticia de que lá as leis sejam brandas com a bandidagem, enquanto que aqui, nossas leis facilitam as procrastinações, recursos e mais recursos, retardam as ações a decisões judiciais e que, tornam as sentenças dos tribunais mais lentas.
Sou favorável ao desarmamento do cidadão de bem mas, é obvio que ações paralelas e mudanças na legislação e que torne os procedimentos judiciais mais céleres, têm que ser tomadas com a maior brevidade possível, para que depois não tenhamos que chorar sobre o sangue derramado e vidas  ceifadas.
 Lúcio Reis


Extorsão (Mau exemplo do policial rodoviário)

Publicado no O Liberal de 25.07.04

Mais uma vez o Jornal O Liberal traz a público noticia de corrupção e, desta feita envolvendo policiais rodoviários federais.
Do lado de cá, eu você e todo cidadão que acompanha os noticiários deste País estamos fartos de saber que um dia a casa caí, pois não é raro a imprensa nos mostrar esse fim triste e vergonhoso em todas as unidades da federação. O que não consigo compreender é o fato de um cidadão ou cidadã, que batalhou com muita dificuldade estudando para um concurso a um cargo e função pública, fazer a prova conseguir ser aprovado, ser classificado, ser chamado, ser admitido e finalmente começar a trabalhar e ter ao fim do mês seu salário, que ele já sabia de ante-mão qual seria - pouco! mas com certeza  muito maior do que aquele recebido ao estar desempregado, ou seja salário zero -, se deixar seduzir pelo ganho fácil, colocando em jogo e portanto em risco, sua honradez, o destino de sua família e principalmente de seus filhos, a trôco de um valor de certa forma irrisório e que, por tê-lo ganho e recebido fácil, com cereteza facilmente irá gastá-lo e, normalmente numa rodada de cerveja num fim de semana.
É bem verdade que se olharmos o tema por outro prisma, muitos ainda acreditam na impunidade e criaram para sí o entendimento de que o crime compensa neste País, pois também creem na máxima que diz, que todo homem tem seu preço e muitos tristes exemplos vem lá de cima, das esferas maiores de nossa administração pública em todos os sentidos. Porém, devemos ter em mente que há questão de uma década essa situação está sendo modificada e que, o cidadão comum não suporta, não admite e não quer mais ser vitima ou simples espectador desse vergonhoso espetaculo, principalmente quando presencia a garra e o denodo desses jovens promotores e procuradores que tem desmascarado e até levado peixes graudos para de tras das grades.
Como se pode constatar a cara de pau e o cinismo é tamanha, que o agente que alí está para fazer cumprir a lei, descumpre-a e ainda a usa para dela se beneficiar pessoalmente em detrimento da sociedade. Lógico, a serem verdadeiras toda essa sujeira o cara é indigno e é por essas e outras que no aspecto trânsito, ocupamos triste e vergonhoso lugar de destaque.
Ouve-se dizer que muitos brasileiros têm vergonha de aqui morar e lá fora declarar sua nacionalidade. Eu digo o seguinte, não devemos nos mudar do Brasil mas sim, mudar o Brasil e uma nação só existe, porquê existe o cidadão, ou seja: somos nós brasileiros que fazemos a Nação Brasileira, eu faço minha parte, você faz a sua, ele faz a dele e todos construiremos um novo e melhor País e, já podemos iniciar agora em outubro, dando um cartão vermelho para todos aqueles que pretendem a reeleição, pois o time está perdendo e asssim é hora de efetuarmos substituições na equipe.

Lúcio Reis



Belém, Pa, em 09 de Julho de 2004.
Cidadania

A edição do O Liberal de 9 do corrente, na coluna Voz do Leitor publica as reclamações do cidadão Haroldo Bosco Mello, relatando e protestando contra a injustiça de que também ele foi vitima, por parte do órgão municipal responsável pelo trânsito desta Cidade a CTBEL.
Em relação ao posicionamento da referida Companhia, via seu Departamento de Comunicação à minha última publicação aqui em 03 deste mês, pelo fato de que a tônica de suas respostas e considerações são fruto de um sofisma sem precedentes e também tergiversação que jamais ví, iria me manter silente, pois creio saber o que está pensando o cidadão que como nós já sentiu em seu bolso a mão dos cofres da CTBEL mas, diante de mais o caso do Sr Haroldo Mello, resolvi reconsiderar minha posição e hipotecar, na condição de municipe sacrificado pela Cia de Trânsito de Belém, solidariedade a ele e também a todos aqueles que se sentem violados em seus direitos pela ação desse orgão municipal e juntos impetrarmos ação judicial para reposição de nossas economias e principalmente da verdade.
Gostaria de aqui deixar bem claro que não os estou conclamando ou insuflando a sairmos mordendo os competentes dirigentes da CTBEL - como foi feito com o oficial do Palacio Governamental há alguns anos, nem tampouco invadir e quebrar repartição pública -, mas sim à impetração de uma ação judicial plurima, com constituição de um profissional de direito para a todos nós representar e assim restabelecermos o que nos é devido.
Está mais do que caracterizado que esse pessoal ficou anos e anos criticando e condenando o atropelo do estado de direito mas, o que se tem observado concretamente ao estarem no poder, é que o radicalismo é que é o forte de suas ações. Diante dessa realidade, ponho-me a questionar e com meus botões dialogar: será que foi mesmo um torno mecânico que extirpou o dedo do metalúrgico ou será que foi uma dentada, à época das disputas sindicais? Sim, porquê a imitação entre eles é visivel, inclusive na língua.
Meu endereço eletrônico está aí e, se houver interesse de alguem, vamos juntos a justiça e nesse aspecto contem comigo, pois está mais do que comprovado que eles creem piamente que seus agentes são infalíveis e que, do lado de cá só tem irresponsável e transgressor das leis de trânsito.

Lúcio Reis



Liberal de 02.08.2004

Lei do Abate

A edição do Jornal O Liberal de 25.07.04 na Coluna Repórter 70, torna público a seguinte declaração proferida pelo Ministro da Defesa José Viegas: "Garanto que ninguém, nenhuma pessoa inocente vai ter seu avião abatido".
Em outra matéria, há referência ao contrabando conduzido pelo jatinho da Schincariol e segundo o noticiário de propriedade do deputado Robson Tuma, que aqui veio para solucionar o problema, negando que ser dele apenas uma parte do que foi encontrado e aprendido pela Policia Federal naquela aeronave.
Eis aí dois fatos atuais e que podem espelhar o que será no futuro a Lei do Abate.Não é o cidadão comum quem trafica grandes quantidades de drogas e mercadorias outras ilegalmente. Não é o cidadão comum quem sequestra aeronaves, mata o piloto e usa o avião para transportes ilicitos. Não é o cidadão comum e portanto, sem poder politico, economico e financeiro quem milita nesse mundo, pois se assim fosse, a superpopulação carcerária não seria hoje de "pé raspados" mas sim de abastados e "bacanas".
É lógico que por trás do executor dos crimes de sequestro de avião e transporte de produto ilegal está um "big shot" que desfruta sua "dolce far niente" em mansões muito bem guardadas e o mesmo conta com influências importantes, pois em épocas eleitorais usou parcela de seu capital em prol de candidatos e assim, adquiriu certa imunidade a titulo de contra-partida. E, em função disso, esses mesmos homens públicos, usando suas posições passam a interceder em prol do financiador e aí é que mora o perigo, pois ao final e ao cabo sobrará para o piloto, como agora se imputa ao comandante do avião acima mencionado, ser dele a maior parte da mercadoria. E isto, se o piloto não for junto com o avião abatido, pois assim, estará feita a queima de arquivo e elimina-se o corpo de delito e as provas do crime.
É evidente que por de trás das declarações do ministro está embutida a possibilidade de na mesma aeronave e até mesmo como escudo haver ali a presença de crianças que inviabilizariam a execução da lei. E, avião como as aves precisam de um local para pousar, não é demais lembrar que há alguns anos, várias pistas de pouso ao longo de nosso vasto território nacional foram bombardeadas mas, recentemente a imprensa nos mostra que muitas outras foram construidas, será que não se deveria com mais frequência proceder a dinamitação dessas pistas? Porquê razão não prosseguiu a destruição das que foram construidas depois daqueles bombardeios?
Bem! Como no Brasil o que não falta são leis, talvez essa seja mais uma a compor o rol das milhares de ineficazes que aí estão e que não são executadas e cumpridas, ora por falta de pessoal, ora pora falta de verbas, ora por falta de regulamentação, pois aquelas que efetiva e concretamente entram em pleno vigor a data de sua publicação são as que tem por objetivo tirar do bolso do cidadão e contribuinte mais impostos.


Lúcio Reis
Belém, Pa, em 25 de Junho de 2004
VACINA

O que deveria ser um procedimento normal entre fornecedores, prestadores de serviços e o cidadão, ou seja uma relação cordial e de saudável urbanidade, na qual este, lógico, tem todos os direitos em ser bem atendido, pois a razão da existência daqueles, mas não é o que comprova o dia e assim tem-se ciência dos mais puros absurdos nessa relação.
O fato que me reporto é aquele em que o Gerente de uma Agencia do Correio nesta Cidade, numa demonstração inconteste de que não reune condições para tal função, não deu o digno tratamento ao Sr. Sergio Silva, que além de sua idade avançada ainda é deficiente e que, por necessidade de estar naquela agência para tratar de assuntos que alí são resolvidos, compulsoriamente foi colocado a merce do indigno gerente.
No Brasil vive-se um longo momento no qual os homens que exercem cargos públicos quer eletivos ou não, dão-nos a entender de que não estão vacinados contra a poliomilite do mau caracter; não receberam as devidas doses da vacina ou tratamento contra o hansen para o trato dos problemas sociais do cidadão humilde; faltaram ao recebimento do bacilo de Koch, que os imunizaria contra a tisica ao lidarem com o que é legal e também moral e nem tampouco usam as vitaminas que os tornaria fortalecidos para dizerem não aos procedimentos condenáveis. Ou seja o tecido social nesse aspecto está em completa decomposição e quem sofre as consequencias é a sociedade.
As sucessivas atitudes contrarias aos bons procedimentos são tão amiúdes que, ao tomarmos conhecimento de que alguem procedeu dentro dos principios do que seria o normal e correto, causa-nos espanto e surpresa e, dentro desse ítem cumpre-nos o dever como cidadão e leitor deste magnifico espaço que O Liberal franquia a voz dos fracos e oprimidos, louvar a atitude do Sr. Raimundo Nonato Pereira, Diretor Regional da ECT, que veio publicamente neste espaço (Edição de 25/06/04) registrar pedidos de desculpas ao Sr. Sergio Silva e informando que providencias estão sendo tomadas e, quanto ao funcionário que tripudiou em cima do usuário é necessário lembra-lo que se ele fizer a parte dele e outros o seguirem, até mesmo um de seus familiares como pai, mãe, avó, avô, irmãos e assim por diante, podem estar livres de maus tratos por qualquer brutamontes em outro orgão. Pois a cidadania não é um favor, todos nós democraticamente somos detentores dela, a questão é saber usá-la, tanto por quem está do lado de cá quanto quem está do lado de lá do balcão de atendimento.No caso o Silva do lado externo do balcão fez sua parte, diferente daquele outro Silva, que está do lado de dentro do balcão e que até agora não cumpriu uma promessa sequer.

Lúcio Reis

Belém,Pa, em 16 de Junho de 2004.

Estados Unidos da Corrupção

Foi fundado há alguns anos – veja bem não foi descoberto, foi fundado – um país, cuja denominação é exatamente  República Federativa da Corrupção e da Falta de Seriedade, o qual tem as singularidades e particularidades mais estranhas possíveis, sendo a que mais se destaca é a banalização da vida do ser humano independentemente da faixa etária e um altíssimo grau de corrupção e todas as suas nuances e desfaçatez.
Nesse país o vulto histórico de maior relevância e aquele que serve de modelo invariavelmente ao seu povo e chama-se Ali Bá Ba, cuja maior proeza foi, quando jovem ter roubado o tesouro de um rei e feito doação aos pobres.
O santo de devoção desse povo e principalmente dos cidadãos que ocupam cargos na esfera pública, chama-se Judas Iscariotes, o qual tem uma enorme força e poder de convencimento, pois seus seguidores traem as pessoas que lhes elegeram, com a mesma facilidade com que calçam e despem um par de meias.
O cosmético preferido pelos eleitos e os auxiliares que eles chamam para seus gabinetes, autarquias, repartições, ministérios e etc...e que, é usado do tecido facial e,  sua química é a base de óleo e traz no rótulo em alto relevo a denominação peroba.
Nesse país o procedimento mentiroso ou se preferir o eufemismo, faltar com a verdade é usado tão corriqueiramente, que se tornou marca registrada de quem ocupa cargos públicos em qualquer esfera e, lá há uma capacidade surpreendente, não sei se para parecer diferente perante aos outros paises, que é a de inverter totalmente o significado das palavras, como por exemplo: quando o político diz sim, entenda-se como não e vice-versa; quando ele diz vai baixar, significa aumentar; quando eles anunciam não vai ter aumento, pode ter certeza de que no dia seguinte está publicado o aumento principalmente dos preços de itens sob o controle do governo, como combustível, impostos e etc...e, por aí vai.
Lá como há muito roubo, furto e outros procedimentos de desonestidades eles se preocupam deveras em mandar construir presídios e alguns tantos qualificados de extrema segurança. Mas, nesses cárceres eles abarrotam de pessoas pobres e que não tem condições financeiras de se defenderem na justiça de lá que é muito cara e lerda que nem uma lesma quando se trata de punir os ricos ou quando é para retirar da prisão um pobre, mesmo que ele já tenha cumprido sua pena e assim, não sobra vaga para os que ficaram ricos, inclusive dilapidando o erário público também que foi usado para referidas construções em função de superfaturamento das respectivas concorrências públicas.
Nesse país, como o ensino é uma calamidade pública e isso é observado nas provas que são aplicadas, o povo não é educado e assim, não cria a capacidade de discernimento no saber escolher o candidato menos ruim na hora de votar e, ao perceber esse filão os políticos implantaram uma lei que o jovem com 16 anos pode votar mas, esse mesmo jovem ao cometer um crime, vai para uma instituição que o torna muitos mais perigoso e se, ele cometeu um simples delito, nesses centros de menores infratores ele faz curso de phd e sai diplomado como doutor em crimes de altíssima periculosidade e bárbaros portanto,  e etc... Logo, em virtude desse ciclo vicioso: político ou homem público desonesto se benéficia ou seja enche os bolsos com erário público, adquiri cacife financeiro, compra votos, se reelege e assim após sucessivos mandatos, já tem dinheiro em paraísos fiscais, rede rádio, tv, jornal, mansões fazendas e muito dinheiro para comprar votos e como o Zé povinho, com fome, sem escolaridade e sem saída vai recolocando o político no poder e isso, até criou o entendimento para os povos de que o sociedade da RFCFS gosta mesmo é de ser comandada e administrada pela corrupção e falta de seriedade.
Na RFCFS – essa é a sigla do país -, a saúde, segurança, trânsito, rodovias, ferrovias e qualquer item que se relacione ao governo, quer municipal, estadual ou da união é sempre razão de corrupção. Mas há também muitas histórias de empresas não governamentais e  que atuam no país e que, ao ocorrer uma oportunidade de enriquecer rapidamente, não perdem tempo e, para citar um exemplo, elas chegam a vender polvilho como pílula anti-concepcional e assim, serão mais cidadãos para elegerem os futuros espertalhões, pois quem pensava e acreditava que não engravidaria, engravidou.
Voltando aos itens saúde, segurança e etc... acima citados.  Lá na República da Corrupção ocorre um fato sui generis: o governo pede dinheiro emprestado a um organismo internacional que lhe concede, o cidadão não consegue sentir e nem ver melhorias no seu dia a dia, o índice de desemprego cresce, a qualidade de vida cai, o governo bate recordes de arrecada de impostos, a balança comercial a cada mês apresenta superavit e todo esse lucro ele paga de juros aquele organismo monetário. Logo, se não houve lucro para o cidadão, o que foi feito com o dinheiro que recebeu dos empréstimos.
No que se refere a transporte público. Ah! Nesse item a RC é genial. A sociedade tem ao seu dispor estradas rodo-ferroviárias de qualidade indecente mas, em compensação a República adquiriu um avião, último modelo a fazer inveja a esses outros países metidos a bestas que se dizem de primeiro mundo e que, devem estar morrendo de inveja do Boeing presidencial.
Uma das características desse povo é a alegria contagiante. Lembra da hiena? Pois assim como ela, vivem a se alimentar mal, poder-se-ia dizer até mesmo de excremento, pois a qualidade da água que sai das torneiras de abastecimento público é coliformes fecais em alta concentração mas, mesmo assim vivem em rodas de samba, carnaval se possível o ano todo. Não perdem uma partida de futebol e, nesse aspecto para chegar aos estádios, o trânsito é um caos, lá tomam banho de urina de outros torcedores, se arriscam a pegar e as vezes pegam mesmo cacetadas da policia e de vez em quando ao saírem dos campos travam lutas campais e que invariavelmente deixam como saldo de  quando em vez um é morto a paulada e muitos feridos. O que? Onde você já viu guerra sem morto e nem ferido, só for em guerra de bolinha de samba. Ah! Mas em compensação o futebol foi um espetáculo! Que espetáculo. Hoje ninguém joga por amor a camisa é puro comercio.
Aposentadoria! Ah! Nesse item naquele país, a situação é mal comparada a um  conto de fadas. Imagine que nas propagandas eles falam de cafezinho, água gelada e atendimento tão rápido atencioso que quase fez o casal de idosos  aposentados se separarem, pois ele queria ficar mais tempo em função da mordomia com que foi recebido e ela com ciúme já queria voltar para sua casa e agora, em função de tanta greve esse casal e tantos outros vivem um drama desesperado, porquê agora, não tem cafezinho, não tem água gelada e muito menos funcionário para atende-los. Eis aí uma das características da República, gastar com empresas de propaganda de um item que só ele faz e que tem obrigação constitucional de fazer e bem feito.
Ah! Você leu a palavra constituição? O que? Pensava que lá não tem uma constituição federal, só pelo simples fato de que há muita falta de seriedade. Pois fique sabendo que há a constituição do país, dos estados e algo similar que gere os municípios. O que? Se são respeitadas? Assim você já quer demais. Ou você esqueceu de que estamos falando de um país chamado República Federativa da Corrupção e da Falta de Seriedade? Lá os mesmos homens que as elaboram e promulgam, são os primeiros a desrespeita-las. Sim você queria o que? Não acha que é exigir  demais?. Afinal os caras são convictos em não serem sérios, ou você acha que lês fazem de conta?
Você deve levantar as mãos e agradecer a Deus, por morar num País, alegre, abençoado por Deus, um gigante pela própria natureza da América do Sul e não vir querer criticar nosso modelo, pois um dia nosso país será igualzinho ao seu Brasil. Se Deus quizer!

Lúcio Reis

Belém, Pa, em 12 de junho  de 2004. 

Ficar e Permanecer

       Hoje 12 de junho, como já acontece há décadas, dedica-se a data aos namorados e que, a cada ano que se passa e com o advento de novos modismos ou adaptações as evoluções dos tempos, os relacionamentos vão perdendo o envólucro  do  sentimento duradouro e nascido do amor verdadeiro e portanto do permanecer e estão sendo substituídos pela emoção do sentimento mais animal e efêmero do ficar e que, no momento seguinte já está esquecido, sem ter deixado nenhuma marca creio, a não ser de um imenso vazio e total carência.
      Essa mudança de proceder no relacionamento amoroso, dentro do que se pode observar no dia a dia e em função de estatísticas de cunho social, é o considerável aumento de crianças abandonadas e que a cada esquina tentam, a mando de adultos inconseqüentes por razões diversas e principalmente por ignorância e ausência de condições econômicas, ganhar seu sustento e daqueles, como pedindentes contribuindo dessa maneira para o crescimento do problema social deste País.
    E, onde está a inconseqüência? Está na falta de meios à freqüentar escolas e adquirir algum conhecimento biológico sobre procriação e também econômico para a aquisição de preservativos e, impulsionados pela maciça ação da mídia em relação ao sexo, independente de horário, só pode dar no que se observa: jovens adolescentes com crianças em cada uma das mãos e um terceiro no ventre, como que simplesmente fossem troféus de uma transa que apenas seguiu o instinto animal da preservação da espécie.
      É lógico que nas camadas que ocupam  do meio para o pico da pirâmide social a questão do relacionamento também ocorre. No entanto, as conseqüências é que não se concretizam, posto que o jovem e a jovem da classe abastada tem acesso ao anticoncepcional, a camisinha e em última instância ao aborto.
    O outro aspecto a ser observado é aquele que envolve o sentimento do gostar, da cumplicidade e acima de tudo do companheirismo e amizade, e ainda do dividir responsabilidades e conduzir a dois o desenvolvimento e formação de um novo ser e de um futuro cidadão de bem.
      Como a família célula da sociedade não se forma normalmente, ficando invariavelmente o encargo da condução da prole à  fêmea e esta sem reunir as mínimas condições de educar, o que se sucede é que mais crianças estarão perambulando pelas ruas a cheirar cola, a usar drogas e assim freqüentar o mundo da marginalidade e que, os conduzirá, sem sombra de dúvida às estatísticas dos furtos, dos roubos, dos homicídios, do tráfico e por fim compor as superlotações dos presídios.
      E a solução existe? Existe! E de quem depende? Lógico do poder público. E como? Usando o ensinamento que diz: não dê o peixe, ensine a pescar. Requer no entanto, autoridade séria, desvinculamento com quem quer que seja e principalmente, com quem detém o poder econômico, pois toda a questão acima tem origem ainda, no fato de que os representantes do povo: vereadores, deputados estaduais ou federais,  senadores e até o presidente da república, chegam aos poderes da Nação Verde e Amarela compromissados com quem lhes ajudou pecuniariamente em suas campanhas e lógico, ao sentarem nas cadeiras públicas têm de retribuir e dar o retorno do investimento realizado por quem lhes ajudou a elejerem-se.
        É bem verdade, que mesmo a despeito da resolução do problema social e, pelo grande egoísmo de que foi tomado o ser humano, o romantismo terá muitas dificuldades em ser restabelecido e, daqui há pouco o dia dos namorados, nem mesmo pelo aspecto comercial será lembrado, pois a cada dia o ser humano que já banalizou a vida, tenderá a banalizar o que há de mais de sensacional no ser humano que é o amor, posto que também se distanciou de Deus.
Lúcio Reis

Belém, Pa, em 02 de Junho de 2004.


CLUBE SOCIAL




       A imprensa vem tornando público ao longo desses últimos meses a perlenga judicial a que chegou o Iate Clube do Pará e seus desdobramentos e, com o embasamento de quem já fez um mandato diretivo de 03 anos em um secular clube social desta Cidade, onde desempenhei a função de 2º e 1º secretário sem remuneração, resolvi opinar e esperando contar com vosso apoio para publicação deste posicionamento.


      Em primeiro lugar, apesar dos fatos concretos já havidos de clubes que quebraram, dirigentes entendem que com seus clubes isso não ocorrerá e praticam atitudes contrarias aos estatutos do clube, invariavelmente para beneficiar pessoas que sequer pertencem ao quadro social mas que, querem e acham que tem o direito de usar as instalações de uma entidade clubistica.


      Em outras situações o cidadão não é mais sócio, eliminado que foi por inadimplência mas, mesmo assim acredita piamente que ainda detém o direito de frequentar e levar convidados, ignorando a máxima que diz: a todo direito corresponde uma obrigação. E, a situação fica mais grave, posto que, ao chegar a portaria do clube, mesmo obstado pelos porteiros, liga de seu celular para diretor conhecido seu e este, por não ter maturidade e coragem de dizer não, autoriza o ingresso de pessoas que lá vão apenas para dar despesa ao clube, pois são mais pessoas a usar banheiros, automaticamente fazer funcionar bombas de água, que por sua vez aumentam o consumo de energia elétrica, que diminui a vida útil das bombas, são mais pessoas a lotar as saunas e são estranhos a tirar o espaço do sócio. Portanto, o diretor numa atitude legal, posto que investido na função diretiva, toma uma atitude imoral, de vez que contrária ao estatuto do clube seus regulamentos e aos interesses da massa assocaitva.


   Um clube social, mesmo que sem fins lucrativos, tem responsabilidade social e grande, posto que sua mão de obra é toda regida pelas leis sociais e trabalhistas tais como CLT, INSS, FGTS, PIS e etc..., além de seus fornecedores, sendo portanto um empresa, cuja receita invariavelmente é oriunda de mensalidades sociais, da venda de titulos, joias e outras... Agora imagine, numa empresa que o diretor toma a decisão de avalizar o ingresso do inadimplente ou de quem não é sócio e não porta o convite estatutário: ele peca duas vezes, uma porque fez com receita fosse evadida e outra porque contribui para mais despesas, ou seja "derrubou e pisou no pescoço". Por isso clubes quebram.


    Meu posicionamento acima tem caracter cooperativo, posto que pesoas muitas das vezes ainda não se deram conta de que estamos num País, cuja uma das caractericas é o jeitinho e, de jeitinho em jeitinho quebram e aniquilam o que gerações construiram com muito trabalho, suor, seriedade e responsabilidade e até sofrimento. É por isso que clubes e empresas quebram. É irresponsabilidade administrativa e diretiva e falta de coragem em cumprir e fazer cumprir o estatuto da agremaição.


Lúcio Reis.





Belém, Pa, em 19 de maio de 2004. 
ASSALTO & PLEITO

A edição de O Liberal de 19 deste mês publica materia com a seguinte manchete: "Bando faz arrastão em condomínio de luxo", fato ocorrido em condomínio de alto padrão o Esplanada Real, no Real Park bairro do Morumbi em São Paulo, cuja ação foi perpetrada por um bando de 10 homens, que lá chegaram trajando paletó e gravata.
Quando se faz uma atenta leitura em determinadas publicações e se tem o cuidado de proceder uma análise, começa-se a detectar que algumas têm ítens em comuns, tais como tipo de ação, época em que são realizadas, volume do produto a ser ou que foi furtado ou roubado e, chega-se a seguinte conclusão: roubos em bancos, em condomínios de luxo, em grandes empresas e sequestros, salvo melhor juízo, acontecem com mais frequência em anos de eleição, pode até ser coincidência mas...
Os antecedentes que também conduzem a essa conclusão é que custear uma campanha eleitoral é cada vez mais difícil, pois a cada pleito cresce assustadoramente esse custo e, por outro lado o uso e abuso do poder econômico é crime eleitoral e, se não bastasse essas evidências, não é demais lembrar que uma possível candidata a Presidência da República e com domicilio eleitoral bem aí no vizinho estado do Maranhão,  tinha em seu escritório hum milhão de reais, 'evidentemente justificado pela referida cidadão e ex-governadora'.
Outro fato relevante é o que nos mostra que ao serem presos, esses bandidos não passam a compor por muito tempo a massa carcerária que superlota os presídios brasileiros, pois invariavelmente um HC os libera quase que incontinente.
Ainda como ilustração, é bom lembrar que o Congresso até articula ou já aprovou a inserção no orçamento da união verbas com a rubrica a destinar recursos para campanhas eleitorais, o que em meu entender é um absurdo e uma irresponsabilidade sem tamanho, além de ser realidade de legislar em causa própria, pois se nossos políticos fossem concretamente sérios e que, efetivamente estivessem preocupados com a Nação, ainda haveria um pequeno entendimento desse procedimento mas, sabe-se que o que regula é o tráfico de influência e por certo os menores continuarão a ser massacrados e bolo será dividido pelos mesmos e, até é interessante registrar que a situação emprega no que é possível sua condição de governante em prol dos candidatos de seu partido.
Serve também como exemplo o governador do Distrito Federal, que para ser reeleito, segundo o noticiário, uso a máquina administrativa e conseguiu seu intento mas, mesmo assim a justiça lhe absolveu o que ratifica, que as cadeias estão lotadas mas, não é de colarinho branco e sim de pés descalços.
Enquanto isso, brindemos a Republica com taças de destilados. Nós merecemos!


Lúcio Reis
Belém, Pa, em 11 de maio de 2004.

Tráfico

     A edição de O Liberal em sua primeira página edição de hoje traz a seguinte manchete: Exército não vai mais patrulhar as rua do Rio.
São procedimentos estratégicos dessa natureza que nos levam a concluir, como cidadãos naturais e simples observadores das informações relativas ao tema, que os resultados serão diferentes daqueles de interesse da sociedade e principalmente do carioca, que com certeza vem vivendo dias de uma significativa guerra psicológica e real, pois todo dia ao sair de casa leva consigo as interrogações e as incertezas de que voltará ou não para seu lar e, o tempo todo sobressaltado com a enorme possibilidade de ser atingido por uma bala perdida disparada de um AR-15 ou até mesmo por um morteiro. Pois o fator surpresa foi eliminado dos procedimentos.
Como se sabe essa ação vem sendo divulgada há muitos dias e, na discussão que se desenrolou tomou-se ciência via imprensa de que o Secretário de Segurança Pública pretendia comandar o pessoal verde oliva. O Sr. Garotinho como Governador não resolveu ou minimizou a questão e, como Secretário de Segurança os resultados piores estão aí, para que todos os vejamos no dia a dia nos noticiários.
A esta altura dos acontecimentos o pessoal do tráfico já tomou todas as precauções necessárias, pois como é do conhecimento público, seus comandos já estiverem lá fora tomando instruções de guerra de guerrilha e etc, principalmente com os nossos vizinhos colombianos.
Acreditamos que se houvesse menos estardalhaço e mais ações no campo jurídico e portanto legal, sendo tomadas todas as medidas necessárias a uma ação, que se desencadearia tomando como principio o fator surpresa, cremos os resultados poderiam ser de maior interesse da sociedade, pois não é novidade também, que tendo em vista a omissão do estado em certos aspectos e que foram supridas pelo dinheiro da droga, a sociedade do morro vê o traficante como benfeitor.
Por outro lado, basta constatar também que a ação deles é mais organizada, pois de vez em quando os estabelecimentos comerciais encerram suas portas por ordem do comando do tráfico e ninguem ouve ou toma ciência previa dessas determinações. Elas já são vistas em suas execuções e sempre são decididas em represalia pelo óbito de um de seus membros.
De qualquer forma, vamos torcer para que as forças mais uma vez cumpram essa dificil e árdua missão, pois credibilidade elas tem e em índices em torno de 70% e jamais faltaram as anseios desta Nação. E se a Nação espera que cada um cumpra sua obrigação, com certeza a caserna jamais deixou de fazê-lo e sempre o fez com patriotismo e orgulho de ser brasileiro filhos da Pátria Amada Brasil.
Lúcio Reis

Belém, Pa, em 10 de maio de 2004.

Etilismo

Alcool e direção não combina; médico cirurgião e alcool também não combina; magistrado e alcool pior ainda e administrar, presidir um País como o Brasil com alcool, aí mesmo é que não pode.
O Jornal The New York Times publicou matéria em recente edição declarando que as ações do Presidente Lula, vem sendo prejudicadas pelo uso de alcool. E, em contra partida e, como reação o governo tomará medidas inicialmente através da diplomacia brasileira, mesmo tendo considerado a matéria 'caluniosa' da pior espécie de jornalismo, o marrom. É o que pública os veículos de comunicação do Sistema Romulo Maiorana de Comunicação.
Todos sabemos que o Jornal americano em questão tem uma enorme confiabilidade mundial e, se o governo brasileiro não reagir proporcionalmente a dimensão do veículo e a magistral gravidade do assunto, todos e principalmente nós aqui internamente teremos integralmente os direitos de acreditar serem totalmente verídicas a publicação jornalística.
A questão fica mais ainda complicada, posto que as consequências das ações governamentais até agora e contrarias as interesses da sociedade, são perfeitamente sabidas e sentidas na pele pelo brasileiro e, até então toda a culpa vem sendo direcionada ao governo de FHC.
Lógico que todos nós sabemos que alguns ítens são característicos do povo brasileiro tais como: samba, futebol, praia e cachaça mas, alguns brasileiros, em função das posições sociais e politicas, que resolveram de livre e própria escolha exercer, não lhes é dado esses direito  do simples e desempregado cidadão.
As estatísticas de acidentes do trânsito brasileiro informam concretamente que o maior causador de morte nas ruas e nas estradas, bem como de deficiência física e enormes gastos previdenciários com hospitalização e decorrente cuidados terapeuticos, tem origem no uso de alcool com direção e, em sendo assim é imprescindível que o governo brasileiro dê uma satisfação a altura da  Nação Verde e Amarela, de vez que o "Bonde chamado Brasil" pode estar correndo perigosamente nos trilhos, uma vez que há a informação de que seu Motorneiro pode estar com seus reflexos e a visão embaralhados pela ação etílica.
 Atenção passageiros!

 Lúcio Reis

Belém, Pa, em 29 de abril de 2004.

 Estelionato

O Governo acaba de definir que o salário mínimo será de R$260,00, o que corresponde a aplicação do índice de 8.3%, depois de várias dicussões, que se caracterizou num verdadeiro jogo de cena para os menos avisados.

No inicio do exercício de 2003, ainda houve a desculpa de que mais não poderia ser, posto que a herança de FHC era maldita. Lógico que assim será até o final do mandato do Sr. Luis Inácio.


É bem verdade que diferente não será, porquê o salário mínimo independe e não tem influência nos interesses dos bolsos de cada politico. Serve sim, como material de campanha, assim como o foi ao candidato Lula, que em palanque prometia um salário de R$800,00 até o final de seu mandato e, usando uma proporção aritmética, agora já deveriamos ter um salário mínimo de R$400,00, pois só faltam o maio de 2005 e 2006 para o governo atual participar dessa empreitada, portanto fica assim configurado um estelionato de palanque, posto que para o ano não teremos pleito mas, em 2006 novamente o tema retornará aos palanques.


Essa discussão do mínimo e seus resultados que são sempre contrários aos interesses do cidadão celetista, vem se arrastando ao longo dos sucessivos exercícios financeiros e sempre as desculpas são de que, se maior índice for aplicado quebrará o INSS e as prefeituras, no entanto, você quer ver isso ir por água abaixo: defina-se que a remuneração do Presidente da República, do Ministro do STF será de "x" salários mínimos e que a dos senadores, deputados federais, governadores, deputados estaduais, prefeitos e  vereadores equivalerá a um certo nº de salários mínimos. Você verá da noite para o dia o discurso se modificar. Não é indexar e fazer termo comparativo, pois as atitudes de nossos administradores, visam - pelo menos deveriam visar - os intresses do cidadão e por conseguinte da sociedade.


Na prática o que assistimos é que ao se darem aumentos, os politicos discutem percentuais pela manhã e no dia seguinte já está valendo, publicado em diário oficial e etc.                 Ou seja, quando se trata de seus interesses e que, não é razão para a qual eles receberam uma procuração do povo, as definições são celeres e sempre em valores superinteressantes mas, quando se trata do zé povo... E aí, voltamos um pouquinho no tempo e perguntamos: e os recordes em arrecadação de impostos e os superavits na balança comercial, foram mesmo para o salário mínimo mas, do FMI.


Lúcio Reis









Belém, Pa, em 27 de janeiro de 2004.

DIA DA SAUDADE




Dia 30 de Janeiro está designado como o Dia da Saudade e, uma das fases importantes de nosso País, foi a época da jovem guarda, iniciada na década de 60, cuja garotada daquele tempo, hoje são cidadãos com mais de cinco décadas e responsáveis pelo destino desta Nação, ocupando relevantes funções, e servindo de exemplo para aqueles que mais tarde terão a sí a responsabilidade de condução do nosso Querido Brasil.



A música é um dos mais importantes objetos de recordação e, uma das caracteristicas da beleza daqueles anos dourados eram as composições com letras simples e que tudo diziam. Abaixo está reproduzida no título das canções em negrito que embalaram nossas festinhas, nossos namoros e casamentos e que suspiros e emoções provocaram em nossos corações, portanto é simples e sem malicia como o foi: "Oh Carol! Hey Girl! Esqueça Querida a Gatinha Manhosa e apelidada Garota do Baile, Eu Já Nem Sei, a Pobre Menina disse à Diana que no Passo do Elefantinho foi tomar um Banho de Lua usando um Biquino de Bolinha Amarelinho, Quando, com Emoção e em Detalhes a Mulher que se aproximou num Calhambeque a 120-150-200 Km/h usando Lacinhos Cor de Rosa, desceu e disse Parei na Contra-Mão e lhe fez a Proposta em plena A Praça. Era uma Prova de Fogo e a Mulher tal como uma Feiticeira puxou seu O Caderninho e falou à Garota Papo Firme,  Olha! Meu Carro é Vermelho e Minha Fama é de Mau, tenho um Negro Gato mas Como É Grande o Meu AmorAqui na Rua Augusta e com Ternura desisto e a Despedida se fez . De inicio Carol, como uma Pombinha Branca e Menina de Trança se sentiu Alguém na Multidão, e ao vê-la assim O Velho Homem do Mar e não o Lobo Mau mas sim com Coração de Papel, viu que Carol, talvez irmã da Diana necessitava de um beijo com som de Splish SpleshO Bom também conhecido como O Cabeção disse a ela Estou Feliz pois Foi Assim Pra Nunca Mais Chorar e Aqui e  até eu que Era Um Garoto Que Como Eu Amava os Beattles  tive o Ciúme e que Ainda Queima me levaram a Construção de uma Capela com Tijolinho de  vez que depois É Tarde Para se Arrepender vi que a Meninda Linda Não É Papo Pra Mim e pedi para o Senhor Juiz Pare Esse Casamento. É bem verdade Não Te Esquecerei E Por Isso Estou Aqui sem Magoa com Esperança pois não sou Goiabão  e Vou Pedir Outra Vez, talvez até use alguma Erva Venenosa para ter a Felicidade de Volta. Ah! A Volta que Doce Ilusão se ainda tivesse o Mustang Cor de Sangue acho que a Menina Flor não me teria feito derramar Uma Lágrima e ao invés de Datemi Um Martelo teria atendido Meu Desejo. Aí ele pegou a BR3 e em busca do Infinito como um Brucutu e dizia para sí  Por Isso Corro Demais, sim Sou Rebelde, pois há O Sosia de mim querendo me tirar o Broto Jacaré, cujo nome é Sonia e na Carta ela registrou como um Desabafo: Vem me Ajudar Meu Amor Meu Bem. Eu Sou Terrível! Aqueles Tempos no Ritmo da Chuva e Pensando Nela ele disse para sí mesmo Não Te Esquecerei mas Eu Preciso Te Esquecer reforçando a idéia ele afirmava Eu Daria a Minha Vida mas O Bom Rapaz flexado pelo Estupido Cupido via tudo aquilo como um Filme Triste. O tempo passou O Broto Legal ficou O Milionário pois acertou sozinho a sena acumulada fez a Despedida e foi a Coimbra.  Sozinho ao estender a mão  numa Bus Stop sentou ao lado da Michelle que o convidou a Cavalgada e também para uma Festa do Arromba, nesta foi apresentado a Darling que se parecia com o Chapeuzinho Vermelho e tinha uma amiga intima chamada Dominique a quem tratava como Meu Bem e as vezes depois do Baila Comigo de Doce Doce Amor mas tudo era Mexerico da Candinha. O tempo passou e pensou ele Quero Que Vá Tudo Para o Inferno, abriu a carteira porta cédulas com cuidado pois ouviu Pega Ladrão e, viu O Retrato disse para si Escreva Uma Carta voce é La Bamba a Candida necessita de Professor de Amor, observando o "out door" atendeu a recomendação  É Proibido Fumar e Neurastenico e sentido-se um Apache disse para o cigarro Veja Se Me Esquece. Ao Aqui desembarcar  sentiu Baladas de Recuerda no pulsar do coração e viu as Marcas Do Que Se Foi era coisa do tempo da Pobreza e a Saramandaia ele perguntava Quem É? Remexendo outra vez a porta cedulas encontrou a Oração de Um Jovem e comentou consigo Deixa de Banca e logo depois foi convidado para a Festa do Bolinha, que à porta O Homem assobiava Aleluya. As Emoções eram uma após outra. Ao sair um pouco para tomar ar  ouviu uma Coruja como que O Tremendão recepcionasse. Ali confidenciando consigo disse Feche Os Olhos, sentiu a Solidão lembrou da Menina Linda da Última Canção, concluiu Sou Feliz Eu Amo e Minha Crença é que ninguem Devolva-me os anos dourados e portanto ADEUS.



Lúcio Reis














Belém, Pa, em 18 de janeiro de 2004.
Passe Livre

Para: Policia Federal, Policia Militar, Policia Civil, Bombeiros, Policia Rodoviária Federal, Policia Rodoviária Estadual, Guarda Municipal, Carteiros, Idosos com mais de 60 anos de idade, portadores de necessidades especiais, Agentes Prisionais, Fiscais da Delegacia Regional do Trabalho, Oficial da Justiça Federal, Oficial da Justiça Estadual, Oficial da Justiça Trabalhista, Trabalhadores rodoviários, fiscais e crianças até 06 anos de idade, num total de 16 categorias, conforme relação afixada em onibus urbano é dada gratuidade de passagem - passe livre - nos coletivos que trafegam nesta Cidade.



Aos constatar essa relação, pude entender o porquê, segundo a imprensa temos umas das mais caras passagens em transporte coletivo desta País e, na relação acima, não está inclusa a meia passagem aos estudantes desta Capital.



Olhando friamente aquele extenso rol, mais uma vez temos a comprovação de que o massacre que se perpetra sobre o salário do trabalhador e sobre os custos das empresas, deve-se a ação predadora do estado, que, com o manto do disfarce de promover melhorias à sociedade, o faz as custas de terceiros o que redunda por vias obliquas no esvaziamento do poder aquisitivo do assalariado. E porquê? O Estado legisla que o  vale transporte é um direito do trabalhador e uma obrigação da empresa da qual ele faz parte mas, como se pode constatar na listagem acima, excetuando os idosos com mais de 60 anos, os portadores de necessidades especiais e as crianças até 06 anos de idade, às quais, em nosso entender são as três únicas categorias merecedoras do beneficio, as demais em sua quase totalidade, é mão de obra usada pelo Estado. Ou seja, o Estado obriga que o vale transporte seja fornecido aos trabalhadores da inciativa privada mas, transfere à sociedade como um todo o custo que lhe compete, ao cidadão de um modo geral e principalmente a grande massa trabalhadora da economia informal.



Sabe-se que a concessão de exploração do serviço de transporte público é dada pelo Estado à iniciativa privada, como sabemos também, que nos locais em que o Estado tomou a si a administração do referido serviço, foi uma calamidade pública total, em função de má atuação administrativa, com corrupção e muitas tantas histórias de desmandos que invariavelmente fazem parte do dia a dia do serviço público e etc e, os Silveirinhas, os Lalau da vida estão aí.



Com tamanha benevolência do Estado para consigo, contando com a sociedade à arcar com esses custos e as empresas de transporte coletivo, encontra-se a razão pela qual, de vez em quando neste espaço, toma-se conhecimento da má ação de profissionais do volante que "queimam" paradas quando na mesma estão a lhe sinalizar pessoas idosas ou deficientes.



Não faço aqui, que fique bem claro, defesa das empresas, tento transmitir na condição de cidadão, a origem pela qual tem-se, como já informado pela imprensa,  uma das passagens em transporte coletivo, mais caras do Brasil e que, em nosso entendimento a origem é a ação do Estado, pois ninguem em sã conciência constitui uma empresa com o intuito de falir e nem dar prejuizo e, com as empresas de onibus, com certeza não é diferente.



Acreditamos que das 16 categorias elencadas acima, 13 fossem excluidas, a planilha de custo seria reduzida e com certeza, não teriamos discussão de aumento de passagens a miude, como acontece hoje e o assalariado a pagar a conta.



Lúcio Reis








Belém, Pa, em 08 de dezembro de 2003.


Julgamento

     Estarrecida a sociedade belemense recebeu o veredito do julgamento pela absolvição de 6x1 da Sra Valentina da seita LUS.
       Como cidadão que também - apesar de tudo o que já aconteceu na história da humanidade - esperava pela condenação da referida lider, dentro do que acompanhei pelo Jornal  O Liberal, fiquei abobalhado pela opção dos 06 jurados.
     Mas tarde  analisando o mesmo e procurando entender, tentei encontrar algumas explicações comparativas e cheguei a seguinte conclusão: as sociedades de um modo geral e conforme abaixo, escolhem invariavelmente os errados.
     Se não vejamos: no inicio da era cristão, quando Poncio Pilatos colocou à frente da turba Jesus Cristo e o bandido Barrabas, quem foi absolvido e quem foi condenado?
     Depois, querendo entender a razão pela qual, uma seita ou crença leva a matar pessoas, lembrei-me de uma fase horrendo do catolicismo, que foi a fase negra da inquisição, que até levou recentemente o Papa e pedir desculpas à humanidade.            
     Continuando, recordei-me da uma outra seita que levou centenas de seus adeptos a cometerem suicidio, fato acontecido há alguns anos na Guiana Francesa.
    Em relação ao caso recente, segundo a imprensa, ela tem envolvimento com magia negra, daí os sacrificios humanos e que é pior de crianças. Não é novidade nenhuma para ninguem, que o brasileiro acredita em pai-de-santo, mãe-de-santo e portanto em candomble, e até crê que se lhe pode ser colocado "um sapo na barriga".
    Falou-se que o resultado é consequência da fôrça do dinheiro. Pode até ser. Mas, pessoalmente não creio, pois um processo da dimensão e repercussão do mesmo, quando as lentes e holofotes da imprensa estavam voltados para ele, esse procedimento de comprar o veredito talvez seja inverídico e até mesmo uma explicação e  justificativa frágil, posto que neste País a corrupção é fato corriqueiro e que abrange todos os setores e assim não seria nenhum fato irreal enquadra-lo nesse aspecto.
     Dizer-se que não havia provas é um equivoco, se não vejamos: porque ela iria fugir, quando já estava prestes a vir a julgamento? E porque seu nome, concretamente esta no processo? Como lider da seita é responsável, tal como os lideres catolicos o foram à época da inquisição e assim como o foi o lider que conduziu seus seguidores ao suicidio.
     Por certo deve ser uma pessoa carismática. E quem sabe, os seis jurados que a absolveram, ao conviverem com ela num pequeno espaço físico, tenham sido atingidos pela energia maligna que emana de sua aurea demoniaca e passaram a temer que a mesma pudesse vir a lhes implantar um batraquio no estomago e assim, fizeram-na um favor e de bem com ela ficaram para não se verem em complicações futuras.
     Para complementar, como cidadão, registrar parabens ao Juiz Ronaldo Vale, que presidiu o Juri para dizer-lhe sabermos que não é dele a conclusão de 6x1 pela absolvição, pois não foi ele quem votou pela sociedade e sim o cidadão comum, que mais uma vez opta erroneamente, a exemplo do que já ocorreu e ocorrera, privilegiando sempre pela escolha o ladrão, o corrupto, o bandido, o homicida e para confirmar essa assertiva, espere 2004 para ver os resultados que sairão das urnas.

 Lúcio Reis.














Belém, Pa, em 16 de novembro de 2003.

Doar Sangue
             A materia que esse Jornal - O Liberal - traz em sua edição do domingo 16 do corrente, relacionada com doação de sangue e na qual o amigo Osvaldo Bellarmino Marques, é o alvo em função de sua magnifica campanha ao longo desses anos, doando sangue, fazendo o bem sem olhar a quem, tem um significado extraordinária pelos seguintes aspectos:em primeiro pelo valor humanitário, com que esse grandioso gesto se reveste, pois através do mesmo vidas são salvas; o segundo por ser eu sabedor - pois já vive na pele duas vezes a experiência de cirúrgia cardiaca -   da necessidade que um paciente tem em conseguir algumas bolsas de sangue, em função de que irá passar por alguma intervenção cirúrgica ou algum familiar, sendo  esse ítem imprescindível ao sucesso do ato; e, o terceiro a falta de conhecimento ainda por parte da sociedade e portanto, a disponibilidade de que um percentual maior de doadores compareçam ao Hemopa ou aos órgãos que para esse objetivo se destinam a fim de concretizar esse sensacional gesto de puro cristianismo, de doação e de amor.
          Como convivi com o Osvaldo diariamente ao longo de muitos anos, tem um outro lado que deve estar sendo dificil para ele, é receber públicamente a justa homenagem que lhe será prestada no próximo dia 25, em função dos festejos de fundação do Hemopa, pois dentro de sua humildade espirita e cristã e até pelo fato de que sempre o fez também seguindo as orientações divinas que dizem: fazer o bem sem olhar a quem ou que tua mão esquerda não saiba o que doou/fez tua mão direita, com certeza seu íntimo deva estar vivendo um dilema. Mas, vá! A sociedade foi quem recebeu de você, vá como um heroi que retornou vitorioso - a vitória do fazer o bem - pois as medalhas que lhe são devidas voce fez jús pela orientação Divina, principalmente dentro do seu entendimento e que voce sempre repetia e deve repetir: "morrer se preciso for, matar nunca".
         Senhor Redator! Com esta minha voz, eu só gostaria de ser um dentre os milhares, independente de credo, cor, status social e condição economica, que já foram beneficiados pela grandiosidade do gesto do Osvaldo, do Daniel Santos Leão, do João Maravilha da Silva e de tantos outros anonimos, de publicamente registrar, por uma questão de reconhecimento e humildemente dizer a todos eles. MUITO OBRIGADO! MESMO!
          Lúcio Reis





Belém, Pa, em 14 de outubro de 2005.

Aval em branco

         Diferentemente do aval em preto, quando se sabe à quem está sendo dado, no aval em branco ignora-se à pessoa que o recebe e, este procedimento constatamos diariamente no ir e vir do brasileiro e que, contribue sobremaneira à que este País, seja o campeão, por exemplo em acidente de trânsito.
         Esclareço! Nossa Cidade é razoavelmente sinalizada em relação ao trânsito, mas somos demasiadamente mal educados. Semáforos abundam mas, em contra-partida o desrespeito as regras se sucedem a cada metro de pista e, nos mais absurdos atropelos do disposto no regulamento: quem dirigindo em sua faixa normalmente, já não foi surpreendido por um apressado ou irresponsável que vindo de trás na contra-mão e ao dar de cara com um ônibus ou outro carro que trafega corretamente em sua pista, faz com que o inconseqüente para sair do local errado, manobra à direita e entre, invariavelmente com o aval em branco de alguém que ao ver o perigo, abre espaço para o despreparado e não raramente isto causa prejuízos a quem vinha direitinho em sua faixa e inesperadamente  se vê obrigado  a meter firmemente o pé no freio e, quando isso não é possível, pois a inércia existe há o abalroamento.
           Quem de nós já não viveu a situação acima, quando há trânsito intenso, por exemplo à época de veraneio, nos balneários e nas rodovias que dão acesso a esses locais e que, constata coluna de carros, inclusive rodando pelo acostamento? Quem de nós todo dia ao transitar à frente de estabelecimentos de ensino, já não se deparou com fila dupla ou tripla e o condutor que vem conduzindo regular e normalmente, pára para o errado sair ou entrar da/na coluna de carros e, mais uma vez concede o aval em branco e outra vez mais passa a ser conivente com o errado ou chancela o erro.
           Quem de nós, ao se deslocar no trânsito já não se deteve atrás de um motorista abusado estacionado em via de grande movimento em fila dupla e com o pisca alerta ligado e, em outras nem isso. E, muito das vezes o condutor está ausente. Ou seja, atrapalha quem conduz normalmente e tranca quem está estacionado. E, se este quiser sair naquele momento, e coincidir do
irresponsável  chegar e ser interpelado, ainda se sente com toda razão e a primeira, pergunta que faz é: está nervoso? Com o intuito de transferir sua estupidez e  abuso à quem ele atrapalhou.
            A realidade acima, se torna mais grave, posto que quando os executores dos atropelos as normas de trânsito apenas o exemplo que abordei, são apanhados em flagrante, entra o jeitinho  e a corrupção e nesta situação o agente é levado e também passa aval, já nem tanto em branco mas sim, em preto, posto que a essa altura já tem em mãos a CNH do indisciplinado e sabe quem ele é.
           O que é de lamentar é que essa cultura distancia cada vez mais o Brasil dos países que detém o titulo de responsabilidade e seriedade e, assim que cada dia nosso descrédito lá fora aumenta sobremaneira. Seria mania? Mania de errar e sempre ou o adjetivo é semvergonhice mesmo.

Lúcio Reis.






Belém, Pa, em 12 de outubro de 2005.

O abuso do fechamento de ruas

 Prezadíssimo Sr Armando A. Von Grap, ao ler o seu protesto neste espaço - Jornal O Liberal -  com o título acima na edição de 12 de outubro e que dá vez e voz aos cidadãos, objeto que deveriamos ser das ações beneficas do estado, democraticamente falando, ratifico todo o seu posiconamento e a ele gostaria de acrescentar mais o que se segue, informando de ante-mão não ter procuração e nem tampouco estar autorizado pelos aparelhos de segurança mas sim, e tão somente baseado nos fatos históricos mais recentes e neste veículo publicados.
           A inércia dos agentes de segurança ante esses movimentos de obstar o direito de ir e vir dos cidadãos e que, inicialmente tiveram como maiores incentivadores e promotores dos mesmos, exatamente quem hoje está desempenhando o topo da administração pública federal do Brasil, cuja maciça iniciação se deu no ABC paulista - berço do sindicalismo brasileiro - e que, quando o cidadão fardado cumpriu ou tentou cumprir e executar com êxito e competência sua função, foi execrado publicamente em todos os quadrantes da Nação, adjetivado de violento e outros tantos para qualificá-lo como bandido, marginal e assassino. E o exemplo mais convincente dessa afirmativa é a ação policial, que hoje é denominada massacre de Carajás e que, comandantes e executores culminaram por enfrentarem as barras dos tribunais, alguns tendo sido condenados.
           Quem vê ou já viu, as cenas que a imprensa publica, ocasião em que a turba encurrala a tropa de encontro ao caminhão, observa e, só não o faz quem voluntariamente e propositadamente fica cego, que se a PM não reagisse, seriam eles todos mortos e não cumpririam a missão a que foram designados e que para tal são remunerados e até juraram em cumprí-la perante o Pavilhão
Nacional.
            Diante dessa realidade nua e crua, hoje os agentes públicos da segurança ao testemunharem esses abusos, compreende-se, lógico discordando, que para eles é mais tranquilo se manterem equidistantes e se possível não interferirem, pois foi esse, exatamente o objetivo dos arrruaceiros, baderneiros de plantão ao
jogarem e conflitarem a opinião pública de encontro as forças policiais do País.
             Não resta dúvida de que em outras situações, excessos há, como a mesma imprensa informa, pois o bandido e mau caracter há em qualquer atividade, desde na religiosa, passando pela medicina, na politica e até na magistrura.
            O que cidadão deve ficar alerta e não se deixar envolver é que: a democracia não é um horizonte do que tudo pode-se e que o agrupamento de uns poucos não pode e nem deve sobrepujasse ao direito da coletividade social.
             Portanto, Sr Armando Von Grap, espero que as pessoas de bem - a maioria -  e interessadas no menos trájico para todos nós possam nos compreender e tomarem posições, principalmente agora em 2006, quando democraticamente e via urna temos condições de demonstrar o que não queremos e o que objetivamos para todos nós, liberdade com responsabilidade.
        Lúcio Reis.

















Belém, Pa, em 10 de agosto de 2003.

Privilégios

 A materia de Zuenir Ventura publicada em O Globo de 09 de agosto 03 com o Título "Farda mas não falha", reflete o sentimento de que por certo foi acometido todo o cidadão brasileiro, em função do posicionamento do Poder Judiciário em relação ao sub-teto de suas remunerações, ante a reforma da Previdência patrocinada pelo Governo de "Mister Silva" o qual foi catapultado a Presidência da República pelo Sr Lula, depois de várias tentativas e pregação contraria as desigualdades sociais entre outras de objetivo de uma sociedade igualitaria.
          Ninguem em são  conciência pode ou deve ficar silente ao tamanho desse sentimento de insensibilidade de foi acometido o ser humano e que passa a esmagar os sentimentos daqueles que não tem voz, são oprimidos pelas circunstancias maléficas de uma sociedade que mesmo acreditando de que esses fracos não estão inseridos em seu contexto mas que, efetivamente estão, nem que seja apenas para servir de termo de comparação entre o extremo dos privilegios dos que ocupam o pico e dos ocupam a base da piramide social, porém mesmo que os "poderosos" em função de suas situações diferenciadas - e que os tornaram insensíveis em função das suntuosidades dos ambientes refrigerados que ocupam e dos privilegios (mordomias) que se lhe promoveram -  não os levem em consideração, isto um dia se reverterá num colapso de desêspero, pois os miseráveis não foram destituidos de seus sentimentos de sobrevivência e, esse sentimento é biologico, é natural e por certo gerará uma revolta tão grande, que esssa minoria que ditatorialmente esmaga pelo força do poder econômico, pagará muito caro pelas suas inconsequências e egoismo que só os faz pensar em si, esquecendo de que uma sociedade realmente é composta dos que tem mais e dos que tem menos, mas que ninguém suporta uma sociedade onde alguns poucos tem demais e uma grande maioria não tem nada. Essa é a questão: O ABUSO.


           E cedo ou mais tarde ninguem consegue conviver com os abusos e com os abusados e,  a justiça com ou sem farda, com ou sem fuzil, com ou sem pedra virá a ser reposta e feita, pois é assim desde os primordios da humanidade e sempre será.
Lúcio Reis






Belém, Pa, em 12 de outubro de 2005.






Belém – Pa, em 13 de novembro de 2003










 APLAUSOS


               Os veículos de comunicação em 13 de novembro, estamparam em suas primeiras páginas – e aqui o Jornal O Liberal – a seguinte manchete: Justiça do Pará demite Juiz a bem do serviço público. E o TRF de Brasília aposenta desembargador e juiz acusados de desvio de conduta.

             UFA! Até que em fim! Vitória da cidadania, vitoria da democracia, vitoria do Estado de Direito, vitória do principio de igualdade perante a lei e, já não erá sem tempo, tardou mas aconteceu e se Deus quiser muito mais acontecerá.

            Quem acompanha os noticiários diários, em algum momento, de tanto ver crescer as nulidades, de tanto ver agigantaram-se o poder nas mãos dos maus – como bem o disse Ruy Barbosa -, de tanto saber de maracutaias, de tanto ver injustiças, até com idosos, muita vezes teve vontade de se alienar e não mais tomar conhecimento das noticias, pois apenas e somente o time da corrupção, o time do levar vantagem em tudo é que fazia gol e em todas saindo vencedor e todo tempo recebendo o “bicho” da vitória sempre pago com o dinheiro do erário público e a equipe da cidadania, dos menos aquinhoados, em todas levando de goleada.

            Esta Nação tem jeito, tem solução. Os Poderes constituídos, temos  plena convicção e com absoluta certeza sabemos que em seus seios têm reservas morais, profissionais sérios, competentes,  honestos e que não pactuam com essa semvergonhice e, tanto isso é verdadeiro que no caso dos juizes, a decisão foi unânime, há ainda quem esteja comprometido com o bem comum e com o social.

            Ainda pode e deve ser feita uma assepsia geral, extirpar os “tumores cancerígenos”, jogar fora as laranjas podres e que ainda são em grande quantidade, usar bastante detergente da responsabilidade, desinfetante da honestidade, saponáceo da seriedade, vassoura da competência e principalmente o rôdo da coragem e vontade de fazer e a disposição de fazer bem feito.

          Já está em tempo de retirarmos esse rótulo de que aqui somos o País do jeitinho e vamos revogar a “lei de gerson”, onde todo mundo quer levar vantagem no mau sentido. Se for para todo mundo indiscriminadamente aí sim, mas não uma meia dúzia se locupletando em detrimento da maioria.

          Vejam bem! O que há poucos anos era uma utopia, hoje se tornou uma realidade para todos nós simples mortais. A Justiça de Deus tarda mas não falha, as dos homens, é bem verdade é lenta mas, chega.

           Lúcio Reis















Belém, Pa, em 30 de maio de 2003.



SORRIA, VOCÊ VAI SER MULTADO



Breve e novamente vem aí os sensores eletrônicos – as araras – com o objetivo declarado de moralizar o trânsito desta Cidade e assim diminuir a quantidade de acidentes, e principalmente reduzir os óbitos decorrentes e, por detrás desse, outras razões e que toda a sociedade elemense já sabe, já passou e já viveu.


Como medida de higiene pública até que seria louvável mas, se colocada em prática de outra maneira. Esta afirmação tem origem em dois fatos: o 1º, aquele que se refere ao desrespeito com o direito do condutor de pelo menos receber o despacho que foi exarado em seu recurso quando é multado. De vez que algumas multas em determinadas circunstancias são aplicadas injustamente, tendo em vista que o aparelho não tem discernimento para analisar alguns casos e os julgadores so são céleres para fazer chegar a multa a seu domicilio.


Quem já esqueceu dos veículos parados em algum cruzamento, levantando a tampa da mala trazeira para passar num semáforo com defeito e, mas a arara funcionando e fotografando? Quem já se esqueceu de ninguém dar passagem a uma ambulância com sirene ligada em algum cruzamento, pois sabia que depois iria pagar por esse gesto de humanidade e cristandade? E, o 2º, prende-se a uma realidade inarredável, que se chama educação: “se voc~e montar um hospital com os mais modernos aparelhos e equipamentos, medicação de última geração e, entregá-lo nas mãos de quem não foi educado para nele atuar, portanto não sendo médico, vidas não serão salvas”; “se você dispor de um projeto bem elaborado para a construção de um imóvel, adquirir todo o material necessário a erguê-lo e, entregar tudo nas mãos de um leigo, a casa vai cair, pois o executor não foi educado para construir”.


Pois bem! No trânsito nacional e também no daqui de Belém, é uma questão de educação. Não adianta a CTBel querer consertar multando. Deve iniciar educando as crianças nas escolas, principalmente ao chegarem com seus pais ao colégio, quando os mesmos fazem fila dupla, tripla na frente do estabelecimento de ensino com as decorrentes conseqüências e, logo daí o futuro motorista já começa a conviver e receber o mau exemplo e portanto com a deseducação.


Educar, ainda é a melhor maneira de se construir uma grande Nação e , o nossoPaís só será efetivamente uma grande Nação, quando toda essa corrupção que assola os poderes da República, for aposentada e novas cabeças com orienatção voltada para os reais valores éticos, assumirem os postos chaves da administração do Brasil.


Lúcio Reis.

















Estados da Federação e até dos Municipios, praticamente tem se transformado em Posto Policiais, tantos são as CPI em andamento e a serem instaladas.



Belém, Pa, em 22 de novembro de 2001.



PREVENIR SIM, REMEDIAR NÃO.



Em 11 de setembro de 2001, o mundo ficou pasmo e de “queixo caido”, com a ação assassina de Bin Laden através da Al Quaida, contra os Estado Unidos e as consequências desastrosas e catastóficas do atentado terrorista a Terra do Tio Sam.



Até então a midia vendeu à opinião pública internacional, a inespugnável segurança daquele País do G7, dando-nos a acreditar no seu poderio bélico e economico, o que alimentava o orgulho americano, impressionava os demais povos, sendo ele portanto, chique no último!



Após o ataque, principalmente ao Pentágono, desencadeuou-se ações secretas e investigativas, a caça principalmente de suspeitos barbudos lá residentes e especialmente também, na rede bancaria em busca dos dolares depositados nas contas bancárias e de origem inesplicável. E aqui, entra o “x” da questão.



Enquanto os dolares foram sendo carreados para os bancos e, ajudavam a fortalecer a economia americana, estava tudo bem. Agora, constatado ficou que aquilo que fortalecia, também tramava e organizava a destruição e assim, rapidamente foi colocado em prática dispostivos legais, bloqueando e confiscando valores de origem duvidosa ou sem explicação legal. Agora é atrde, o leite está derramado e as torres gemeas destruidas e com elas mais de 3000 vidas inocentes se foram.



Tomando todo o acima está e mais os fatos que a imprensa nos informa diariamente e, fazendo e usando termo comparativo com o que ocorre aqui em nosso País, chegamos a conclusão, que a diferença entre as consequências de lá e as de cá são mínimas, pois aqui o cidadão humilde morre de fome ou de sêde, na fila da assistência médico hospitalar; na violência do trânsito; pela violência do crescente e poderoso tráfico de drogas, que já alcançou o estagio absurdo de inibir o cidadão fardado de, orgulhosamente sair ao trabalho ostentando seu uniforme; pela ação massacrante da bandidagem e etc..., enquanto que lá foram esmagados pelo concreto das torres gemeas.  



Aqui os recursos públicos são subtraídos indevidamente, como é o caso da SUDAM, SUDENE, TRT de São Paulo, do INSS e outros inúmeros exemplos que a imprensa a todo dia e, também são levados para os paraísos fiscais lá fora.


Eís aí, a comparação: os Bin Laden da vida, levaram seus dolares para dentro dos Estados Unidos e os usaram lá mesmo contra os americanos e aqui, nossos bandidos, principalmente os de colarinho branco, retiram indevidamente os recursos públicos e assim, pela falta ou redução deles, conseguem mssacrar o pessoal da base da pirâmide social, aqui mesmo com a sêca no nordeste, com o alto índice de desemprego, para citar apenas dois exemplos.

É bem verdade, que um fato dessa proporção, deve-se tirar alguma lição, posto que, com certeza, ainda existem homens de bom senso, de carcater ilibado, interessado no bem estar da sociedade, afinal somos milhões de humanos habitando este planeta e, até porque também, humanamente falando, o mal não prevalecerá sôbre o bem eternamente.

Aqui, lamentavelmente ainda constatamos que o bandido ao ser descoberto e comprovadamente caracterizado ter retirado para sí, familiares ou amigos, verbas públicas e as transformado em patrimonio economico  - configurando assim, como diz o dito popular, ser tão pobre, mas tão pobre, que o único bem que possuí é muito dinheiro – postoque o patrimonio moral é zero, dificilmente devolve o que foi roubado. Mas um dia e, não muito distante, a sociedade de tanto apanhar, aprenderá a não conviver pacificamente com ladrão de paletó e gravata e assim, terá seus direitos respeitados, pois também é verdadeiro que, o direito de um términa onde se inicia do do outro.

Lúcio Reis
















Nota do Autor: Como escrevemos a materia abaixo em 2001 e já somava 15 anos com a ausência de hemorragia digestiva, hoje em 2014, posso afirmar terem se passado 28 anos sem problemas gástricos e portanto, cura definitiva pela ação da copaíba.


Belém, Pa, em 19 de Setembro de 2001.



HELICOBACTER PYLORI



A edição de 19 de setembro de 2001 no caderno atualidades pag. 7, traz materia sobre uma bactéria misteriosa que está alojada no estomago de 90% dos brasileiros e foi tema do 2º Congresso Paraense de Gastroenterologistas, em função do que, relato o que abaixo segue:



“Na década 70/80 fomos acometidos por 07 vezes alternadas de hemorragia digestiva, comprovoda por melena – presença de sangue nas feses - e regurgitação viva de hemacias, que nos levou a reidratação pela artéria sub-clave, com transfusão de sangue, posto que o hematocrito caiu a 22%, além de vários dias em CTI e que, a endoscopia acusou duas (2) lesões de úlcera no duodeno.”



Aquela altura o ponto alto em termos de medicação era a cemitedine 200 ou 400 mg, que mesmo apos o tratamento com esse medicamento aliado aos antiácidos líquidos, houve como já o dissemos, repitidas crises e vários internamentos hospitalares.



Certa feita conversavamos com o amigo Themístocles Martins a respeito das hemorragias. Ele me sugeriu nossa copaíba. Passados alguns dias desse dialogo, folheando revista médica, deparei-me com uma matéria que se reportava sobre o poder bactericida e cicatrizante de nossa copaíba. Como já havia me submetido aos medicamentos convencionais de nossa farmacia alopata, sem resultados satisfatórios e definitivos, resolvi seguir a orientação e usei capsulas de copaiba, uma drágea após o café matinal e, úlcera e hemorragia nunca mais, há mais de 15 anos.



Ressalto que não estou orientando ninguem a auto-medicação e sim, relatando um fato que me levam as suposições acima, posto que não há comprovação cientifica e, com o mesmo visando cooperar com a sociedade médica, pois pode haver algum fundo de verdade e que, futuramente poderá ser útil à sociedade.



Lúcio Reis.
















Belém, Pa, em 24 de março de 2001.



MOROSIDADE



Um dia lê-se no O Liberal: Rafael saí do presidio num S-10. No dia seguinte, Jornalista que matou a namorada é libertado, em ambos por decisão do STF.



Diz o dito popular, é bem verdade, que decisão judicial cumpre-se e recorre-se e assim, foi feito e espera-se seja feito.



Mas, ao determo-nos em análise comparativa dos fatos, nossos cabelos do crânio são todos substituidos por interrogações, quando nos lembramos e, até mesmo por serem fatos recentes, do seguinte: o Brasil, via Carandirú e outros presidios, tem exportado uma imagem horrenda, quando se trata do sistema carcerário, no qual milhões de apenados continuam encarcerados, mesmo a despeito de suas penas já terem sido cumpridas. Outros por pequenos delitos, passam anos a fio atrás das grades e, como justificativa ou desculpa, põe-se a culpa na morosidade da justiça.



No entanto, como entender a velocidade com que um Luis Estevão, um Rafael ou um Antonio Neves, rapidamente são colocados em liberdade?



Será que só o cidadão simples lê jornal e vê televisão? Será que nossos julgadores não tem conhecimento de que a sociedade há muito clama por punidade para todos os criminosos e, não somente para quem não tem recursos economicos; ou será que a lentidão apontada tem algo aver com economia, posto que a desculpa para lentidão é escessivo número de processos? Como entender então, que impetrantes de recursos, habeas-corpus dos facínoras com poder economico, são rapidamente analisados, relatados e julgados e, normalmente liminares, céleres expedidas?



É! Ao que tudo indica, no nosso País a lei para todos mas, a justiça libertadora é para poucos ou só para quem está no vértice da pirâmide social.



Lúcio Reis.



















Belém, Pa, em 16 de março de 2001



PETROBRAS



Reiteradas vezes temos tomado ciência pela imprensa, em todas as modalidades: Petrobras foi multada por agressão ao meio ambiente, em virtude do vazamento de toneladas de óleo, portanto a partir da segunda vezes passou a condição de reincidente mas, mesmo assim os desastres prosseguem.



Agora o noticiário nacional estampa: explosão da plataforma dá prejuizo de US$1 bi, manchete do 1º caderno do Jornal da Amazonia O Liberal, edição de 16 do corrente.



Ao ler a materia constatamos que vidas humanas foram ceifadas, bem como a inativação da maior plataforma do mundo, ocasionará redução na produção do “ouro negro” para nossa economia, provocando seríssimas consequências, que na ponta atingirá, com certeza, nossos bolsos.



O estranho é que a Nação transita por estágio importantíssimo e sério ou até mesmo delicado, na vida politica, quando convivem no mesmo xadrez um ex-juiz, um ex-senador. A promotoria se vê as voltas com gravação de fitas e, o senado federal num verdadeiro tiroteio de trocas de acusações entre membros que lá estão. Em vários instancias – foco de corrupção e malversação do erário – na alça de mira de CPI e assim por diante.



Em nosso País é assim, quando há situações que se entende gravíssimas, surgem outras mais estranhas, capazes de desviarem a atenção da sociedade e portanto dos focos e canetas da imprensa, que as voltarem para os pontos anteriores reviravoltas ocorreram e assim, a gente vai levando, a gente vai levando.



Lúcio Reis.






















Belém, Pa, em 31 de agosto de 2001.


AUDACIA


Quando um jovem como esse que se aventurou criminosamente à sequestrar tanto a jovem Abravanel, quanto seu pai, o conhecido nacionalmente empresário Silvio Santos, nos leva à uma reflexão em busca da origem de audaciosa empreitada e só consegue-se chegar a uma resposta: “a total falta de credibilidade nas instituições democraticas, em virtude da absoluta ausência de autoridade dos homens que as representam ou compõem, pois se não vejamos:



- Juiz envolvido em desvio de dinheiro público, compondo quadrilha com senador da República, em cujo parlamento o deputado é mandante de exterminio e traficante de droga, onde uma CPI dá ouvidos via telefone celular a um dos maiores bandidos do País, o Sr. Beira-Mar, cuja organização criminosa dita regras ao sistema carcerário, definindo quem fica em que presídio, com aquiescência de todas as autoridades e,  num País, onde uma SUDENE e uma SUDAM consomem através do tráfico de influência milionárias somas de impostos, inclusive para criação de rã entre tantos outros desvios, quando o povão precisa é de pão, de trabalho e salário digno. País no qual, o dinheiro da Previdência é roubado acintosamente e, mesmo descoberto não retorna aos cofres públicos.



Tem-se a sensação diante dessas verdades, de entendermos e encontrarmos o porquê e portanto a resposta para o procedimento marginal desses sequestradores e de tantas outras ações marginais que se multiplicam no dia a dia do Brasil.



Pois ninguem pode ignorar que é muito mais fácil o jovem seguir o mau do que o bom exemplo e assim, compete as nossas autoridades olharem para dentro de sí e, se questionaram se efetivamente estão atuando com a responsabilidade que um cargo público deve ser exercido, pois do contrário essa inversão de valores, só gerará mais e mais ações marginais.



Lúcio Reis

























Belém, Pa, em 23 de fevereiro de 2001.



LARVAS



Quando se imagina que já vimos tudo que é possível e impossível, em termos de malandragem neste País, eis que surge em São José dos Pinhais, Curitiba (O Liberal de 23.02-Cidade), dois funcionários da Prefeitrua daquele municipio, contrabandeando larvas do transmissor da dengue, com intuito suposto de recriar surto da febre, e assim receber verbas públicas do Ministério da Saúde.

     Há anos a sociedade brasileira e, principalmente o cidadão pacato, trabalhador e honesto vem sendo bombardeado a cada dia com enxurrada de noticias que como consequência, só vem a denegrir a nossa imagem lá fora, tais como: farta troca de acusações entre os homens que compõem o “staff” da república; os presidiários de alta periculosidade, dispondo de rpivilegios (até telefone celular), em orquestrada ação põem em polvorosa, transformando em barril de pólvora, o sistema carcerário nacional.
      As consequências de tudo isso repercutem incontinente no dolar e por conseguinte na nossa economia, tanto é que já se propola sôbre o aumento de tarfifas públicas e principalmente do combustível.
    O pior é que não podemos contar e nem acreditar em nossos representantes para encontrarem soluções adequadas e satisfatórias, de vez que a maioria deles está preocupada com a quebra de seus sigilos bancários, e como se defender de sucessivas acusações.
     Enquanto isso, vamos levando a vida com o desânimo, cefaléia consequência da dengue e outros males ligados a moral, falta de vergonha e seriedade na república.


Lúcio Reis




























Belém, Pa, em 15 de fevereiro de 2001



PREFERÊNCIA



A ciência avança na descoberta do mapa genetico do ser humano e, dentro em breve teremos conhecimento de quem efetivamente descendemos.

    Para mim não haverá surpresa, quando for constatado que biologicamente o brasileiro tem como ancestral, aqueles que compunham a turba que colocada a escolher para ser libertado Jesus Cristo ou o mal feito, optou pelo bandido.
   Somente assim conseguiremos justificativa plausível para a preferência do brasileiro em escolher para lhe dirigir ou ter como seu representante alguem de conduta irrecomendável.
    A imprensa nacional em todos os níveis não se cança de nos informar e alertar que ciclano, fulano ou beltrano e etc..., enriqueceram ilicitamente, malversaram o erário, responde a um, dois ou mais processos por procedimentos ilegais e imorais e, mesmo assim continuam a receber o prestigio e crédito do cidadão, que permanece recebendo salário indigno de suas necessidades, escassa oportunidade de emprego, caos total no ensino público, atendimento médico hospitalar do estado precário e, segurança pública que gera insegurança e conviver no dia a dia com o alto índice de violência e banditismo.
     O consôlo é que sabemos também que o mal por sí só se destroe e assim, um dia o bem prevalecerá, independentemente do homem saber ou não escolher, afinal, graças a Deus, todos somos mortais.


Lúcio Reis.





























Belém, Pa, em 25 de dezembro de 2000.



AMORAL


O Jornal da Amazônia, O Liberal de sabado 23 do corrente, publica em sua primeira página pequena galeria de famosos que passarão o Natal no xadrez.


Dentre eles está Jorgina Freitas, responsável entre outros, por uma grande dilapidação dos cofres do INSS, por ações fraudulentas.


A realidade dessa noticia, graças a Deus, aponta que mesmo timidamente o Brasil inicia seu processo de assepsia no trato dos assuntos inerentes a moral e a honestidade.


O fato, tem também como uma de suas faces, a demonstração e constatação inequivoca da enorme cara de pau desses facínoras, que a rigor deveriam perptuamente mofarem isolados da sociedade, por detras de grades, pois apesar de não deterem o menor resquicio de respeito com os demais cidadãos da república e não respeitarem um milimetro pelos menos, do que é moral e legal, ainda se entendem com o direito de pretensão de ajuizarem ação visando processar quem os chame de desonestos (gatunos), como é o caso da advogada Jorgina, que entrou em juizo, a fim de processar homem da imprensa nacional que publicamente fez referência às suas qualidades de gatuna e de enriquecer com o dinheiro de todos nós.


É lógico, que o cidadão de um modo geral deva ficar tranquilo, quanto as consequências desse tipo de ação, pois não acreditamos sob hipotese qualquer, que a intenção judicial dessa natureza deva prosperar, pois afinal de contas em nosso poder judicial, ainda há cabeças sãs e por fim, quem fala a verdade não merece castigo.



Lúcio Reis.






Belém, Pa, em 27 de dezembro de 2000.


DESCULPA

Oportuna a matéria da revista TROPPO, encartada na edição de O Liberal de 26/12/2000, com o título acima.
Como bem abordado na mesma, o ato de pedir desculpas, em primeiro lugar requer a existência do reconhecimento de que o equivoco ou erro pertence à pessoa que pede desculpas, que convenhamos é situação raríssima no convívio social de hoje. Em segundo, só o reconhecimento de que errou não é raro, as pessoas até se reconhecem culpadas. Dificílimo é se dirigir ao outro e apresentar o pedido de desculpas, pois o ato requer um sentimento que está se tornando raríssimo no ser humano, que é a humildade.
O que tem e está prevalecendo é a arrogância, o egoismo, a falta de educação e o entendimento de que ninguem precisa de ninguem e que todo mundo é auto-suficiente, principalmente quando o ser humano detem poder econômico e financeiro.
O que está faltando, como sentimento maior é o amor e a poesia dos relacionamentos – fato observado neste espaço, dias atrás, quando um leitor registrou sobre a falta de harmonia inter-pessoas – inexiste acima de tudo educação familiar.
Exemplificando, a falta de educação, dias atrás trafegava pela rua O de Almeida e na contra-mão do trânsito, um adolescente pedalava sua bicicleta. O biotipo e o traje, indicavam ser morador do bairro e pertencer a família de posses. Ao passar pelo mesmo e com o estreitamento da via em função de outros veículos estacionados, ele teve de parar e eu também o fiz e aproveitei para lhe dizer, alertando: que tivesse cuidado com sua vida e que não pedalasse na contra-mão. Em resposta o “moleque” desembuchou um monte de mal-criação e ofensas e, em ato contínuo, pensando que que haveria algum tipo de reação de minha parte, prossegui no mesmo sentido e olhando para trás, por pouco não colhidiu com um taxi, porque este parou e buzinou.
O egoismo que grassa no mundo, está provocando nos seres humanos, um distanciamento cada vez maior, o qual se complica pelo afastamento de Deus e de seus ensinamentos e assim, ninguem consegue entender que o seu limite termina, onde principia do se seu semelhante.
Lúcio Reis





Nota do autor: Abaixo outra matéria que escrevi para publicação no Jornal do Grêmio Literário e Recreativo Português.

VIDA E VIVER

Nossa passagem por este planeta, é composta pela sucessão de fatos agradáveis ou não, que num momento nos provocam risos e noutros tristezas e, muitas das vezes nos levam as lágrimas, dependendo, creio eu, do maior ou menor grau de sensibilidade da criatura.
Somos criados, tendo como única certeza do pós nascimento, que num momento qualquer, e que, não nos é dado saber quando vai acontecer, que um dia haverá a partida definitiva. Se bem que muitos, tem ojeriza em pensar e lembrar desse fato inarredável, mas que é inconteste.
A vida começa com a incerteza do futuro e, nos primeiros momentos inicia-se no colo materno onde recebe a proteção do calor e do aconchego carinhoso do sublime ser, mãe, e isso vale de um modo geral a todos os seres vivos do reino animal.
Posteriormente vem a incerteza dos primeiros passos, começando pelo engatinhar, os primeiros tombos e depois a confiança plena em se locomover sozinho e até correr sem freio.
Mas tarde, novamente a incerteza se abate e nos invade a preocupação, no que ira atuar, visando o estabelecimento profissional e funcional e assim, ter garantido honestamente a sobrevivência individual, a constituição familiar, a manutenção digna do clã e por conseguinte a perpetuação da espécie aqui, como orienta os ensinamentos bíblicos.
Decorridos anos, chega-se a um estágio de entendimento do dever cumprido perante a sociedade, pois os caminhos da legalidade e da ética foram percorridos, a consciência não registra o cometimento de nenhum ato punível pela lei dos homens e principalmente pela leis Divinas, a família embasada segundo o que é legal e moral, os filhos criados e conduzidos sob o manto da honra e do ético, em fim, com as dificuldades, todas criadas pelo sistema humano, mas superadas uma a uma, onde na guerra desnescessária, em virtude da vaidade pelo estar no poder e pelo ter, uns pisam sobre os outros, objetivando amealhar tesouros e mais tesouros, que no final, todos, absolutamente todos concluirão que o ter não vale nada, absolutamente nada e muito menos o poder, que se observada por outro angulo, só traz ou só leva a infelicidade.
É bem verdade que muitos dirão, ao lerem o acima escrito que, essas afirmações são fruto de quem se sente frustado. Posso afirmar que essa interpretação e conclusão não é verdadeira e posso provar o que afirmo: “no inicio de janeiro 2000, mais precisamente na primeira quinzena, assisti um documentário sôbre a vida do Elvis Presley e quem, sintonizou no canal 27 também poderá ter assistido e lá, com narração de sua es-esposa, podemos ver que quanto mais ele ganhava fama e automaticamente aumentava sua fortuna e popularidade, mais descia ao poço da degradação humana, pois sistematicamente tinha que recorrer aos químicos (drogas), até que prematuramente alcançou o final que todos nós conhecemos. No decorrer da reportagem, a narradora faz a assertiva declarando que ele era muito religioso, e o mesmo é mostrado rezando numa igreja. E aí, reside o grande perigo: ser muito religioso, não significa nada, se essa religiosidade não é revestida e nem o respaldo concreto e sólido da fé. Um outro exemplo bem mais próximo de nós e que, por ser de conhecimento público e até internacional, podemos aqui reproduzir a situação atual do craque de futebol, o argentino Diego Maradona, que a exemplo do anterior, quando entendia que estava subindo, na realidade estava descendo, tendo chegado onde está. Não resta dúvida, que o tamanho da infelicidade deles foi e é diretamente proporcional ao tamanho da fortuna material.
Por isso é que, desde os primórdios dos tempos o ensinamento diz e prega o seguinte: “não juntes tesouros aqui, pois onde estiver o teu tesouro, lá estará o teu coração”.
A felicidade não se compra. Se conquista.
A vida é com certeza uma viagem. O veículo só faz dois movimentos: o de rotação e o de translação em torno do sol, portanto ele vai de lugar algum e leva a lugar nenhum, pois sua rota é uma elipse.
Somos todos passageiros e, cada um de nós a um determinado tempo, teremos e deveremos desocupar o lugar e dar vez a um outro ser. Logo, o que prevalece e interessa nessa transição, com certeza, é o lado abstrato e que será ou não engrandecido, o espiritual de cada um de nós.
Creio que os amigos Reinaldo Couto – hoje em outro plano – Manoel Pereira e outros tantos, comungam comigo nessa conclusão, pois nessa viagem em que estamos passageiros, tivemos oportunidade de constatarmos quão é diferente a vida, pois entre estar vivo e saber viver, vai uma grande diferença.
A amizade, posso afirmar, é o maior tesouro que se pode conquistar nessa viagem e, se você consegue conquistar a amizade, não tráfico de influência, do Ser Supremo, verá que o viver é mais fácil do que se imagina.
Obrigado Senhor. Sempre!
Lúcio Reis


Belém, Pa, em 07 de novembro de 2000.

CAMBISTAS

A edição de O Liberal desta data, traz em sua primeira página a seguinte manchete: MP quer saber sôbre o cadastramento de cambistas.
Quando se lê matéria dessa natureza, fica fácil concluir, como o cidadão gosta de sofrer e até paga caro para ser massacrado, espezinhado, furtado e humilhado. Pois se chegou a esse ponto é porque, o cambista tem retorno e compensa.
Não existe futebol – que é a atividade em questão – sem uma platéia que o prestigie – assim como, nenhuma modalidade de espetáculo sobrevive sem que haja alguem a aplaudir ou a vaiar.
Essa lenga, lenga de cambista, falsificações de ingressos e penalização do torcedor é antiga, e não há – pelo menos até agora – autoridade que coíba e ponha fim a essas manobras perniciosas e que, no fim o “pato” a pagar a conta é sempre o cidadão que procura os estádios para dar vazão a sua paixão pelo futebol.
O dia em que o torcedor tomar ciência de sua imprescindível importância nesses eventos, constatará que tudo se fará em função de sí e, quando isso ocorrer, ele usará essa força para boicotar sua frequência aos estádios e assim, diminuirá a procura pelos ingressos, que por consequência trará o barateamento, que por sua vez fará com que dirigentes providenciem melhorias físicas, bons espetáculos e sejam os primeiros interessados em privilegiar a maioria, que é a massa de torcedores e não, a minoria que á massa de cambistas, que inflaciona o custo final do ingresso e que, por conclusão lógica, não são os donos do capital (R$) inicial, que adquire antes do torcedor uma grande quantidade de bilhetes, pois se isso não fosse verdadeiro, como explicar o reduzido número de bilheterias, o que vem a forçar o torcedor a cair na armadilha do cambista?
Lúcio Reis


Belém, Pa, em 03 de novembro de 2000.

PELOTAS

À determinadas pessoas, em função da posição que desempenham ou pretendem desempenhar perante a sociedade, todo cuidado é pouco com o que pode ou venha sair de suas bocas.
Devemos lembrar da repercussão desastrosa que foi originada pela declaração presidencial de que os aposentados previdenciários são vagabundos. No entanto, o cidadão já estava no poder e não seria por essa frase, que a Nação fosse submetida a repetição do processo que apeou o Fernando Color do Palácio do Planalto.
Na recém finda campanha aos paços municipais em 2º turno, o cidadão “operário”, “metalúrgico” – que vive de um lado para outro deste País e até mesmo para o exterior, enquanto o operário e trabalhador brasileiro, mal dispõem de salário para passagem de onibus urbano – fez referências jocosas, preconceituosas e ofensivas aos cidadãos da cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul, o que, descoberto e trazido a público o tropeço, levou o Sr Luiz Inácio a pedir desculpas publicamente àquela cidade.
O tempo não vai muito longe e, ao que parece, já esquecemos das declarações do Sr Edir Macedo, quando em passeio de lancha, num momento de descontração, acompanhado de membros de seu clero, fez referências as cobranças de dízimos aos frequentadores da igreja por ele criada, numa franca demonstração de tripúdio a humildade de quantos buscam a salvação eterna através dos ensinamentos do Evangelho.
As 3 situações acima, ao nosso entender, são entre muitas outras, origens do atual descaminho dos laços familiares, posto que a autoridade implícita nas funções de condução do Estado e da fé, com comportamentos desses quilates ficam arranhadas, desacreditadas e com a austeridade fragilizada e assim, oferecendo oportunidades à anarquia, aos desmandos, como já podemos observar com o movimento de invasões de propriedades, inclusive públicas e outros procedimentos que violam a democracia.

Lúcio Reis.

Nota do autor: A seguir mais uma das materias escritas para o Jornal do Grêmio Literário e Recreativo Português e hoje, quando a tornamos público outra vez, decorridos 19 anos, nada melhorou e sim, pelo contrário, só piorou:

VIOLÊNCIA URBANA 

Dia 23 de maio de 1995, parcela considerável da sociedade belemense ficou petrificada, horrorizada, revoltada, angustiada, insegura mais ainda, enquanto que outra fração apenas tomou conhecimento do fato como mais um banal e corriqueiro homicídio e, por fim outra porção sequer teve acesso ao noticiário, que relatou o brutal, hediondo, animalesco irracional, covarde assassinato de uma mãe trabalhadora no interior de seu local de labor que reiteradas vezes, como tantas outras agências bancárias desta cidade já havia sido assaltada.
A irresponsabilidade da dita autoridade competente, fica patenteada, quando dezenas de outros casos em proporções idênticas de gravidade já vinham e vem ocorrendo aqui e alhures e, nenhuma medida preventiva ou coercitiva positiva foi tomada, pois segundo a imprensa os frios assassinos fugiram do local do delito, uma via de trânsito movimentadíssima, principalmente no horário em que o crime ocorreu e, os agentes de segurança não conseguiram lhes colocar as algemas.
A situação evolui para pior a cada dia e, o cidadão não percebe nenhuma movimentação no sentido de tolher, dificultar a ação criminosa, cujo autores as repetem sem nenhum constrangimento, pois tem como favas contadas a impunidade, a omissão de quem e a quem, deveria e compete combater de frente a ação nefasta e altamente condenável do banditismo que assola este Município, este Estado e esta Nação.
Quando escreviamos esta matéria, vimos no noticiário que os órgãos de segurança e representantes da categoria de empregados e empregadores do sistema financeiros daqui, haviam se reunido e que, dentro de 30 dias retornariam a nova assembléia para ações mais eficazes e concretas. Em 30 dias, há pelo menos quatro sexta-feiras e, já está definido e provado que o lado de lá, não está para brincar e, como na setxa feira é o dia de maior incidência de assalto, quantos poderão somar no rol de vitimas dessa guerra urbana, que só apresenta vitoria para os fora da lei.
“O que nos consola é imaginarmos que a família enlutada, por ter um de seus membros condenado a pena de morte sumária e sem apelação, pelo único crime de estar no local indevido, na hora imprópria e lá ter comparecido seus carrascos, já ter recebido a visita pessoal, trazendo apoio moral e cristão, daqueles que 24 h se preocupam com os direitos humanos, bem como telegramas de organizações internacionais, que não conseguem admitir que um animal nocivo, contumaz em matar gente, estuprar, furtar, roubar, receba um safanão, ou uma gravata ou um “coque” de um policial e, quando em cárcere não receba alimentação e hospedagem de hotel 5 estrelas.
Para desarmar os espíritos que venham entender ou concluir ser este associado radical, que lembrem de Sodoma e Gomorra e dos vendilhões do Templo, que receberam a condenação e o castigo dos mais justo e bondoso dos homens que passaram por este planeta, o Filho do Senhor, o qual aos impios da Casa de Deus, pessoalmente os expulsou sob o açoite de um chicote.
O estado atual, está induzindo as pessoas a banalizarem a vida humana, tornando-a idêntica a de um inseto que simplesmente e sem remorso se elimina pulverizando um inseticida ou, como no caso de uma barata que se esmaga com nojo através de uma chinelada.
Nossas autoridades não estão nem um pouco preocupadas em se desmoralizarem perante a opinião pública e, tanto isso é verdade que há anos pela época da semana santa, época de finados é a mesma lenga, lenga quanto ao abuso do preço do pescado, das flôres e das velas.
Em outra esfera, o vandalismo das pichações continua livre e solto e a cidade imunda e alguem que define isso como problema psicológico e, extravasamento de dom artístico e muita energia. Paralelamente a esses exemplos as gangues de ruas a cada fim de semana condenam um ou mais de seus elementos a pena de morte. Um outro exemplo do que afirmamos no inicio deste parágrafo está em recente noticiário jornalístico de Belém, quando o Órgão de trânsito, informa que mais de 4.000 veículos com terminação 4 na placa, não se regularizaram em 95. Se você puxar pela memoria, lembrará que todo ano é assim e aí, pergunta-se: carro que não pagou IPVA, o seguro obrigatório, pode trafegar? Existe a autoridade competente capaz de tirá-lo de circulação? Se essas perguntas tem como respostas não e sim, você pode concluir que minha assertiva não é absurda e nem caluniosa e muito menos fantasiosa.
Nosso objetivo com estas linhas é contribuir para que o Estado de Direito, o Império da Lei, bem como o direito de ir e vir e, principalmente a liberdade que todos amamos, não se tornem peças e historias de um museu, que funciona como troféu nas mãos daqueles que empunham uma escopeta ou uma AR-15, assim como o trabalhador empunha um martelo, uma caneta, um bisturi ou mouse.
Temos e devemos nos mantermos alertas, cobrando como cidadãos os nossos direitos e que, os homens públicos esqueçam um pouco mais a pecúnia e pensem mais com a alma do que com o bolso e lembrem da sociedade que lhes provem o sustento através dos impostos e, com a sensibilidade da alma, nos problemas sociais, que o pessoal da base da pirâmide vem enfrentando e perdendo há muito tempo.
Como aqui somos uma família composta de empresários, medicos, advogados, contadores, aposentados, funcionários públicos assalariados e etc... e, bem que redobremos nossos cuidados, principalmente nossos companheiros que até por volta das 21 h continuam com seus caixas tilintando e de um modo geral todos nós, reforçando a cadeia na qual as residenciais foram transformadas, tal a grande e reforçadas grades, pois acreditamos se confiarmos e esperarmos simplesmente pelos orgãos de segurança, teremos novamente um caso fatal e uma reprise indesejável como o foi o brutal assassinato do companheiro Totó e, cada de nós caso nos acomodemos, estaremos passivos de nos tornarmos mais uma lamentável vitima, assim como o foi a bancária Silvia.
Em nome da família gremista, tornamos nssos olhos para o Senhor, implorando que Ele se apiede e lhe tenha sob Seu Divino Manto.
Lúcio Reis.


Belém, Pa, em 05 de outubro de 2000.

MULTAS

Aguardava atento o posicionamento do Sr. Osmar Bellarmino Marques, o que na edição desta data – 05.10 – aconteceu, em função de que neste espaço, tanto a CTBEL, quanto mais dois leitores, transformaram-no numa boma de muitos megatons sôbre 4 rodas, em nosso trânsito.
Não tenho procuração do Sr Osmar, como também não as detenho de quem, como eu, foi vitima na parte mais sensível do corpo, o bolso.
Não sou e nem acredito que alguem seja contrário a instalação das araras, dos bem-te-vis ou qualquer outra providencia que o poder público tome, visando a higiene e portanto a preservação da vida do cidadão, até porque essa também é uma das funções do Estado, enquanto administrador dos recursos provenientes dos nossos impostos.
O que vai de encontro aos interesses do cidadão, enquanto alvo das ações públicas, são as medidas que privilegiam a caça níquel a qualquer custo e de numerário visando engordar as reservas financeiras de quem está próximo ao poder e que, não tem sensibilidade, cuidado e o critério do julgamento justo, transformando de um instante para outro pacatos cidadãos em perigo eminente à sociedade. Colocando-os ainda a execração pública.
Acredito que como muitos injustiçados, o Sr Osmar é mais um, como eu e que, não pleiteamos a morte das “aves” que a CTBEL, célere em mandar instalá-las para nos vigiar, que pele menos, no momento do julgamento de nossos recursos, coloque humanos de verdade e, com o mínimo de sensibilidade, celeridade criteriosa e que, observe o prontuário do condutor, pois ninguem, de um momento para outro, se transforma em irresponsável no trânsito, principalmente, quando não se tem mais 18 ou 19 anos de idade.

Lúcio Reis

Belém, Pa, em 21 de setembro de 2000.

CICLISTAS

Em recente entrevista à imprensa local, a Sra. Cristina Badini, dirigente da CTBEL, cientificou nossa sociedade de que iniciará campanha educativa, visando a preservação da vida de ciclistas que trafegam nesta Capital.
Na ocasião, ela se reportou quanto aos acessórios que deverão estar presente nas bicicletas, tais como sinalizadores fosforescentes, luminosos e farois pisca-pisca, desde os pedais até as partes anteriores e posteriores do veículo ao pedal. Concluida a fase educativa, inciará a fase punitiva, com os autos de infração.
O acima, sabemos está previsto na legislação. Todavia, Senhora Dirigente é necessário que saiba o seguinte: na sexta-feira 08 de setembro, entre as 18:30 e 19:00 h, trafegava pelo Pedro Alvares Cabral, no sentido Telegrafo-Sacramenta e, ao me aproximar do cruzamento com a Dr. Freitas, no qual não havia semáforo funcionando, posto que ocorrera interrupção de energia elétrica e o trânsito, estava sendo orientado por 02 guardas municipais, dos quais ouvia-se apenas os silvios de apitos, posto que predominava, já aquele  horário, certa escuridão. Os silvios eram breves o que significava seguir. Quando o veículo a minha frente alcançou o meio do cruzamento (era um automóvel totalmente branco), um dos guardas resolveu modificar o sentido de passagem e, entendeu que aquele carro havia avançado e contrariado sua orientação. Incontinente abandonou o seu posto e se dirigiu ao carro oficial, estacionado parcialmente sobre a calçada (pela P A Cabral), a fim de apanhar o talonário de multa e autuar o veículo branco. Dando clara e inequívoca demonstração de que os R$ oriundos da multa são mais importantes do que as vidas que por ali passavam.
Além dos abusos do funcionário municipal acima, o que mais me intrigou e, que tem a ver com o inicio desta cronica, é que eles, os guardas, não usavam as lanternas luminosas, o que dificultava, e muito, a visualização dos mesmos, posto que já alcançavamos as 19:00 h.
Ora D. Cristina, o poder público tem e deve ser o primeiro na obrigação de dar o bom exemplo. Nesta ocasião, gostaria de preventivamente registrar que sou apenas um cidadão em pleno gozo de meus direitos constitucionais e, faço esse registro afirmando não ser e, jamais ter sido candidato a qualquer cargo público eletivo, pois também, assisti sua entrevista, quando V. Sa., com vários dias de antecedência preconizou os resultados das urnas de 01.10.00, em relação a um edil que tenta a re-eleição, o que para mim, como eleitor, soou estranho, posto que, o que entra na urna é secreto.
O querer ou pretender promover o bem geral e tarefa louvável, desde que ponderada a realidade e que, muitas das vezes, são incompatíveis com os fatos.
Lúcio Reis.


VOLTAR 

Talvez seja o verbo de maior intensidade sentimental, que se pode imaginar e, cuja aplicação na prática seja o que mais proporciona felicidade ao ser humano, dentro de suas relações inter-pessoais, quer com um ou o outro sexo.
A assertiva acima é verdadeira, bastando lembrar-nos entre tantos outros exemplos, que na Bíblia está reservado a parábola denominada a volta do filho pródigo no âmbito humano e, no aspecto divino que Deus mandou para aqui, seu Filho Jesus com missão específica e depois, gloriosamente voltou ao Pai, após ressuscitar dos mortos.
A abrangência sentimental do verbo, é de um alcance tamanho, que se detalhadamente observarmos, constataremos que desde a nossa chegada aqui ele está muito presente: o primeiro, é quando se vai à maternidade ainda no ventre materno e, volta-se para casa, tornando-se esse voltar a alegria de toda a família; o segundo, é quando saímos de casa com os livros e cadernos à tiracolo com destino à escola e, após sucessivos anos de lutas, de glórias, de dor, de tropeços, volta-se com o título nas mãos e a satisfação de que foi dado o primeiro passo, galgando-se o primeiro degrau da escala profissional do viver.
Entre um e outro voltar, intercalam-se sucessivos outros que vão compondo no dia a dia o amadurecimento do ser humano, neste planeta de água e o seu engrandecimento enquanto criatura de Deus.
Quantos jovens neste momento estão radiantes de felicidade e hoje, mais uma noite não conseguirão dormir, pois o coração é muito pequeno para o tamanho do pulsar de felicidade, pela volta da namorada(o), noiva(o), diferentemente das noites indomadas pela infelicidade da separação, a incerteza do amanhã, a angustia de esperar a ocasião para discutir a solução e o reatamento da união.
Quantos casais, neste momento vibram com o transbordamento das lágrimas de felicidade, festejando entre uma e outra taça de champanhe, numa alcova qualquer a enorme sensação do voltar pela reconciliação e o reinicio da construção dos vários momentos de satisfação, que somados darão a tônica do positivo e saudável que é o viver em união conjugal.
Quase todos nós, ou alguma pessoa de nossa família, ou de amigos ou somente de conhecidos, já tivemos e vivemos a oportunidade de viver, a imensa emoção de poder contar com as bênçãos do Senhor e, depois de alguma enfermidade, voltar de uma internação hospitalar e novamente poder chegar em nosso lar e reiniciar tudo de novo e, em  alguns casos com reiteração da experiência, com absoluta certeza a sensação é indescrtitível e só as lágrimas que nos afloram, são capazes de materializar parcialmente o tamanho da emoção do voltar nessas circunstancias.
Todo voltar é por si só revestido de muito sentimento. Um deles, e o mais impregnado de felicidade é o voltar dos caminhos escuros da droga, pois os exemplos de fato do dia a dia de nossos tempos atuais, nos mostram que ao alcançar um determinado estágio da estrada, a viagem não tem volta e a negritude do mesmo, leva o infeliz a um sofrimento total.
Talvez, para valorizar ainda mais o voltar, o homem tenha criado a imbecilidade do confronto beligerante, do qual alguns voltam como heróis, mas que muitas vezes outros tantos não podem mais voltar para consigo, pois até mesmo não se conhecem mais e partiram para outros mundos, mesmo estando entre nós.
O corre corre do dia a dia, e os afazeres nele envolvidos, nos fazem esquecer pela rotina, um dos mais importantes voltar e que acontece, muitas das vezes pelo menos duas vezes e cada 24 horas, que é o voltar ao lar, onde estará a família, após um dia de labor e, para e pela qual cumpre-se um ritual que, com o  decorrer dos anos torna-se mecânico e dele vai-se retirando a sensação do sentimento de poder voltar e até mesmo de ter de onde voltar, que no caso é o local de trabalho e de sustento da família.
Viajar, todos sabemos é muito bom, é bom demais. O relax de umas férias é excelente, mas a um determinado instante do passeio, o melhor dele é o voltar para o sacrossantos recesso do lar, o quentinho dos lençóis macios e do leito com a marca do peso de seu corpo e, por certo o calor de sua residência, irradiado do seu ser e de seus famíliares.
No entendimento e credibilidade dos que seguem o espiritismo, o voltar é tão importante que mesmo após a partida daqui, a reincarnação nos possibilita o voltar e neste vale de lágrimas dar continuidade, conclusão a algum designo Superior e Divino.
Poder-se-ia aqui prosseguir citando outras tantas maneiras de voltar, mas, para encerrar basta também registrar que escrito está, que é morrendo que nasce (volta) para avida eterna, pois não podemos e nem devemos esquecer de que somos a criação magistral do Senhor.
Portanto, que todos consigamos sempre o encontrar o caminho de volta aos momentos de felicidades a que todos estamos fadados e, portanto ser um direito nosso e que, a nenhum de nós seja permitido o voltar aos momentos difíceis do viver.
Lúcio Reis.

Nota do autor: Abaixo mais uma matéria de nossa lavra e publicada no Jornal do Grêmio Literário e Recreativo Português. Este ano o Clube completará 146 anos.

Belém, Pa, em 27 de março de 1995.

ORDEM, DISCIPLINA E PROGRESSO

Nesses poucos anos em que aqui fomos aceitos, temos ouvido considerações a respeito da frequência de pessoas estranhas ao quadro social e principalmente participando das atividades recreativas, como por exemplo, o futebol e, usufruindo do privilégio das malocas em detrimento ao direito do associado.
O interessante, é que o próprio associado e, é óbvio em parcela que corresponde a minoria, traz para cá o estranho e, através do famoso “jeitinho brasileiro”, consegue introduzir em nosso recinto campestre o seu “convidado” ao arrepio do Estatuto Social. Em função dos fatos que já ocorrem há longos anos, alguns membros desta família não crê que se há de conseguir concertar a situação e, o que mais provoca estranheza é que, aquela minoria é a mais crítica do estado da situação, por ela mesmo criada.
Mensalmente a inadimplência gira em torno de 20 a 30%. Ou seja, algo em media de 704 associados que não dão a contra-prestação que deveriam dar ou o fazem retardatariamente. O Clube, em termos sociais é uma empresa. É bem verdade sem fins lucrativos. Porém, como possui um quadro funcional regido pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), tem deveres e obrigações com encargos sociais, tais como com a seguridade social (INSS) e fundo de garantia (FGTS), só para citar dois exemplos.
Clube social, por outro angulo é ambiente privado.Público são as praias, os rios, os igarapés. O lazer é também necessário a atividade humana e, ao povo de um modo geral, compete ao estado promover os meios capazes de proporcionar esse entretenimento. Saúde, educação, segurança, emprego e salário condizente, são essenciais. Clube social privado é supérfluo. Quem não tem cacife para frequentar e se manter em um, procure os divertimentos públicos e de abrangência social. Nesses ninguem precisa pagar nada. Para ilustrar essas colocações, o Clube promoveu recentemente o Baile carnavalesco Vermelho e Verde, para o qual as mesas foram vendidas. Houve um associado, que foi se queixar a uma radio  da cidade, jogando pedra na Diretoria pela referida cobrança. Por uma questão de respeito a ele inclusive e a nós enquanto diretores, transcrevemos o seguinte: “Nº 2 do Art 10 – São direitos dos sócios EFETIVOS, de ambos os sexos, quando quite com os cofres sociais: tomar parte nas reuniões e diversões que o Grêmio promova. Quando se tratar de eventos com atração artística de renome nacional ou internacional, a Diretoria baixará instruções, regulando a frequência no local;”. A ignorância é um fato.
O transcrito é de nosso Estatuto Social. Como todos sabem, os Clubes são regidos por seus Estatutos, nos quais constam deveres e direitos. Em vista disto, temos verificado, a exemplo do que ocorre fora dos muros que nos circundam o ambiente social, é que cada um deseja ver o outro alcançado pelos rigores das leis mas, para si quer as facilidades das mesmas e, aqui dentro queremos os beneplácitos do Estatuto e para o companheiro a coerção, que os mesmo inserem, principalmente quando há um desentendimento. São as relações humanas.
Como em todos os agrupamentos vivos, inclusive entre os irracionais, como por exemplo nas colmeias e nos formigueiros, aqui também há uma Direção, um governo uma organização.
Esse corpo diretivo constituído de 15 cabeças pensantes e interpretantes, tem como base de deliberação o Estatuto Social. São associados que divergem entre sí mas que, tem em comum o grande sentimento de gostar de verdade do Grêmio Português, assim como outros tantos associados que no momento não estão diretores. Por força desse gostar, sacrificam horas de lazer com a família, com os amigos, em reuniões prolongadas ou em duradouras passagens pela sede social, despachando pilhas de documentos, em fim um trabalho em prol da administração do clube e funcionamento satisfatório das engrenagens que o fazem. Se desgastam enquanto diretores, pois ninguem consegue agradar a gregos e troianos e, como já o dissemos mui especialmente quando tem e devem aplicar os artigos punitivos do regulamento social. E, diante de tudo isso, é necessário que se registre com todas as letras, sem nenhum privilégio pecuniário ou outras benesses qualquer, a não ser, como também já o dissemos em prol do Grêmio e do crescimento em qualidade da família verde e vermelho.
O Grêmio é uma entidade de mais de 127 anos de idade. Tem participado ativamente dos feitos e também tem feito a história desta Cidade e deste Estado. Formou e educou muitas mentes e profissionais, que muito deram e ainda dão de si em favor do social, pois como se sabe, o Grêmio até já foi colégio. Pela idade que desfruta e diante do que tomamos conhecimento é necessário ainda que se registre, que se a direção fosse totalmente entregue a nós brasileiros, talvez ele não alcançasse essa maioridade secular. Porque? Que me perdoem os brasileiros. Por que sabemos que muitos portugueses, adquiriram lotes do imóvel para ajudar no crescimento e fortalecimento da agremiação e depois, ainda em nome do progresso da mesma, simplesmente os doaram de coração, sem nenhum custo para o clube. Isto sem contar com as coletas e os livros de ouro que foram assinados, com o objetivo de construir algo e, sempre em beneficio da coletividade. Enquanto nós, todos sabemos como agimos...
Fazemos essa menção com a convicção de que não estamos apedrejando quem quer que seja e, muito menos caluniando ou difamando e nem tampouco bajulando. Faça-o baseado em fatos e em duas realidades culturais e sociais de dois povos irmãos. Não temos nenhuma intenção outra se não, o compromisso com a verdade, que por mais que seja dura, é ela que deve prevalecer.
Encimamos esta matéria com o título Ordem, Disciplina e Progresso, entendendo que no já registrado tenhamos dado a conotação do que pretendemos. Todavia, para ser mais preciso, devemos mencionar que a maioria – e isto, sabemos por que conversamos com as pessoas – aprova as medidas que estão sendo tomadas pela direção, cujo intuito primordial é zelar pelo interesses individuais e, de todos enquanto sociedade gremista. Pois entendemos e acreditamos, que são ingredientes imprescíndíveis, responsabilidade, seriedade e sempre prevalecendo a força do direito e não o direito da força, a que se chegue a ordem, a disciplina e o crescimento sólido.
Diante de tudo isso e, principalmente por você, queremos lhe ouvir nas sugestões, nas críticas construtivas e embasadas e as intenções que busquem o melhor para nós todos.
A propósito, ouvimos de associados, em relação a regulamentação do uso das malocas, que ao lerem a mesma, vinham aplaudindo, até que chegaram no ítem que fala da reserva de 3 malocas à diretoria e, aí se decepcionaram. Essa decepção decorre do não atinar para alguns detalhes, como por exemplo: a diretoria é composta de 15 associados que possuem família e além das obrigações estatutárias administrativas, há os relacionamentos sociais inter-clubes, empresas e autoridades e, cada um responsável pela sua área. Não se queira, num ambiente campestre e ar puro como o nosso, receber um convidado ou visitante, ou autoridade ou patrocinador de um evento, em fim uma personalidade especial, num recinto refrigerado artificialmente. Por outro lado, o Grêmio possui em seu quadro social, ex-diretores, que hoje são beneméritos e, não o são por ocaso. São associados que muito deram de si em prol da associação, pelo simples amor que nutrem e dedicam ao clube e, nada mais justo, que hoje quando normalmente vem ao Grêmio aos domingos e feriados para o reencontro com os patrícios em relaxantes partidas de suecas, que suas esposas também se reencontram, enquanto aguardam os “cardeias” do Grêmio que desfrutam de um baralho despretencioso.
Entendemos que além do gesto de justiça, é um ato de obrigação, gratidão e o mínimo que pode ser feito. Aliás, vamos repetir, que estar diretor não lhe retira sequer a obrigação do pagamento de sua manutenção mensal e, para que não paire duvidas, acreditamos que nenhum diretor queira esse privilégio, pois se estamos diretores é por que gostamos do Grêmio e, parodiando o grande estadista americano, não estamos preocupados com o que Grêmio possa fazer por nós mas sim, o que podemos fazer pelo Grêmio e por você caro associado e amigo.
Lúcio Reis.

Belém, Pa, em 04 de agosto de 2000

VALE A PENA SER HONESTO!

Na Edição do Jornal O Liberal, pagina 2 atualidades, o Sr Denis Cavalcante, assina uma matéria com o título da epígrafe mas, interrogativa.
Em resposta Sr Denis, tenho plena convicção que o seu sono é tranquilo, despreocupado se algum oficial de justiça vai lhe importunar com um mandado judicial e o que, é mais importante, desde a aurora até o crepúsculo, esse chefe de família pode olhar no olho de sua esposa, de seus filhos, de seus amigos e de fonte erguida à sociedade, além de publicamente poder escrever tal como o fez agora.
Os crápulas que poluem e envergonham nossa sociedade, colocando em primeiro e único plano os $$ ou US$, um dia terão essa situação revertida, pois o tesouro que amealharam a custo do sofrimento dos demais seres humanos, em futuro bem próximo estará corroído pela traça da maldição oriunda do sofrimento que eles provocaram covardemente aos mais frágeis e de maneira atropelando fraudulenta e desonesta. E, tanto isso é verdade, que a sabedoria natural, ensina que o mal não prevalecerá eternamente, enquanto o bem sim.
Por tudo isso vale a pena ser honesto, sim!
Lúcio Reis.


Nota do autor: “Amigo do povo” era um adjetivo empregado por um empresário local e que, se aventurou na politica e figurou numa chapa como vice governador, na qual o titular foi o politico Jader Barbalho que, antes do termino do mandato passou a função para o vice, a fim de concorrer a uma vaga no poder legislativo.

Belém, Pa, em 04 de janeiro de 1995.

I C M S

O LIBERAL de 31.12.94 no caderno Conjuntura publica matéria sôbre o parecer contrario do Procurador da Fazenda Estadual Geraldo Lima ao pedido de parcelamento da divida de R$2.235 milhões com o ICMS relativo aos anos de 90 a 92, das empresas do ex-governador “amigo do povo” e principalmente dos funcionários públicos estaduais.
Na edição de O Liberal de 01 de janeiro na Coluna ZING, com o título “Na Marra”, há a publicação da denuncia de 3 homicídios: um em Belém, outro em Castanhal e o terceiro em Salinas, cometidos por um dos filhos do “amigo do povo”.
Esses dois gravíssimos fatos, e que vieram a público são provas incontestes de que os “Santos” realmente são “mui amigos” do povo e já promoveram muitos milagres como levar a dor, infelicidade, a revolta, principalmente nos últimos dias de 94.
Não se compreende é que, um titular de empresas inadimplente e com impostos inscritos na dívida ativa do Estado, possa reunir condições de responsabilidade social e austeridade, de se candidatar a um cargo eletivo que teria autoridade máxima sôbre a arrecadação de um Estado da Federação. Com que moral poderia comandar seus agentes no sentido de agir contra os sonegadores e prendê-los? O auxiliar eficiente, quando recebesse essa ordem deveria, por uma questão de coerência, passar um par de algemas nos punhos do ordenador da prisão.
Quanto aos crimes, assim como foi publicado, se tornou fato de conhecimento público e portanto, acredito que algum membro do poder judiciário, talvez o Ministério Público, deva ter lido a denuncia crime e tome as providências que o caso requer, pois afinal a periculosidade do jovem está mais do que comprovada e, o que é pior, ele acredita que a impunidade sempre irá lhe beneficiar, pois não teve o menor constrangimento em ser reincidente e matar pela 3ª vez. Esses crimes, ressalte-se tem a conivência do Poder, pois os veículos usados estavam a serviço do Governo.
O Silvio Santos, espelho do CS (lembram da compra da sorte) está na Praça há muito tempo, porém não se tem noticias de que o SS tenha cometido tamanhos desmandos.

Lúcio Reis
Belém, Pa, em 16 de janeiro de 1995.

CORRUPÇÃO

Desta feita a corrupção de funcionários públicos, que engordam o contra-cheque através de meios ilícitos, estourou no Poder Executivo Estadual.
Nem poderia ser diferente, já  que a impunidade sem cadeia à mafia dos diplomas falsos no Poder Legislativo, até hoje é um fato e, aliado a esta realidade, o Executivo  passou por uma maré onde o barco não tinha timão e naufragou na borrasca da incompetência e desmandos administrativos.
Fala-se num rombo de mais de 240 milhões de reais. Há ré e réus confessos da prática delituosa, há até a corroboração da prova documental (conta´cheques). Mesmo assim, anotem: “o caso vai rolar por comissões, inqueritos, fugas, virus no sistema de informática”, em fim, uma cadeia de acontecimentos que levará todo mundo a acreditar que o crime compensa e, bobo daquele que não aproveitar as mamatas.
Entendemos que uma das virtudes ou caracteristicas, a que alguem seja um bom profissional da área de saúde, é a sensibilidade com os problemas e os sofrimentos humanos. Tem-se ouvido que o atual Governador é um bom médico. Esperamos que tenha levado para o Poder sua suscetibilidade em relação ao estado lastimável em que colocaram o povo e principalmente os servidores do estado e, não permita que esses gatunos desfrutem tranquilamente, todo o dinheiro que nos furtaram.
Falou-se também em recadastramento do funcionalismo. O Ex-Governador Hélio Gueiros, já o fez. No meu entender, basta pesquisar os DOE apos aquela censo e apresentar cartão vermelho aqueles que só vieram se locupletar com os R$ do ICMS e outros impostos.
Como corrupção parece virus de gripe e as democracias, tem 3 poderes distintos, harmônicos e independentes entre si, mas que sobrevivem do mesmo alimento e comum no mesmo prato, ou seja do dinheiro dos contribuintes é bem provável que muito mais gente esteja contaminada.
Não custa nada uma consulta e a melhor medicina, ainda é a preventiva.
Lúcio Reis

Nota do autor: A seguir matéria escrita para o Jornal do Grêmio Português.

Belém, 30 de outubro de 1994.

UM, DOIS, TRÊS BRASIS OU MAIS

Há muito já ouvimos falar e os fatos, sem o menor pudor ratificam que aqui, no mesmo território, ou até mesmo na mesma cidade, no mesmo bairro e na mesma rua, vivemos um, dois, três ou mais Brasis.

Um desses Brasis é aquele que detém o poder econômico no bolso ou em conta corrente bancária e, normalmente vive de modismo e que denominamos de classe média alta. Vive sobressaltado e tomando medidas preventivas que restrinjam, dificultem ou evitem a ação contraria e danosa de um segundo Brasil que, ao que parece, só tem em mente avançar nos bens do primeiro, a fim de negociar com alguem daquele mesmo mundo e, com o produto da negociação, por alguns instantes desfrutar as benesses que o vil metal pode patrocinar e proporcionar.

Numa época não muito distante, era comum vermos em via pública, os habitantes do Brasil abastado, carregando um auto-radio-toca fita, acoplado a um potente amplificador, os quais se deixasse no veículo, por certo ao retornar não os encontraria e, muito das vezes, aquele individuo era vitima de um outro de seu próprio Brasil, que usando um terceiro do Brasil menos favorecido, a troca de pouca pecúnia, mandava-lhe subtrair o aparelho de som, em muito casos no estacionamento predial comum a ambos.

Depois, veio a era do “walk-men” e, passou a ser corriqueiro o transeunte com o toca-fita ou radio atado à cintura e no ouvido o fone.

Em seguida, chegou a vez das filmadoras e, nas praias, nas praças e nos mais diversos ponto de aglomeração social, a presença daqueles aparelhos no ombro de um ou mais habitantes do Brasil rico, era notório e funcionava como um troféu ou medalha, que aqueles seres ostentavam como que dizendo eu posso, eu tenho.

A febre das filmadoras foi reduzida à temperatura normal e logo em seguida, o Brasil forte, foi acometido de uma nova febre: a dos carros importados, cujo termômetro subiu mais ainda com o advento entre nós do celular.

Hoje, nas ocasiões mais improprias ou bizarras, como missa, palestras, teatros, conferências e etc..., você ouve o chamado dos aparelhos, que o dono propositadamente deixa em volume alto, a fim de que todos em volta tomem conhecimento que ele é o dono da geringonça. Quem de nós também ao passar em via pública, já não vimos, um fulano pendurado num celular ostensiva e exibidoramente? Veja bem: pendurado num celular, pois muitas das vezes e num local tão estranho, que a sensação que se tem é que o aparelho é que porta o homem e não vice-versa.

Dia desses, trafegando num coletivo da Belém-Lisboa, que a população cognominou de “sacra-bala”, ouvi um ruido diferente para o ambiente e, para minha surpresa, uma passageira sacou de sua sacola plástica e iniciou um diálogo com um interlocutor a distancia através de seu bonito e vistoso celular. Tomara que ao passar pelo Brasil cortado pelo cruzamento São Benedito com Senador Lemos, ela já tenha terminado sua conversação, pois do contrário estava arriscando a perder a orelha.

Dentro do Brasil do modismo, há um pseudo Brasil detentor de poder econômico, portanto, um outro tipo de Brasil. É aquele que mente para sí próprio diariamente, tentando autoconsiderar-se rico e para isso, procede com tanta estupidez, que quando se tem conhecimento dos fatos que ele realiza, não queremos acreditar no mesmo. Fazem parte desse Brasil, aqueles que à época de férias, gastam o que tem o que não tem, o que pedem emprestado ao banco, alugam casa em Salinas e lá, durante o veraneio, vivem procurando casas de amigos e conhecidos, onde possam desfrutar de uma BLT (boca livre total) e, quando chega agosto, não tem dinheiro para comprar 1 kg de farinha para fazer chibé, que dirá para pagar a mensalidade escolar do filho. Nesse pseudo Brasil rico, vivem aqueles que quando a filha completa 15 anos, correm para o penhor da Caixa Econômica Federal e lá, penduram tudo que é ouro, que receberam das avós ou outros ancestrais e, trocam tudo por uns instantes de falsa felicidade, enchem a barriga de outros tantos falsos amigos e depois tudo se resume no cadastro de inadimplentes no SPC, desde o condomínio do prédio onde moram até a prestação do sistema financeiro da habitação – SFH – ou do cartão de crédito.

Esse Brasil do faz de contas que é rico,propicia o surgimento de um outro. O Brasil do 171 – pois, como sem dinheiro não é possível viver num País como o nosso e, não é sempre que há um aniversário ao qual se possa levar o saco plástico no paletó e enchê-lo de docinhos e salgadinhos para “quebrar o galho’ no dia seguinte – o pseudo abastado começa a anunciar para a venda, a filmadora, o celular que não pode pagar as prestações, os quais deixa sob os cuidados da secretaria domestica, que por sua vez, há muito não vê a cor do seu salário, torna-se vitima e presa fácil do habitual estelionatário, que com sua lábia envolve a doméstica e leva o bem. Em resumidas palavras, o pseudo rico, não passa muitas das vezes de um convicto babaca.

Quando escrevia esta matéria, o noticiário televisivo dava conta de que alguem, apos usar um cavalo a exaustão, para puxar carroça, de onde tirava o sustento seu e da família, o abandonou em via pública no Benguí, em função de seu estado agonizante, sem forças para se manter de pé.

Pois bem! Qualquer um de nós no centro da cidade já cruzou, muito mais de uma vez ao dia, com uma carroça transportando adubo, material de construção, fazendo mudança e etc... Com esta consideração passamos a falar de um outro Brasil. O Brasil daqueles que efetivamente trabalham, que as primeiras horas da manhã já estão em ação e que, se quer tem tempo para sonhar e que em sua maioria não foi contaminado pela sociedade de consumo, pois não tem dinheiro para a pilha do radio, quanto mais para a TV preto em branco. Em sendo assim, conclua: no mesmo asfalto que trafega o importado com celular trafega a carroça puxado por I HP e que conduz o descalço e descamisado, vitimas de uma das maiores mentiras e falsidade que a politica nacional pariu.

Dentre os Brasil que aqui já registramos, existe o pior e mais cruel deles todos. É aquele que seus componentes fazem que trabalham as 3ª, 4ª e 5ª feiras; passam 4 anos se aperfeiçoando em mentir e enganar com maestria os demais brasileiros dos outros Brasis; votam para si o que desejam ganhar como salário, vantagem e as mais absurdas mordomias. Gastam e somente gastam o erário, entrando invariavelmente em deficit e, são os responsáveis pela existência de tantos Brasis diferentes dentro de um só território, como é o caso do Brasil das empreiteiras, o Brasil da corrupção, o Brasil das obras faraônicas e tantos outros. Uma de suas mais antigas balelas é acabar com a má administração de renda, da educação, saúde e criar salario condigno para todos, criando uma sociedade igualitária e fraterna, ou seja um único Brasil para todos. Mas, tudo, repito não passa de uma deslavada mentira.

É óbvio que as vantagens da modernidade e do desenvolvimento tecnológico, devam estar a servir e facilitar a vida dos homens que trabalham efetivamente, desde o executivo açoberbado de afazeres, até o profissional liberal, passando pelo operário mais simples e pelo autonomo e etc...O que causa estranheza é que essas facilidades tenham chegado a disposição e ao alcance das mãos de um povo sub-desenvolvido não economicamente mas, culturalmente, um povo indisciplinado, que não sabe onde termina o seu direito e começa o do seu semelhante e, tanto isso é verdade, que já ouvimos as autoridades de trânsito preocupadas com o índice de acidentes, tendo como razão, a distração do condutor que dirigia falando ao telefone celular, tudo simultaneamente. É o caso por outro lado, quando o  Congresso Constituinte colocou a disposição do brasileiro, uma Carta Magna progressista e com conquistas sociais de primeiro mundo. E aí, como nossas lideranças sindicais são irresponsáveis e também subdesenvolvidas mentalmente, usam o direito de greve, em situações e motivos absurdos, onde a sociedade é a mais prejudicada, inclusive no seu direito de ir e vir, como tem acontecido e como foi recentemente.

O que acabamos de mencionar no paragrafo anterior, fica ainda mais patenteado, quando um jovem de um dos Brasis, perde a vida nas mãos de outro adolescente de um Brasil antagônico, pela razão de ter nos pés um par de tênis nike ou outra marca importada e que agora, passaram a perder a vida por estarem deslizando em patins nas ruas, nas praças e etc... Um outro fato que também comprova essa dura realidade é você trafegar com seu veículo  em bairros da periferia da cidade, onde predomina o Brasil da economia informal. Isso causa tanta agressão às pessoas daquele Brasil, que eles furam o asfalto para construir lombadas, andam no leito da rua ostensiva e agressivamente (os cães fogem desviam dos veículos, seguindo o instinto de preservação da espécie), pois qualquer descuido seu será motivo de surrupiarem os seus bens e destruírem o seu patrimônio. Como podem concluir, eles não querem subir até onde você está. Eles querem que você desça e, não conseguem entender que a culpa é deles mesmo, principalmente quando trocam sua maior força, o voto, por uma carrada de aterro, um chaveiro, uma camiseta, um boné e etc...e, elegem a cada 4 anos, um pilantra para os representar, o qual fica rico e passa para outros Brasis, deixando os representados entregues a própria sorte e invariavelmente à miséria.

Dizemos historicamente que o Brasil vem do português, do índio e do africano. De jeito como a situação ficou, onde a maioria vive de sonhos, grande parcela não quer nada com o trabalho, onde a cada esquina se abre um bar, em cada bairro duas ou três boites, em cada cidade mais de dois campos de futebol, a cada semana loto, sena, bingo, tele-festival, tele-cena e tantos outros . Acredito que tenhamos nossa origem na terra dos sultões das odaliscas, dos homens dos petrodólares, dos faraós ou dos aladins das lâmpadas de azeite.

Dinheiro é importante mas, não é o mais importante. Ele é apenas uma referência de troca e, tanto isso é verdade que existe o cartão de crédito, o vale transporte, o vale refeição, o R$ o US$ e tantos outros tipos de dinheiro. O que vale mesmo é acreditarmos em Deus, trabalharmos honestamente, sem nos preocuparmos com o semelhante, vivermos cada um de nós nossa vida e deixar cada qual viver a sua é, é claro ajudando quando o irmão necessitar.
Lúcio Reis.

Nota do autor: Eis a seguir mais uma crônica que escrevi para o Jornal do Grêmio Literário e Recreativo Português há 19 anos. Na presente crônica, hoje 19/06/2014, presto com a mesma homenagem ao Abel Walter Gomes, que prematuramente também foi retirado de nosso convívio via brutal acidente de transito na BR, trecho entre Castanhal e Santa Maria, já há mais de uma década. Posto que sempre me distinguiu e tratou com respeito, mesmo a despeito de que meu estilo como coordenador de um campeonato ter sido contrário ao “modus” de atuação dele e que, assim, não empanou nosso bom relacionamento.

Belém, Pa, em 18 de outubro de 1994.

FUTEBOL

Há muitos anos e tendo origem na Europa, os povos dos mais diversos países, praticam o esporte mais popular, o mais barata – enquanto amador – o mais divulgado, principalmente na América do Sul e que agora, com a realização do Certame Mundial nos EUA, conquista mais adeptos, o futebol de todos nós e de cada dia.
Quando dissemos o mais barato e acessível, nos referimos as gerações passadas que improvisavam a bola com uma meia cheia de retalhos de pano, ou com uma bexiga de boi, um pequeno espaço e a emoção da pelada são era menor, podendo até mesmo servir uma laranja ou então um limão e, já estaria justificada a gazeta ao grupo escolar.
Pelo pouco que temos observado, nos debruçado sobre o tema e até mesmo, por não sermos expert no assunto, talvez o empolgante, o fascínio do futebol, não esteja ou não seja o jogo em si mas sim, a bola. Cremos que se alguma pesquisa for feita na indústria de brinquedos, em relação ao objeto mais produzido em todos os tempos, a bola ganhará disparadamente, pois os profissionais do comportamento humano, por certo já identificaram essa preferência, independente da idade.
A conclusão acima, em nosso entendimento, está caracterizada no aspecto de que, depois do football (pé e bola), os mais conhecidos mundialmente sejam as modalidades que em si inserem a bola, como por exemplo, o basket-ball (bola e cesta), o volley-bal, o beiseball, golfe e etc...Ainda ratificando o acima, como explicar convincentemente a preferência que uma criança até mesmo com as fraldas a lhe colher o xixi, tem pela bola e essa predileção lhe acompanha até a idade em que necessita de bengala para se locomover?
Como não sou psicólogo, posso cometer a heresia de declarar, a meu ver, que o interesse que a bola desperta em cada ser, esteja relacionado com a vontade oculta no sub-consciente, de dominação do mundo e dos destinos da humanidade. Por que? Porque o planeta também é uma bola.
No futebol vence e domina quem maior tempo do jogo tem a habilidade com a esfera e a conduz individualmente ou em tabelinhas com os companheiros à finalização no fundo da rede, realizando o objetivo final, que é o gol. Por isso, aqueles que fizeram esse feito com maestria, inscrevem seus nomes na história do esporte das multidões e, no nosso caso especial temos o privilégio de ser daqui o Rei do Futebol.
Mesmo que não seja no gramado, leva a melhor quem tem intimidade com a redonda e a arremesse para a cesta, ou em jogadas calculadas, colocadas e indefensáveis, como uma potente cortada no vôlei, ou uma bela paralela no tênis.
O Gênio da sétima arte, Charles Chaplin, o Carlito, fez  um filme denominado o Grande Ditador, no qual ele sabiamente faz uma critica ou uma sátira a um dos homens mais inteligentes que neste século passaram pelo mundo, Adolf Hitler, que infelizmente usou sua inteligência para o condenável. No filme, o ponto alto é uma cena, na qual o ditador, com caracterização do Nazista, brinca como se fizesse  “embaixada” com o globo terrestre, batendo de calcanhar, de nádegas e etc... e, ali ao meu ver, fica evidenciado a relação bola, futebol e domínio.
Aqui entre nós desde 21.08, com a realização do torneio inicio, vimos realizando o campeonato interno de futebol de campo, que em homenagem ao nosso jovem companheiro e também futebolista, associado Antonio Gomes, o Totó, brutalmente assassinado, denominamos Campeonato Totó Gomes.
Os participantes todos associados, responsáveis, solteiros ou chefes de família, mesmo sabendo que o certame foi e será meramente recreativo e que, ninguém saiu ou sairá daqui ao término do evento com os bolsos cheios de dólares ou com vaga garantida em qualquer time de primeira ou segunda divisão, quando em campo sofrem uma metamorfose que as vezes os tornam irreconhecíveis, como que aquele atleta não fosse a mesma pessoa, que depois ou antes da partida divide cerveja, o churrasco, a sauna, o lazer com o outro associado. Mas com o qual, em campo não divide a bola de maneira alguma, querendo para si o domínio absoluto sobre a mesma. Essa luta, as vezes, faz pai e filho ou irmão com irmão se estranharem.
No futebol do Grêmio Português, o Midas é o Walter Abel, que há muito, segundo informações, leva o título e o troféu para o seu time o São Paulo, pois já é praxe, onde ele põe o dedo, transforma sua onzena em campeã e recebedora das medalhas de ouro. Foi assim no torneio inicio e mais recentemente, no evento futebolístico realizado em homenagem ao dia das crianças, dia 12 de outubro, quando ele agrupou alguns jovens associados, conversou antes dos jogos e rapidamente, invicto abiscoitou mais um troféu para sua coleção. Por isso mesmo, ele praticamente conquistou uma unanimidade em antagonismo, pois quase todos os outros tem a intenção de lhe desbancar da posição de dominador e campeão do futebol verde e vermelho.
Nessas considerações, o mais interessante é que o Walter encara as gozações, as provocações tanto à margem do gramado, quanto em outras situações, no mais alto espírito desportisto, angariando assim o respeito e a consideração de seu adversários em campo e com os quais, fora das quatro linhas, divide o convívio saudável e social.
No nosso  futebol, como não poderia ser diferente, até porquê é praticado por humanos, com diferença de temperamentos e de personalidades, os fatos lamentáveis se sucedem, em função do destempero verbal, o descontrole emocional e uma descarga mais forte de adrenalina, levam até mesmo ao desforço físico com  tentativa de agressão consumada ou não. O calor da disputa, saí do campo, toma conta e contagia o espectador, dirigentes de equipes e eleva o termômetro do embate. Os casos condenáveis, todavia, não passam em brancas nuvens e as punições merecidas são aplicadas. Afinal como já dissemos, somos uma família e família desunida não é legal, não é saudável.
Quarta-feira passada no dia 12 de outubro, foi a vez das crianças, que através do futebol, e em dia de festas exclusivas para elas, numa manhã ensolarada, a paixão nacional envolveu nossos baixinhos, que correram atrás da esfera de couro, brincaram. Confraternizaram, fizeram gol, receberam troféu, medalhas, ficaram felizes e satisfeitos com o título de campeões ou de vice ou apenas, por terem participado ou competido. Foi bom! Novas aventuras na grama virão brevemente.
Às quartas, sexta, sábados e domingos o futebol pelada é compromisso obrigatório à uma gama de associados, que aqui vêm relaxar o dia a dia tumultuado, nervoso e tenso, da concorrência profissional e funcional, do ganhar a vida e o sustento  da família. Por isso mesmo vemos dentro do campo com único objetivo e em condições de igualdade como atleta, o medico, o engenheiro, o técnico, o advogado, o executivo, o empresário, o aposentado, o administrador de empresas, o contador, o estudante, o empregador e o empregado, o comerciante, em fim, todos envolvidos e embevecidos pelo fascínio da pelota rolando, recebendo um chute certeiro, daqueles que pega na veia e vai como uma bala, direito no ângulo onde a coruja pousa, o drible desconcertante, o “lençol”, o “banho de cuia”, o “avião”, o “chaguão”, a jogada inteligente, a garra, a dividida, a vibração, o sangue frio e o grito de satisfação comemorando mais um gol ou mais uma vitoria.
O futebol tem importância tamanha, que em todos os veículos de comunicação é imprescindível um espaço destinado ao esporte, tanto a nível amadorístico quanto profissional, por onde grandes fortunas trocam de mãos, inclusive com informações de que a contravenção, o tráfico de drogas as vezes, fazem parte das negociações. Outro aspecto da importância do futebol, verifica-se quando dirigentes de clubes, bem como jogadores, que alcançam nível de popularidade abrangente, usam esse prestigio como catapulta que os leva a um cargo público eletivo.
Assim como nas religiões, crenças e etc... capazes de reunir massas humanas, o futebol também tem esse mérito e o dom de promover o deslocamento de aficionados, de um continente a outro, bem como e principalmente de uma cidade à outra, em busca daquela emoção, promovendo grandes aglomerados, que não se incomodam com a ação do atravessador que lhe enfia a mão no bolso na venda de um ingresso, contudo que se deleitem com a bola no fundo do barbante, e que vibram ao êxtase, assim como outros povos na antiguidade, iam a “loucura” vendo cristãos sendo devorados pelos leões.
É bem verdade que nem tudo é cor de rosa, nem tudo é alegria, nem tudo é prazer e alegria da vitória. Hoje em dia, por motivos que só encontramos explicações num irracional coletivo, as praças de esporte do futebol, tem se transformado em batalhas campais tanto aqui como alhures, onde a violência entre torcidas organizadas banalizam a vida e a sobrevivência humana a condição de um matiz clubístico.
Um outro aspecto do entorpecimento que toma conta dos cérebros dos torcedores, são as cenas degradantes e de selvageria e o rastro de destruição, como se fora um furacão, que eles deixam ao saírem dos estádios, tanto faz com o melhor ou com o pior no resultado do jogo.
Aqui entre nós lusos e brasileiros, é nescessário e imprescindível a conscientização de que os jogos de camisa, tem somente o aspecto de facilitar a mediação do árbitro e é necessariamente obrigatório que entendamos que o campeonato interno é tão somente uma “pelada” com regulamento, súmula e dirigida não por um associado, mas por um profissional da arbitragem, regiamente remunerado, onde diferentemente das “peladas” corriqueiras, o conssociado por algum tempo joga com os mesmos companheiros. Tanto isso é verdadeiro, que já presenciamos, após uma rodada de campeonato, adversários de poucos minutos anteriores, estarem rolando um “esfria sol” do mesmo lado e num mesmo time.
Já ouvimos de associado de que não deveria haver o campeonato e que, os campos ficassem todo tempo livres para o futebol condicionado ao chegar cedo, pegar ficha ou na portaria ou com o nosso gerente. No meu entender, o argumento pode e deve ser motivo de uma consulta geral e democrática. Todavia, é importante lembrar que o Clube é para ser desfrutado pelo associado em dia com suas obrigações sociais. E, o que se constatou com a realização do futebol a nível de campeonato, é que muitos associados usufruíam e ainda usufruem dos campos de futebol, em total descumprimento de seus deveres com os cofres do Grêmio, além de trazerem para esse lazer, estranhos ao quadro social. Logo, um inadimplente e seu amigo, tiram a vaga de um adimplente, o que não é justo, pois o Estatuto é contrário a essa situação.
Lúcio Reis. 

Nota do autor: A matéria a seguir, foi mais um que escrevi e publiquei no Jornal do Grêmio Literário e Recreativo Português há quase 20 anos. No entanto, o tempo, como um fabuloso mestre à frente de um quadro negro com o fiz da clareza em função dos comportamentos nos mostra efetivamente quem é ou não de fato amigo na tradução sincera do termo e que continue a fazer jus aos adjetivos que se lhes atribuirmos.

Belém, Pa, em 21 de setembro de 1994.

AMIGOS

Quando, há uns meses, um amigo soube que assinávamos o espaço denominado A Voz dos Sócios, solicitou-nos que falássemos em um artigo sobre o tema em epígrafe. Achamos excelente a idéia, pois dava-nos o gancho para que de uma maneira inequívoca expressássemos toda nossa satisfação de termos sido aceitos entre tantos e maravilhosos amigos, que constituem esta lindíssima família gremista. Prometemos que o faria e, somente agora estamos cumprindo a promessa, tendo em vista que outras matérias já se encontravam em poder da Redação do Jornal, sob a responsabilidade da Karla Catete, hoje nossa amiga pessoalmente e que, àquela altura só a conhecíamos por telefone. Portanto, como se pode concluir rapidamente, este jornal também é pomo de aproximação de pessoas e promotor de amizades. Este objetivo pretendemos vê-lo alcançado entre todos os que aqui buscam a diversão sadia e o entretenimento familiar e fraterno.
Falar de amigos e de amizades aqui dentro do Clube não é tarefa das mais complicadas. Num relance de vistas pode-se observar que temos vários núcleos de indivíduos ou grupos de associados amigos e que aglutinados constituem esta família verde e vermelha, onde todos são iguais sem distinção de quaisquer natureza, logo, amigos.
Em sendo assim vemos o grupo de amigos do futebol, do tênis de quadra, da sinuca, da “porrinha’ (palitinhos), da sueca, do churrasco, do vôlei, apenas do bate papo molhado, das amigas que dividem o mesmo sol para o bronzeado ou que gostam de ir juntas à sauna e lá dividem os cremes embelezadores, em fim, são afinidades que através de uma confiança recíproca trocam informações do dia a dia, enquanto praticam o lazer ou fazem aquilo que lhes é comum e a gosto.
Nessas considerações rápidas e preliminares já podemos vislumbrar a extensão de abrangência do tema, pois como sabemos o homem é o único animal sociável por excelência. E, dentro desse aspecto, onde o item instinto pode ser considerado, encontramos a amizade materna, paterna, filial, fraterna, nas quais não há o vínculo sanguíneo; a madrinha, o compadre e o padrinho, nestes três últimos como havia antigamente, cujo componente do sentimento era o compromisso da fogueira. Nestas relações de amizade, cujos indivíduos não fazem parte da mesma árvore genealógica é onde, existem os mais puros exemplos de amigos, pois naqueles grupos nos quais o fator RH e a tipagem do sangue caracterizam as pessoas, o que prevalece é outro sentimento, um sentimento mais forte, o amor. É bem verdade porem, que muitas amizades envolvem as duas situações e, muitas das vezes até, amizades sem o vínculo parente ou aderente, adquirem uma intensidade tamanha, que chegam a se confundir com aquelas.
As amizades independem de idade, de cor, de credo e situação sócio-econômica financeira e etc... Por se tratar de um sentimento e portanto, de algo abstrato, que exterioriza expontaneamente, bastando para isso que os seres se aproximem, diaologuem e se dêem a conhecer, aqueles itens acima e principalmente os bens materiais não influenciem na intensidade da amizade.
Dizem que gêmeos univitelinos, quando um sofre o outro também. Quando há alegria para um, o outro também se alegra, mesmo que estejam distantes. Isto ocorre sob a ação de algo até hoje inexplicado cientificamente. Nas amizades sinceras, autênticas, também esse fenômeno acontece, pois basta que um dos amigos ou pertencente a um grupo de amigos esteja com problema, para que a negatividade dele se abata sobre os demais e assim, todos querem o quanto antes encontrar a solução e ajudar o companheiro em apuros.
Um provérbio popular de pára-choque de caminhão diz que: “o melhor e verdadeiro amigo do homem é o cão, por que não conhece dinheiro”. Como o ditado mesmo diz, o verdadeiro amigo, não olha o que o camarada tem, pois se assim o for, a amizade não é pelo ser e sim, pelo ter. Logo, é aquela amizade dita interesseira, ou seja egoísta e ambiciosa.
O amigo chora com o amigo e pelo amigo, canta e mesma canção, sente a dor dele, se alegra na alegria dele, se rejubila com a sua vitória  e vibra positivo com o seu sucesso. De todas as maneiras tenta ser seu apoio nos momentos de fracasso e insucesso.
O homem e a mulher, inicialmente no despertar da vida, freqüentando o colégio, encontram ali um amigo ou uma amiga, até então colegas de escola, com quem dividem o lanche, conversam, brincam e assim solidificam uma grande e as vezes eterna amizade. Depois com o passar do tempo, casam, tem filhos e, quando estes já são adultos transformam o amor paterno e ou materno e o filial, numa indestrutível amizade, na qual cabem, sem nenhum temor ou receio, isto é uma fidelidade cega que comporta as confidencias e o desnudamento dos mais profundos pontos do ser. Ou seja confiança total.
Temos exemplos de grande amizades, que até hoje e aqui entre nós sobre existem e que começaram nos bancos do Grupo Escolar Vilhena Alves, estão aí o Alvaro e o Manoel Ponciano. Outro exemplo de sólida amizade e que, acredito já tenha alcançado o estágio daquelas do credito total sem restrição de qualquer ordem e assim das confidencias, tendo até saído do relacionamento de pai e filho, é o que já presenciamos entre o Manoel e o Joaquim, ambos pertencentes ao rol de nossas amizades.
Ainda dentro dos exemplos vivos, observa-se que, os que aqui chegaram primeiro formaram seu grupo e sempre se reúnem em torno de uma mesa e curtem suas amizades de longos anos em pacientes e silenciosas partidas de sueca.
Outros porém, a cada encontro reforçam os laços de amizade, tentando equilibradamente dividir as despesas com bebidas, com tira gosto, em fim o ônus do convívio social, através de barulhentas, alegres e sadias rodadas de porrinha (jogo de palitinho).
Aos fins de semana, mas precisamente aos sábados, constata-se outro quadro vivo, de como a amizade une as pessoas e, desta feita falamos dos associados tenistas, em cujo grupo famílias como a Silva, Oliveira, Martins e outros, sempre com as respectivas esposas e tantas outras mais partilham o relax, a interação social, discutem suas idéias sempre antecedidas de games  e sets de tênis aos quais sempre se juntam os filhos, tendo estes também o direito de participarem da conversa que é jogada fora, das brincadeiras e gozações de um com a cara do outro, num ambiente de respeito, mesmo a despeito de livre linguajar e sem censura, pois como dissemos o respeito prevalece.
Sempre que possível queremos estar junto com nossos amigos e, dentre desse espírito trazemos para cá amigos de repartições, vizinhos, amigos de time de futebol lá de fora, pois queremos proporcionar a eles o desfrutar de um local aprazível, saudável, gostoso de estar e poder desfrutar, tal como é nosso Clube e do qual, todos nós devemos ser o melhor amigo. E, já que falamos de futebol, aqui temos também outro modelo de bonitas amizades, como é o caso do Feijoada, que congrega  vários sócios nessa mesma equipe de futebol há anos e alguns outros mais, em torno do bem organizado torneio esportivo e cujos atletas com as respectivas esposas, iniciam o lançamento das sementes da aproximação, das quais nascerão árvores frondosas e de extensas sombras onde estarão abrigadas as amizades de seus filhos futuramente.
O amigo, como ser humano que é, tem virtudes mas, também tem defeitos, a intensidade, a sinceridade, a lealdade e autenticidade da amizade está em reconhecer os senões do outro, entender e aceitá-los, sem que esse aceite faça com que o camarada ocupe na relação uma situação de vulnerabilidade e o outro a situação de domínio.
As amizades sinceras e puras, é como se fossem uma relação de namoro de adolescentes. O maior desejo e interesse que há é aquele de falar e estar com o amigo ou com a amiga e se possível diariamente. Dentro desse entendimento, é que vemos ou temos noticias de pessoas de nossos círculos de convívio social ou não, que todo o dia fazem contato, nem que seja pelo telefone e levam longos momentos falando dos mais variados assuntos, os quais fluem normalmente.
Os poetas se inspiram muito em suas musas e criam maravilhas. Os amigos não deixam de ser ou funcionar como uma espécie de “musa”. O Rei em homenagem a seu grande e de longas datas amigo, diz numa canção o seguinte: meu amigo de fé, meu irmão camarada. O Milton, em outro estilo diz que amigo é para se guardar dentro e o do lado esquerdo do peito. Os maiores tenores do mundo cantam ou cantaram uma canção que fala de amigos para sempre.
Como podemos concluir, se a amizade fosse mais, muito mais cultivada nos corações dos homens, com certeza teríamos um mundo mais ameno, bem melhor, no qual não haveria lugar para as guerras e para os desentendimentos estúpidos.
Numa coluna de jornal que circula no meio social do clube, lemos no tópico revoltado, a preocupação do grupo, com o comportamento diferente do amigo. Ou seja: são particularidades que só as amizades conhecem. Se alguma modificação ocorre, chama a atenção e gera preocupação.
Para preservar um amigo, as vezes é obrigatório que se coleque a amizade no “freezer”. Como pessoa, em determinada ocasião o individuo está arredio, não consegue concatenar nada, o lado psicanalista e do divã amigo, nessas situações podem ser ou se tornar ineptos e então, em nome da camaradagem, a melhor e mais adequada saída é deixar o companheiro a sós. Em definido instante ele se dá conta de que está só, mas não é só, pois tem amigos e assim, recorre ao ombro e ao abraço acolhedor e tudo se resolverá.
As mulheres, costumeiramente adjetivam os componentes masculinos de um grupo de amigos, como “sem vergonhas”, “farinha do mesmo saco”, pois foi criado culturalmente a idéia de que obrigatoriamente, a um grupo se divirta tenha que haver a presença de sexo dito frágil e que essa brincadeira tem que ser uma farra, no sentido da boemia e da infidelidade, quando o cidadão é casado. Em primeiro lugar há muitos grupos, que não necessitam da presença feminina para que a brincadeira seja satisfatória, como é o caso de alguns que aqui vem, jogam vôlei, tomam a cervejinha, batem papo e retornam aos seus lares. E em segundo lugar o que elas adjetivam como sem vergonhice, entendo assim, o fato de um encobrir o que o outro faz, isso é nada mais, nada menos de que a “etica masculina”.
Um dos núcleos que compõem o grupo maior de amigos, que é o Grêmio, desde janeiro que incluiu em seu sentimento comum, a saudade. A doce e pândega saudade, daquele “moleque” inconseqüente, atleta do Feijoada, que as vezes às três horas da manhã já aguardava no portão o Clube abrir, para mais tempo poder desfrutar com os amigos. Que pedia a saideira, a expulsadeira, a ponta pé na bunda e as vezes até pedia a chave do prosdócimo, pois o tempo do domingo inteiro, em companhia dos amigos, era insuficiente, não bastava, queria mais bate papo, queria mais gozações com a cara do outro, em fim queria se divertir e brincar, como que se aquele fosse o último domingo, ou a última quarta, ou a última sexta-feira, ou a última festa no Clube. Caro Totó, temos certeza que quando nos encontrarmos de novo, você já terá constituído um outro e extenso grupo, ao qual nos juntaremos e para sempre amigos seremos e desfrutaremos do amigo de fé, irmão camarada.
Os amigos convergem mas, também divergem. Amigo não é vaquinha de presépio. Amigo tem opinião própria, tem discernimento, tem limites pessoais e familiares. Você concorda ou não com ele, mas necessariamente deve respeitar. A amizade que não consegue suplantar uma rusga por maior ou menor que seja, não é amizade. Portanto, que o Senhor ilumine e abençoe nossas amizades e nossos amigos e, não esqueça de olhar com carinho e amor para aqueles que não simpatizam e nem gostam de nós.
Lúcio Reis. 



Belém, Pa, em 09 de outubro de 1994.

MEIA

O Clube à Rodovia Augusto Montenegro, em 01/10 p.p pela passagem de seu aniversário, realizou uma festa ao quadro social e amigos, para a qual o acesso era aquisição de mesa com 4 lugares ou quota individual no valor de R$20,00.
Ali compareceu o Sr Arnaldo Jordy acompanhado de uma senhora. Ao Diretor que à porta estava, solicitou duas quotas, pagando-as com uma cédula de R$50,00. Ao lhe ser dado o troco de R$10,00, aquele senhor empunhando duas carteiras de estudantes da UNE, uma dele e a outra dela, exigiu o direito de pagamento só de 50% daquele valor. Como foi contestado, gerou uma polemica, criou celeuma, invocando sua posição de vereador e ameaçou aquele diretor e o Clube em levar o problema para a imprensa.
A Lei Estadual 5746 de 28.04.93, publicada no DOE 27459 de 02/05/93, que trata da matéria, diz o seguinte em seu Art 1º: aos estudantes regularmente matriculados em Estabelecimento de Ensino de 1°, 2º e 3º grau, é assegurado o pagamento de metade do valor cobrado no ingresso para acesso à:
- I – Casas de exibições cinematográficas;
-II – Casas de diversões, de espetáculos teatrais, musicais e circenses;
- III – Praças esportivas e similares das áreas de esporte, cultura e lazer, no Estado do Pará. O § 1º do art. Diz que casas de diversões são os locais que por suas atividades propiciem lazer e entretenimento. Já o Art 4º registra que o beneficio do abatimento de  50% aos estudantes não recairá sobre o Estado e a população.
Como se pode ver o Clube não se enquadra nessas situações, pois é uma sociedade civil sem fins lucrativos, mantido pelo associado, a quem deve retornar como beneficio de recreação, o que pagamos mensalmente a título de manutenção social.
O Senhor Arnaldo Jordy ameaçou com a imprensa como que a imprensa séria e responsável fosse dar guarida a um pleito indevido.
Entendo que V. Sa., gastou muito pretendendo uma cadeira na Assembléia e entendo que mereça um divertimento mas, se não tinha dinheiro, pedisse, pois no Clube procuramos ser o mais compreensivos, educados e gentis. Agora V. Sa., pretender impor é inadmissível, pois o seu não pagamento, teria que ser coberto por alguns, pois o Clube tinha contratos a cumprir e como podem ver o art. 4º acima não permite que a população arque com o custo do beneficio e, no caso seria a população gremista.
Gostaria de registrar que estou falando no condição de associado que presenciou o fato, pois não tenho procuração do Clube mas sim, o direito como membro do quadro social e de entender que esse tipo de atitude está por demais condenada pela sociedade, e tanto é verdade que aí estão os votos brancos e nulos.
Lúcio Reis.




Nota do autor: Esta também foi uma das publicações que fiz no Jornal do Grêmio Literário e Recreativo Português.

Belém, Pa, em 07 de junho de 1994.

CONTRASTE, O é A

Relizaou-se cá entre nós no período de 06 à 10 de junho o XXIV Período Ordinário de Sessões da Assembléia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA).
A OEA tem como objetivos essenciais zelar pela paz e segurança no continente americano, em defesa dos direitos humanos. Em função desses primordiais objetivos, mesmo que se tente evitar a coceira no senso crítico e, em virtude do que aqui se presenciou, pipocam um cem número de interrogações, provocadas pelos contrastes havidos.
A OEA visa a paz. Por que o porquê dessa reunião ter sido uma terrível guerra na vida do cidadão belemense? Aliás, quando daquela reunião ecológica ocorrida no Rio de Janeiro, também foi outra razão de inferno na vida do cidadão carioca.
Os homens que fazem a Organização visam o melhor para o humilde ser, criatura de Deus. Será que é isso mesmo? Se é, qual o motivo de ser dispensado a eles tanta segurança, como que se todos os que estão fora e usufrutuários das benesses que deles virão, só pensem em acabar com eles?
Você já verificou que o cidadão em campanha, aspirando um cargo público vai onde o povo está – veja bem ele vai – carrega e beija crianças, não teme nada, não necessita de guardas-costas, sabe dirigir seu carro, quando o tem e, como se sabe, ele nessa ocasião está prometendo o céu, a terra e o mar com todos os peixes. Porém, quando eleito e galgando o poder e, sabendo de ante mão que o prometido não pode e não consegue cumprir, psicologicamente, no meu entender, ele se julga e condena por estelionatário do voto e aí, vê em cada cidadão enganado uma ameaça  à sua integridade física, e assim, mesmo que o povo vá ao seu encontro, ele não aceita e nem recebe, bem diferente do antes, ocasião em que ele ia ao encontro da massa. Por isso, só isso justifica tanta proteção à uma pessoa que teoricamente só pretende promover o bom comum.
Uma outra finalidade da OEA é atuar na luta pela preservação e fortalecimento da democracia. Bolas! Na democracia, o cidadão tem o direito de ir e vir por onde e para onde lhe convir. Foi assim que aconteceu naquela semana? As famílias que residem nos arredores do CENTUR, do Museu Emílio Goeldi e outros que o digam, pois os demais munícipes, mesmo que pretendessem por aquelas cercanias passar, quer a pé ou em seus veículos, davam de cara com cordões de isolamento e de tropas, atropelando o seu direito de ir e vir, inclusive de trabalhar e produzir em favor do estado.
Há longos anos o cidadão reclama, pondera, solicita através dos mais diversos meios, sobre a falta de segurança pública no seu dia a dia; sobre as crateras que nas vias de trânsito lhe arrebentam o carro; sobre deficitária coleta de lixo; semáforos que sob qualquer chuvinha pifam; sobre a ausência de faixas de pedestres nos cruzamentos; sobre carros estacionados nas calçadas; sobre a falta de fiscalização efetiva e produtiva dos homens do trânsito e etc...
As nossas autoridades, quer no âmbito federal, estadual ou municipal, se defendem e se justificam, invocando a falta de verba. Todavia, como num passe de mágica, surgiu o dinheiro para urbanizar as pistas de trânsito, inclusive com a realização de serviços de jardinagem, pintura do meio fio, sinalização horizontal no trânsito, como por exemplo as faixas de transeuntes, guardas de trânsito a valer, policiais militares, 1 a cada esquina, policiais federais todos empenhados e cumprindo com responsabilidade suas funções, mesmo a despeito de recentemente terem saído de um movimento paredista, por melhorias funcionais e salarias. Em fim um aparato descomunal, para demonstrar na prática, em poucos dias, o antônimo e o outro extremos da realidade nua, crua, cruel e intragável que é a relação cidadão e estado nos demais dias dos anos, onde por exemplo, uma criança pobre morre atropelada ao sair de seu colégio, pela inexistência de pelo menos um guarda de trânsito.
A Assembléia terminou. Vamos esperar os “resultados” positivos que ela possa trazer a todos nós como um todo e, a cada um individualmente. Os benefícios nas circunvizinhanças dos locais da reunião e de onde os membros estavam hospedados permanecerão por mais algum tempo. No entanto, seria bastante interessante que nossos representantes se beliscassem e se dessem conta de que as baixadas não desapareceram, que as vias públicas fora do alcance do raio de ação do Congresso, como é o caso aqui de nossa Augusto Montenegro, estão em lastimável situação, oferecendo a quem transita por elas, constante risco de vida e intermináveis prejuízos materiais.
No decorrer da Assembléia, assistimos o funcionalismo público a paisano do estado, tentar recorrer a intermediação do ilustre paraense, no sentido de conseguir demover o governo do estado da prática maligna de pagar seus salários congelados com a URV de 10 de maio e, para evitar que eles conseguissem seu intento, vimos o funcionalismo público fardado do estado baixar o cassetete nos primeiros. Portanto, tomará que agora, seja encontrada uma solução que vá de encontro aos interesses daqueles pais de família massacrados e tratados como um objeto qualquer.
Por fim sabemos que um dos motivos da realização da XXIV Assembléia da OEA nesta Capital, foi homenagear o atual secretário geral, o paraense Baena Soares, que depois de muitos anos deixa referida função. É bem verdade que ele merece ser reverenciado, porém muito mais que ele, que acredito embolse mensalmente “verdinhas” como salário, quem real e totalmente faz jus a devida e merecida celebração é o herói verde e amarelo que consegue sobreviver com um salário mínimo mensal de 64,79 URV ou vai em busca de carne humana nos depósitos de lixo, para um churrasco de mama, como foi o caso que tomamos conhecimento, lá de Pernambuco, pois o que o indivíduo que gosta de samba e futebol quer, é apenas que lhe seja dado o que é de seu direito, o bem comum social, uma obrigação do estado, tal como segurança pública, educação, habitação digna, salário decente, atendimento médico hospitalar compatível com a dignidade humana, alimentação ao alcance de seu bolso, em fim seja tratado como cidadão, com todas as letras e não como cidadão que as letras de cassetadas alcançam de vez em quando e de cujo REAL já vive há muito tempo sem saber o contraste, pois não conhece o outro lado para fazer comparação.
Lúcio Reis






Nota do autor: A matéria a seguir, também a escrevi há duas décadas e neste campo, nada melhorou mas, ao contrário, lamentavelmente, só piorou, pois o estado não fazia e não faz o que lhe compete como obrigação constitucional em prol do cidadão. E hoje o que o noticiário mostra são vidas ceifadas, independente da idade, por balas perdidas e que sempre encontram o cidadão de bem em seu livre ir e vir em via pública e, o que é pior, ficou e se tornou feito ou ato banal.

VIOLÊNCIA

Ninguem se mexe! Isto é um assalto! Se reagir te estouro os miolos! Estas frases exclamativas e intimidatorias passaram a fazer parte do nosso hodierno – apesar de que a época do “far-west” já se foi há muito, pois lá é que elas eram comum – nas vias públicas, no interior dos transportes coletivos e até mesmo no sacrossanto e inviolável recesso do lar, doce lar.
Essa, porém, é apenas uma das múltiplas faces da violência que se instalou entre nós e que vem expargindo no ar um cheiro mefítico, que tem contaminado muitos caracteres e assim, a pestilença alcança outros contornos como: a violência rural, a indústria do seqüestro, esta última relacionada com as parcelas da sociedade reconhecidamente vivendo à margem das leis, dos princípios éticos e morais. Todavia, e o que é pior, esse pestífero conspurcou órgãos fiscalizatórios, preventivos e repressivos da ordem legal e em função disso o cidadão se encontra perdido no meio de um fogo cerrado e cruzado, sem saber à quem confiar ou onde buscar guarida, encontrando por fim e infelizmente a alternativa que lhe leva a execução e a realização da justiça com seus próprios punhos, assim como vem nesses últimos tempos se armando até os dentes. Além das já mencionadas, ainda temos por opção compulsória de conviver com a violência do tráfico de drogas e o que é pior de tudo, a violência praticada contra o cidadão comum, por aqueles que detém em suas mãos o poder de canetas capazes de atirar decretos, portarias, leis e instrumentos outros diversos, disfarçados de distribuidores de benefícios ao povo mas que, na prática acabam eliminando o poder econômico mínimo que a maioria das pessoas porventura ainda possam ter.
Assalto, sequestro, latrocínio, ao vivo e a cores nos são expostos diariamente através dos meios de comunicação, estejamos nós no “living-room” na copa e até mesmo no “estar-intimo”. A estes reagimos com sentimento de vermos nossos impostos não terem recebido a administração e a destinação séria e responsável que deveriam ter, qual seja, retornarem à sociedade como um dos benefícios sociais, a que nos é devido de correspondente direito, a segurança pública.
No entanto, aquela reação se reveste de indignação total e as vezes até, do sentimento de incredulidade, quando o noticiário indica a cumplicidade com a delinqüência, com o crime e até a autoria do delito por agentes dos organismos estatais de todas as esferas: união, estado, município; e dos três poderes constituídos legislativo, executivo e judiciário.
Entidades são criadas com a finalidade de estancar a progressão veloz desse “caranguejo” que nos provoca insegurança e pavor no ir e vir e até mesmo no permanecer no interior do asilo inviolável do individuo, como a Constituição Federal em seu Art 5º - XI, qualifica a casa.
Pretendendo reter o avanço desse mal social, buscam-se explicações onde e qual a fonte do mesmo. O consenso fala em justa distribuição de riqueza e fraterna oportunidade sem distinção de quem quer que seja.
Essa explicativa consensual, talvez, ao nosso ver, tenha a presunção de maquilar a verdadeira origem do fato, pois a questão é ser a violência produto, ou esteja comumente intrínsica aquelas camadas da base de sustentação da “pirâmide social”, como então tornar intelegível que a mesma malfeitoria, por vezes, com muito mais requinte de perversidade, parta das classes sociais intermediárias e até daquelas que ocupam o pico, a chamada classe média alta e alta?
Valendo ainda, analisar, por uma questão de prudência e sensatez, que esclarecimentos, obteremos, quando a violência, recebe o rótulo de abuso de poder? Onde a autoridade, obrigatoriamente, por dever de oficio, tem que conhecer a lei e o seu espírito? Como entender que os homens públicos, responsáveis pela feitura de preceitos legais, os constroem visando benefícios próprios e de uns poucos, em detrimento de uma coletividade? De que maneira assimilar a atitude de membros do judiciário que deferem expedientes e instrumentos capazes de originar dano público e no orçamento doméstico do cidadão comum, violentando uma massa social em vantagens para uns poucos privilegiados, que tem naquela mesma massa suas fontes de riquezas e ganho econômico através de serviços de cunho público e social? E os conhecidos crimes do colarinho branco?
Hoje, além dos já referidos, observamos a disseminação dessa violência entre jovens adolescentes e até mesmo de idades menores, que nestes últimos tempos se adjuntam, constituindo as condenáveis “gangs” ou “turmas do terror”, que pautam suas ações única e exclusivamente pelos atos de vandalismo, como é o caso das pichações nos patrimônios públicos e privados, não escapando até mesmo os templos de fé, destruição dos telefones públicos, de uso e tráfico de droga, passando obviamente pela estação obrigatória da prostituição juvenil e, recebendo por conseqüência drástica das duas últimas práticas, como prêmio o troféu de ser mais um portador do letal vírus da AIDS.
Que lição pinçar, do que se sucede quando nos embates esportivos, atividade capaz de aproximar e confraternizar povos, eliminando preconceitos e, principalmente entre nós, no que se refere ao futebol, estejam os mesmos perdendo o brilho e fascínio que exerce ou exercia sobre torcedores, em função dos estiramentos, desligamentos de meniscos, fraturas e até mesmo óbitos, dentro das quatros linhas e inclusive nas gerais e arquibancadas, onde os morticínios são uma realidade crua e nua, como se fora fruto de uma absurda, violenta e estúpida guerra de bárbaros?
Como constatamos, a violência não é premio nem privilégio de um sinete de parcela de nossa sociedade. Portanto, conclui-se que a mesma, até onde encontrar respaldo na referida distribuição igualitária de renda, porém, o principio primordial do problema reside na impunidade da maioria dos malfeitores, incluindo-se nessa fração, todos os bem aquinhoados e nos pouquíssimos que sofrem o peso da infração dos ditames legais, aqueles a quem foi aposto o emblema de descamisados e pés descalços.
Outra origem que se entende como fator contribuidor do alastramento desse mal social, o distanciamento imposto pelas peculiaridades do dia a dia sobre a célula da sociedade, onde os cônjuges, por força de estrutura e de conjunturas sócio econômico financeira, se lançam avidamente no mercado de trabalho em busca de uma atividade econômica e produtiva e assim, relegam  ou delegam sua doutrinação materna e paterna à querida prole, aos cuidados de uma tia ou então de uma creche, havendo uma subtração substancial dos cuidados que somente o sangue naturalmente sabe e pode administrar, usando inclusive, quando necessário a psicologia e entendimento que se estabelece e que é permutado já a partir do útero via cordão umbilical.
Verifica-se que com o passar dos tempos, até mesmo a Igreja, responsável pelos valores espirituais que ministrava e ensinava às crianças nas aulas de catecismo, criando nas mesmas o espírito de respeito pelos pais, pelos mais velhos e acima de tudo ao Ser Supremo (Papai do Céu) ao qual se lhe atribuíam todos os superlativos inerentes as virtudes, sabedoria, justiça, bondade, amor e etc..., se desvirtuou desse contexto, dividindo-se em duas alas: a conservadora e a progressista, cuja doutrinação e linha de ação está muito mais direcionada aos bens materiais, políticos e ideológicos e muito mais distante das letras do evangelho. Com isso, mais um elo forte da cadeia de formação de cidadãos de caracter sólido, idoneo e responsável, foi quebrado e ao que tudo indica, irreversivelmente.
Por fim, em nossa atualidade, a criança cresce e se desenvolve, ouvindo e vendo relato de corrupção, de ganho fácil, de conseguir vantagens ilegalmente e de enriquecimento a qualquer custo, contanto que não seja pelo trabalho, inclusive subtraindo indevidamente do erário, sem que recaia na cabeça de quem quer que seja os grilhões da punição. E, longe de ouvir a proclamação dos verdadeiros valores morais e éticos, como trabalho, respeito ao seu semelhante e compreendendo acima de tudo, que seu direito termina, onde começa o do outro.
O que se vê, é a criança e o jovem, presenciarem o bandido se tornando e sendo aclamado como herói, como líder, como exemplo, ovacionado por multidões como verdadeiros ídolos. Para nós, é uma autentica e vergonhosa inversão de valores, porém para eles, os jovens, são estes os reais valores de hoje, pois comumente essa face da moeda é que lhes é mostrada, principalmente pela mídia. A outra só nós – outras gerações – a conhecemos, pois à época de criações anteriores, os valores que se nos apresentavam era a honestidade, a firmeza de caracter, seriedade no trato do assunto e dos problemas públicos.
Uma dentre outras influências negativas que sobremaneira forjam e induzem à prática da violência, é a carga diária recebida dos programas televisivos, onde a mercadoria que mais se expõem às prateleiras do mercado de consumo, são as fitas – até os desenhos – que exploram e tratam fartamente os seqüestros, os latrocínios e as ações do crime organizado, como comportamento de auto-afirmação e conquista de bem estar, anulando o imensurável valor do trabalho, como meio adequado, único e legal, moral e justo, a que se consiga amealhar riqueza, posição estável e concorrer para o progresso e a ordem de uma Nação.
Como conclusão, chega-se a entender ser quase humanamente impossível a vislumbração de qualquer ponto de luz no fim do túnel, pois o comprometimento político, social, funcional é infelizmente, uma tônica a uma verdade irrefutável. Logicamente que essa é a regra geral hoje existente, as exclusões também são um fato, porém, em índices indiretamente proporcionais ao avanço do mal. E assim, o cidadão, já armado, quando consegue por a mão no infrator, põe em prática incontinente a sua justiça própria e pessoal que invariavelmente é o linchamento do delinqüente.
É óbvio que esse uso da lei de Lynch, não é o caminho mais indicado à uma sociedade do século XX, composta de animais racionais, mas, o que se percebe é que a solução só virá e estará condicionada ao grau de decomposição que a situação alcançar, forçando, aí então sem nenhuma titubeação, que uma providencia drástica e eficaz seja tomada, pois quando isso vier a ocorrer muita desgraça terá acontecido e até mesmo, muitos inocentes terão pago, inclusive com suas próprias vidas – fato já ocorrido –a irresponsabilidade de longos anos dos ditos “responsáveis”.
A esperança reside, em que na natureza o mal prevalece sobre o bem, temporariamente, ou seja: ganha algumas batalhas, mas, jamais, a guerra e a paz é invariavelmente conquistada pelo bem e assim continuará sendo. Sem nenhum maniqueísmo.
Lúcio Reis. 



Nota do autor: A matéria abaixo foi mais uma das que publicamos no Jornal do Grêmio Literário e Recreativo Português, numa colaboração com a Agremiação da qual ainda hoje pertencemos ao quadro social e, já se passaram duas décadas, o que implica registrar agora, que muitos aquele tempo rasparam a cabeça como calouros ou celebraram como calouras, hoje são profissionais nas áreas que escolheram.

Belém, Pa, em 25 de fevereiro de 1994.

VESTIBULAR

Com a divulgação do listão dos candidatos aprovados no vestibular à Universidade Federal do Pará e, também para outras entidades de ensino, encerrou-se a maratona desses concursos referente ao este ano.
O tema, creio eu, tem muito a ver com parcela considerável da família gremista, pois com certeza, muitos filhos e dependentes de sócios ou até  mesmo estes, estiveram envolvidos com o certame ou tem amigos que se submeteram ao teste e, em conseqüência, no ano letivo de 94 elegeram como companheiros dio-turnos, os livros, as apostilhas, os cadernos, as aulas e a caneta.
Após doze meses de intensivos e desgastantes estudos, com descargas continuas e diárias de adrenalina pura, provocando grande e quase insuportável tensão nervosa, quer no estudante, quer nos familiares, em virtude da grande concorrência de candidatos e a pouca oferta de vagas, tornou cada pessoa um a verdadeira bomba de neurônios, as células nervosas.
Em conseqüência das política de ensino adotada neste País, na qual há o interesse de que a ignorância prevaleça e perdure, pelo menos é o que nos dá a entender as providências em relação a essa obrigação do Estado, em virtude dos percentuais orçamentários destinados ao assunto – uma vez que o mestre não é bem remunerado e por via direta, pesquisas, reciclagens e atualizações deixam de ser feitas, contribuindo significativamente a que a qualidade do nosso ensino despenque ladeira abaixo, alcançando o fundo do abismo, conlui-se que a cada ano a situação em relação ao funil vestibular tende a se agarvar consideravelmente.
O fruto imediato da má qualidade do ensino neste País e, ressalte-se não é de agora, principalmente o da rede pública, é a proliferação maciça dos cursinhos de vestibulares, que apesar de tudo, se tornaram um mal necessário, pois como atividade rentável e portanto comercial, se dispõem a prestação de um serviço, cujo objetivo é suprir em um ano todas as lacunas, deficiências e pontos negativos acumulados ao longo de anos de estudos desde o primeiro até o segundo grau e, por conseguinte jogam para o alunado um volume de matéria capaz de queimar pestanas e mais pestanas e moléculas e mais moléculas de fosfato, pois como se sabe o programa de vestibular é intenso.
Uma das provas dessa qualidade duvidosa do ensino brasileiro, está nos muitos zeros constatados na prova discursiva, somente no vestibular da UFPa, o que comprova também o tamanho da gravidade do problema, pois desses milhares de alunos zerados, com certeza, parcela substantiva freqüentou um cursinho e, mesmo assim não conseguiu reparar os defeitos absorvidos e nem tampouco apreender novos tópicos, que evitassem tanto fracasso, pois como se sabe, ensino é sequência, por isso mesmo é que se começa na alfabetização e somando inicialmente um mais um.
Bem! Como esse é um problema que ainda vai persistir por muito tempo, voltemos a realidade do momento. Essa realidade é aquela que referi no inicio, ou seja, na parcela desta família, que foi, está e será envolvida compulsoriamente pelo assunto. Muitos dos nossos até agora, ainda sorriam de felicidade, choram de alegria, envoltos pela áurea da vitória e empunhando os louros da conquista de uma guerra desumana e até mesmo desleal, principalmente pela desigualdade de condições sócio econômica financeira, de vez que alguns são oriundos de colégios particulares, enquanto outros tem origem nos colégios públicos. Outros tantos choram a dor do insucesso, a angústia e o sofrimento de verem um ano de sacrifício, de batalha árdua e renuncia, redundarem numa derrota irrecorrível.
Aqueles que conseguiram lograr êxito e que adquiriram o passaporte que os levará – dependendo do empenho individual – a conquista da diferenciação profissional e funcional, tenham em mente que essa nova etapa que ora se inicia não é nenhum mar de rosas, vocês continuarão integrados ao ensino brasileiro, desta feita no terceiro grau e portanto, os obstáculos continuam antepostos aos vossos objetivos. As greves, só para citar um exemplo, ao de professores, ora de funcionários, dentre outros itens, são desestimulantes concretos e muitas das vezes funcionam como verdadeira água fria na fervura. Porém, não desistam. Lute, se empenhe, torne-se um profissional sério, responsável, competente e principalmente sensível aos problemas da comunidade, do municipio e ate mesmo da Nação e do mundo, pois amanhã, com toda certeza, o destino e a vida de muito ser estará sob sua responsabilidade e decisão. Além do que, a competitividade no campo de trabalho no mercado de emprego é uma guerra tão acirrada quanto a que acabaram de vencer.
Aqueles que choraram de tristeza, lembrem-se que o tropeço em um pedra, muitas das vezes nos impulsionam para frente. De um insucesso colhe-se a lição e a receita ao futuro sucesso. É bem verdade, houve o tempo perdido mas, é verdade também que nunca é tarde para estudar, para apreender, e vocês tem a seu favor a jovialidade, saúde e bastante tempo pela frente. Não gaste esse tempo em lamurias e não chore sobre o leite derramado, arregace as mangas, enfie a cara nos livros e em 96 será sua vez, pois todos somos filhos de Senhor e vivemos sob o mesmo sol e a mesma lua.
Ao longo desses doze meses, literalmente o grito na garganta foi se avolumando e, após a publicação dos resultados pela UNAMA, FEP, FCAP, CESUPA e UFPa, ele se extravasou pulmão a fora numa explosão incontrolável de alegria e satisfação e do doce sabor de uma vitória conquistada a duras penas e intensivos sacrifícios, Valeu! Tanto os novos calouros, quanto seus pais, irmãos, tios, primos e primas, amigos e tantos quantos vibraram, torceram e sorriam estão de parabéns, mesmo.
Tanto aos calouros quanto aos que continuam vestibulandos, só resta agora,para os primeiros encararem de frente a nova etapa o novo desafio e, para os segundos reencararem o mesmo desafio agora em 94 e para ambos não esqueçam que as baterias podem e devem ser reabastecidas aqui no nosso Clube, respirando oxigênio puríssimo, desintoxicando numa deliciosa sauna, resfriando-se numa saudável e tranqüilisante ducha, desopilando o fígado em bate papo amigável, retirando a tensão em reconfortantes e relaxantes partidas esportivas e a tudo isso limpando o cristalino ocular, contemplando as lindíssimas gatas que aqui vem se bronzear e adornar mais ainda nosso ambiente, pois o segredo do sucesso reside num corpo e mente sãos.
Portanto, congratulações a todos, a luta continua, não desanimem.
Lúcio Reis






Belém, Pa, em 16 de setembro de 1994.

GREVE

Apesar de uma economia mais estável, em comparação a outras épocas, as ondas paredistas, incentivadas pelas centrais de trabalhadores, começam a pipocar por todo o País.
Essas categorias com certeza, como a maioria dos trabalhadores e aposentados vinculados ao MPAS, não percebem o salário mínimo de R$70,00. O candidato dos sindicalistas continua ameaçado de ficar para a próxima eleição em 98, já no 1º turno.
O cidadão que não tem plano de saúde, que depende do pronto socorro municipal, dos postoss de saúde; que necessitas de ônibus para sua locomoção; que seus filhos freqüentam as escolas públicas e etc... Não concorda com as greves, pois na maioria das vezes elas são muito mais políticas eleitoreiras do que aquelas inseridas no espírito da lei, que buscam através da negociação a solução para os problemas trabalhistas e sociais.
No caso especifico do ABCD paulista, a exemplo de outras vezes em que a industria automobilística, sempre relutou em conceder reposição salarial, porquê agora, rapidinho ela aquiesceu? Portanto,, não seria muito estranho que neste momento quando a indexação foi abolida, que as montadoras de carros ficassem tão “boazinhas”? E claro! Em seguida o argumento delas junto ao governo, pedindo aumento de seu produto, teria um reforço bastante convincente.
É por isso que a queda na intenção de votos para o candidato dos trabalhadores, vem sendo inversamente proporcional a crescente onda de greves, pois estas que são irresponsavelmente articuladas e deflagradas, em suma só atingem o cidadão mais humilde e simples da pirâmide social, ou seja, aquele que está na base.
Lúcio Reis.

Belém, Pa, em 10 de dezembro de 1994.

CAÇA AS BRUXAS

Temos acompanhado pela imprensa as atividades fiscais policiais na cata de empresários que sonegam, usando documentos frios e tudo, tendo começado com a prisão de um “funcionário” do órgão fiscalizador e arrecadador, que com um salário mensal, segundo as noticias, de R$500,00, trafegava num carro do ano e de sua propriedade.

Em Brasilia o Congresso trama um dispositivo legal, pata legalizar o assalto que o Senador Humberto Lucena, em proveito próprio, assim como outros parlamentares, fizeram ao nosso dinheiro, para se manterem no poder, parasitando a Nação.

Aqui, a Câmara Municipal, tenta engordar os já muito bem remunerados edis, com uma disfarçada verba de gabinete.

Que pessoa física ou jurídica e, neste caso empresários que geram empregos, são esmagados por uma avalanche de mais de 60 impostos, que sofrem a pressão de “fiscais” que só visam a propina e o ganho fácil e, no outro caso o cidadão comum que paga caro para nascer e também para morrer, aceita pacificamente esse esbulho dos nossos homens públicos, que não tem sequer o menor respeito consigo e nem com o cidadão desde a tenra idade até a velhice e, nem tampouco com aqueles que o elegem? no caso do cargo eletivo.

Diz uma fábula, que a autoridade máxima de um estado de uma federação, foi convidado por um auxiliar lotado num órgão fiscalizador, a jantar na casa  de veraneio do mesmo, num determinado município à margem do mar e, em lá chegando ficou tão abismado com tanta riqueza que sentiu uma ponta de inveja e, transferiu o eficiente auxiliar.

É claro que ninguém concorda com a sonegação mas é fato também, que o exemplo deve vir de cima. E, para iniciar, que tal a comissão chegar nos estacionamentos dos órgãos públicos e principalmente aqueles que manipulam dinheiro de impostos e só para começar, anotar a chapa de determinados carros, checar o proprietário e confrontar se o salário dele é compatível com o padrão de vida? A não ser que tenhamos só sortudos como o João Alves!
Lúcio Reis







Nota do autor: A data da crônica endereçada á Agente Distrital - espécie de prefeito do local - abaixo define que há 20 anos houve a nossa preocupação em colaborar, pois a Ilha de Mosqueiro era nosso point de veraneio. Ao longo desses anos, a situação só se agravou e o que se tem conhecimento é que, hoje está abandonada pelo poder público e o cidadão, em função da violência deixou de amar a Ilha como antes. E como podem perceber, essa não foi meu único posicionamento em relação ao local.

Belém, Pa, em 30 de Julho de 1994.

MOSQUEIRO

A cada espaço de folga, tal como feriado de carnaval, de semana santa e mui especialmente o mês de julho com as férias escolares, a Ilha de Mosqueiro vem se tornando o point de maciça concentração de visitantes tanto daqui como de outros estados e até mesmo de outros países.
Logo, logo a Bucolica deverá estar constando dos pacotes turísticos, que para lá levarão os gringos e o pessoal do sul interessado em nossas praias de água doce, com ondas e outras belezas naturais.
Porém, falta de coleta de lixo, vias que se transformam em lagos em função de chuva, praça entregue à gordura das frituras, à fumaça dos fogareiros, ruas sujas, rede de esgoto lastimável, falta de espaço na praça para o povo (a praça é do povo, há muito diz a canção), praias imundas, fornecimento de água deficitário, são ingredientes que afastam os povos civilizados e deixam a maioria dos veranistas irritados.
Esses desmandos, infelizmente são o retrato fiel das administrações públicas que hoje ponteiam neste País.
No caso específico da Agente Distrital do Mosqueiro, houve uma preocupação em privilegiar os vendedores de bata frita, de churrasquinho, de hot dog, de churros, de coco, de abacaxi, de bebida, de artesanato e etc... transformando a praça num verdadeiro mercado persa, inclusive com toda a sujeira proveniente desses comércios, complicada pela deficiente coleta dos resíduos sólidos, formando assim o habitat propicio aos ratos, baratas e outros.
Dona Diva, a insatisfação foi unânime. Sugerimos que destine outros locais para a instalação das barraquinhas, inclusive com infra estrutura de água potável, de rede de esgoto e etc...E, um dos locais, bem que poderia ser sobre o calçadão que vai da praia do areião do lado do trapiche até a praia do Bispo e assim, a praça ficaria para o povo e principalmente para as crianças.
Atração turística não combina com administração medíocre e incompetente.
Lúcio Reis





Nota do autor: Depois veio o nunca dantes na história deste País e, então a avalanche de corrupção e imoralidade administrativa, impregnou a República.

Belém, Pa, em 26 de junho de 1994.

ISTO É BRASIL

A Terra a vista, é a mesma que finalmente se chamou Brasil, no qual em se plantando tudo dá. É um País abençoado por Deus e bonito por natureza.
A partir daí, o Brasil caminha a passos largos, por isso vamos incentivá-lo: Pra frente Brasil! Ficamos eufóricos, e com a força de 90 milhões em ação, fomos levados e também o Brasil está a beira do abismo. Todavia, como Deus é Brasileiro, descobrimos que o Brasil é maior do que o abismo.
Gostamos de samba e futebol. Por isso fomos ameaçados: minha gente! Brasileiros e brasileiras, prendo e arrebento todos vocês e não adianta o jeitinho brasileiro e nem a lei de Gerson e muito menos diretas, já!
Depois descobrimos que necessitávamos de um governo para os descamisados e pés descalços e, com promessa de que com um único tiro elimino o tigre da inflação, nada foi resolvido e, mais um vez fomos enganados e nos transformaram até em ricos. Tanto é que você e eu era ellite e não sabia. Passamos então, sem medo de ser feliz, a ficar e até hoje estou de olho nelle e ingenuamente nos esquecemos dos corruptos, da máfia e dos 7 anões do orçamento da União.
Mesmo assim, com boa dose de otimismo em 3 de outubro vindouro temos mais uma chance de mude o Brasil, não se mude do Brasil, pois agora mais do que nunca é vencer ou vencer, pois o plano cruzado, o plano feijão com arroz, o plano Bresser, o plano verão não deram certo, mas temos por fim o plano FHC com a vinda do real. Caso este último seja mais um estelionatário eleitoral só resta o seguinte: o último apague a luz.

Lúcio Reis.

  Belém, Pa, em 20 de junho de 1994.

PUNIR SEMPRE

Há pelo menos umas 3 décadas, Jackson do Pandeiro, interprete e compositor da MPB, lançou no mercado uma música, na qual ele critica entre outros itens o alto custo de vida, quando ele diz que aqui progresso é carestia e, diz que vai morar na lua e etc...
Sábado, dia 18 de junho p.p no O Liberal, o Sr Jorge Arbage, escreve uma crônica intitulada: Negociar, sempre; punir nunca! Na qual, em resumo, diz ser o empresariado brasileiro uns coitadinhos, pois no fundo são uns escravos do império que dirigem e vão aumentando. Sacrificados às fábricas, viagens, impostos (nada menos que 58) e etc...
Interroga ele também sobre a necessidade de criação da Lei Antitruste, se já existe a Lei Delegada nº 4?
Nos parlamentos do Brasil, existe o lobby das empreiteiras,  das industrias, dos varejistas, das igrejas, em fim, de todo o poder econômico que determina neste País. Só não existe mesmo é o lobby favorável ao povão da classe media para baixo e, principalmente a massa do salário mínimo, da economia informal e daqueles que vão em busca de restos humanos nos lixões, para seu alimento e de suas famílias.
Além das leis acima, sabemos da existência do Código de Defesa do Consumidor. Comissões de Defesa do Consumidor no Poder Legislativo e tantos outros. Quem não é ganancioso e respeita as leis de mercado não terá problema com esses diplomas legais.
Os dirigentes desses órgãos e zelosos pelo cumprimento das Leis, até hoje só tem negociado com as elites e enquanto isso, o povo,  razão da existência de uma Nação vai sendo dizimado.
Um dia, depois de tanta negociação, nossos pobres empresários descobrirão que é tarde demais, pois seus consumidores morreram de fome ou por falta de um medicamento com preço acessível e que lhe curasse um mal, pois para eles sempre houve o premio: “sempre punir”, com preços absurdos.
Lúcio Reis.


Belém, Pa, em 06 de junho de 1994.

LEITORES

Na edição desse Jornal – O Liberal – de 4 do corrente, o Sr Alamar Regis Carvalho, neste espaço, sugere uma maior disponibilidade de linhas a que possamos ampliar as nossas exposições, idéias, opiniões, criticas e etc...
Como frequentador desse cantinho há mais de uma década, conduzido pelas mãos do Grande Articulista João Malato e contando com a benevolência do então responsável pela Coluna, o excelente Jornalista Eládio Malato, ambos em outra dimensão, tenho tentado cooperar no sentido de tornar a convivência humana mais amena, mais cristã e portanto mais justa e igualitária, onde seja reduzida no que for possível – acabar é utopia – a exploração da maioria pela minoria, sob qualquer aspecto, pois acredito, sem sombra de dúvida, sermos a Obra Prima do Senhor e assim merecedores do mesmo zelo, por quem quer que seja, independente de qualquer por menor de DNA ou material.
Em suas considerações o Sr Alamar, inclui-me num rol de leitores, aos quais lisonjeou com um adjetivo. Nesta oportunidade quero também de público, lhe agradecer humildemente e, lhe informar que fico satisfeito em saber que pessoas como V. Sa., a que me obrigo a ler o que produzem, pois sempre estarei colhendo no pomar dos ensinamentos, honrar-me com sua leitura.
Com esse fato, creio que o meu objetivo através da semente que venho lançando, vem sendo conseguido, mesmo que na fase muito embrionária, o que significa dizer, no meu entender, que ainda retornarei aqui, para o cumprimento de minha missão.
O Senhor me presenteou com algum talento. Não o escondi. Venho tentando usá-lo de maneira a que Ele fique satisfeito. A luz inserida no meu nome, às vezes por responsabilidade paterna e familiar me obrigam, num debate, a recuar. Jamais por medo, pois quando se tem o Senhor como guia, nada nos abalará.

Lúcio Reis

Belém, Pa, em 20 de maio de 1994.

CONTRASTE

O noticiário brasileiro, dia 19 do corrente mostrou a agonia, o desespero e o sofrimento de um paciente, vitima de atropelamento no Rio, com fratura do crânio e, o tempo gasto a que ele fosse devidamente socorrido apesar de seu estado gravíssimo, até com dificuldade de contar com uma ambulância.
Mostrou um outro ser humano, portador de uma eczema e que estava há 3 dias num hospital do Recife, esperando atendimento médico, só o conseguindo depois que a imprensa denunciou publicamente o descaso e a irresponsabilidade dos que o deveriam atender.
Paralelo a esses dois exemplos e não esquecendo o caos total do sistema de saúde neste País, fomos brindados com as mordomias destinadas aos 22 jogadores da seleção canarinha e respectiva comitiva, que vai aos EUA com avião exclusivo e poltronas personalizadas, após os testes da medicina mais avançada do planeta.
Que País é este? Para uns não tem sequer uma ambulância e,  para outros avião exclusivo. Para uns não tem sequer gaze e para outros ressonância magnética.
É bem verdade o brasileiro é alucinado por futebol e, aqueles dois citados acima, provavelmente o são, mas não acredito que eles naqueles momentos ou seus familiares, dessem preferência no atendimento médico a um Raí ou a um Branco.
Quanto a nossas autoridades, esses contrastes estão chegando ou já chegaram a raia do absurdo, do limite. Paciência não é pólvora mas incendeia e explode.
Lúcio Reis




Belém, Pa, em 29 de abril de 1994.

BICHO

Ao ser dado conhecimento público da contabilidade do Sr Castor de Andrade, na qual aparecem as mais diversas figuras da República, inclusive filantrópicas e assistenciais, passou-se a discutir sobre a dignidade do dinheiro, tendo em vista sua origem – a contravenção -, bem como a finalidade das doações. Estas na maioria destinadas a corromper autoridades.
Aqui não se pretende fazer apologiado ao jogo, mas alguns itens tem que ser lembrados: o Brasil por falta de políticas adequadas para resolver o sério problema do desemprego, não quebra em função da economia informal. Tanto é que a maioria das capitais vivem lotadas de camêlos e dentro dessa economia esta o jogo do bicho, promovendo o sustento de muitas famílias, complementando considerável parcela de aposentadorias. Por isso, a vontade popular instituiu o jogo do bicho como uam das preferências nacionais.
O bicho não recolhe impostos mas, se o fizesse os escândalos Magri, Alceni, PC, Orçamento da União e tantos outros como obras faraônicas e elefantes brancos, manacias de propinas na construção de pontes que saem do nada para o infinito, não teriam sido bem maiores?
Por fim, o dinheiro que saiu da contravenção, com destino filantrópico é mais imoral ou amoral, do que aquele que sai todo mês do tesouro nacional, portanto legal e da fonte dos impostos e vai recheiar os bolsos e as contas correntes daqueles que sistematicamente não comparecem ao local de trabalho, para apresentar e votar leis de interesse coletivo; que não se furtam em comparecer para se auto aumentarem salários, mordomias diversas, como por exemplo aposentadorias precoces e que, a sociedade brasileira abomina e rechaça.
Portanto, quem recebe dinheiro por uma contra prestação que não fez, o que é? Esse dinheiro é digno, é justo, é ético é moral?
Lúcio Reis





Belém, Pa, em 25 de março de 1994.

ASSALTOS

Há muito, principalmente no Rio, os seqüestros são uma constante. Mas recentemente as ações do crime organizado se concentraram nos coarros fortes, cuja infra-estrutura do assalto é bem menor e menos complicada e o mais importante é que a liquidez é imediata.
Ao longo desses meses de sistemática delinqüência, sabia-se que dentre outras destinações do produto do roubo ou furto, está a aquisição de armas, drogas e outras finalidades que por previdência e responsabilidade, prefere-se não mencionar aqui, por falta de provas concretas, mas que, na entre-linhas está implícita.
Sabe-se que o crime é um negocio como outro qualquer, com a diferença de que não encontra amparo legal em nenhuma legislação. Portanto, deduz-se que essas ações de seqüestro e assaltos a carros fortes, tinham um objetivo maior, tendo em vista que o Comando Vermelho (CV) reinvindicava a autoria intelectual sob a orientação de seu “staff”, mesmo dentro do presídio.
Agora emergiu uma das principais motivações daquelas ações. Foi a bem recente transferência da cúpula do CV da penitenciária de Bangu I, Presidio de Segurança Máxima, para um outro presídio, cuja estatística de fuga é bem acentuada e, como se sabe privilégios dessa natureza custam muito caro.
Assim, é só esperarmos, para a imprensa noticiar a “fuga espetacular” do Escadinh, do Japonêz e etc...

Lúcio Reis

Nota do autor: A matéria abaixo escrita há 20 anos, foi mais uma de minhas colaborações para o Jornal do Grêmio Literário e Recreativo Português, do qual, como já disse, sou sócio há mais de duas décadas.

Belém, Pa, em 14 de março de 1994.

FAMÍLIA

A família como vai?
Este é o tema e o título da Campanha da Fraternidade deste ano, sob os auspícios da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos Brasileiros). A resposta, obviamente todos sabemos: “vai mal, obrigado!”.
E se vai mal, qual a razão?
Com a experiência de 22 anos, com a mesma família, ou seja, a mesma esposa e mesmo número de filhos, sem querer ser o dono da verdade, mas até humildemente, arrogo-me a pretensão de eleger as origens que levaram a família, estar mal.
As causas são múltiplas, dentre elas enumero as seguintes: a primeira seria a exclusão do seio familiar da presença de Deus. Antes as famílias em conjunto, pais, avós e a prole sistematicamente aos domingos e dias santos procuravam os templos para assistir missa ou o culto, ouvir a palavra do Senhor ou de seu Filho Jesus Cristo inscrita no Evangelho e comentada pelo pregador, comungavam a Eucaristia, ao que em relação aos jovens, antes haviam freqüentando o Catecismo seguido da primeira comunhão, uma festa de branco, de pureza, um verdadeiro banquete de fortalecimento ao espírito humano. Hoje o clero progressista transformou os púlpitos em verdadeiros palanques políticos partidários, o que vem e tem provocado o afastamento das famílias das Casas de Oração, tendo em vista que há uma ogeriza e repulsa generalizada quando o assunto é política, pois nossos homens públicos tornaram o tema repulsivo, tendo sido inclusive cunhada a seguinte frase, por alguém: “política é um assunto muito sério, para ser tratado pelos políticos” e eu acrescento, principalmente pelo político brasileiro. Esse afastamento é tão verdadeiro, que o Vaticano mostra preocupação com o crescente surgimento de seitas e mais seitas, arrebanhando os descrentes e insatisfeitos.
A segunda causa está na evolução dos tempos, no qual a mulher compulsoriamente foi em busca de seu devido lugar e da igualdade de condições com o homem, saindo de sua antiga qualificação funcional, Prendas do Lar, na qual predominava a figura maternal e administradora “in loco” do lar e da casa, cuidando dos filhos ao se dirigirem e ao retornarem do colégio, providenciando a mesa ao redor da qual invariavelmente três vezes ao dia, com o patriarca à cabeceira, a reunião às refeições e, após estas o diálogo familiar rolava sobre os mais diversos assuntos, unindo e congregando cada dia mais e mais a célula da sociedade. Hoje os filhos são paridos e, tão logo acabe o resguardo, a mulher e mãe tem de retornar à sua função de secretária, de medica, de advogada, executiva e etc... Enquanto isso os filhos estão sob os cuidados de uma creche ou então ao chegarem em casa retornando do colégio passam a contar com os cuidados de uma secretária doméstica. O marido, por outro lado faz o que lhe compete, pois juntamente com a esposa ou companheira tem que prover e suprir os altos preços dos supermercados, das mensalidades escolares, dos planos de saúde, das parcelas do SFH (Habitação), do vestuário e etc... e, assim as reuniões em torno da mesa de refeição – lugar sagrado, como diziam nossos pais – foram extinguidos ou só acontecem nos finais de semana e nos ambientes dos clubes sociais.
A terceira causa reside na moral e nos costumes. Hoje diferentemente de ontem, o jovem ou até mesmo a criança tem acesso a qualquer tema quer seja pornográfico, indecente ou obsceno, as mais e maiores violências possíveis. Basta que ele chegue a uma locadora de vídeo, alugue o filme que escolher, desde um pornô explicito de péssima qualidade e apelo comercial, até um Rambo I, II ou III, passando por um Sexta-feira 13 de I até  VI. Se não bastasse essa opção, basta ficar em casa que a televisão lhe trará os mesmo temas. Tudo isso por falta de efetiva fiscalização da autoridade competente em relação a locadora e a emissora de TV e, dentro de casa pela ausência da autoridade materna e ou paterna ou ainda pela falta do diálogo entre pais e filhos, que seria realizado naquelas reuniões acima mencionadas, onde seriam colocados de maneira clara, sem tergiversação e livre, o que pode e o que não pode à uma determinada fase de idade. Não é censura, não é hipocrisia, não é falso moralismo. É cada assunto a seu tempo e hora. Por isso os pais são e serão sempre mais velhos que os filhos.
Uma quarta causa procede da total inversão dos valores aéticos e morais. Antes todos nós sabíamos que o sustento individual ou de nossas famílias, seria proveniente de nossos estudos e posteriormente de nosso esforço no trabalho no emprego, onde a ascenção funcional seria conseqüência  de seu desempenho, de seu esforço e competência. Hoje, tenta-se implantar a cultura do “roubou mas fez”, “é dando que se recebe”, “quem corrompe mais, mais freqüenta as colunas sociais”, “promessa política e de palanque é sinonímia de mentira, de enganação e falta de palavra”, “quem trabalha uma ou no máximo duas vezes por semana, vota para si astronômicos salários acrescidos de mordomias as mais diversas possíveis”, “sim equivale a um não e vice versa”, “ocupação de cargo pelo QI, quem indica, mesmo que seja um medíocre, incompetente e tacanho”. Diante de tudo isso e sem a estrutura solida da família, o jovem e até mesmo o adulto fica perdido sem perspectiva e desencorajado.
Até por isso mesmo vale aqui reproduzir o que Rui Barbosa, há anos registrou: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.
Apesar de tudo e no estágio a que chegamos, não vale o esmorecimento e a desistência, ainda dá para reverter e iniciar o processo inverso, começando agora, é nossa vez, já em outubro próximo, vamos renovar e proceder um novo planejamento estrutural, primeiro reintroduzindo a presença de Deus em nossos lares, depois com a renuncia pelo egoísmo, predominando o entendimento e principalmente o diálogo franco e acima de tudo o amor,  isso dentro de nossas famílias e lá fora, lembramos de que não adianta construir uma casa nova com a madeira da casa antiga e cheia de cupim. Renovar é preciso.

Lúcio Reis

Belém, Pa, em 21 de março de 1994.

SEQUESTRO

Recentemente a opinião pública nacional e internacional foi informada sobre o seqüestro do cardeal arcebispo de Fortaleza e sua comitiva, que em nome da pastoral carcerária visitou um presídio de segurança máxima no Estado Cearense, de onde mais de um dezena de presidiários consegui fugir.
Analisando os fatos ali acontecidos, surge-nos umas interrogações que por certo ficarão sem respostas, em função do absurdo de que foram revestidos:
- 1º - Se o presídio é de segurança máxima, porquê foi relaxada a guarda?
- 2º - Por ser detenção de bandido de alta periculosidade e com a guarda relaxada, porquê concentrá-los todos num auditório?
- 3º - Acredita-se que a visita tenha sido programada com antecedência e, se assim foi, porquê não se efetuou uma vistoria rigorosa nas celas em busca de armas e principalmente dos estiletes?
- 4º - Como o detento “Carioca” liderou a fuga e o seqüestro e portava também um estilete, deduz-se disso ser ele o mais perigoso, logo, porquê ao mesmo foi também concedido o direito da audiência no auditório?
- 5º - Se com a devida antecedência não foi procedido rigorosa vistoria, porquê a mesma não foi realizada quando os detentos, principalmente os mais perigosos, siaram das celas em direção ao auditório?
- 6º - Porquê não foi constituída apenas uma comissão de detentos para entrevista com a comitiva e a imprensa?
Bem! Um item é importante nos acontecimentos. A comitiva do cleto foi lá, com objetivo de pugnar por melhores condições carcerárias aos apenados. Em função disso, vidas foram colocadas em perigo e pelo menos, até agora 3  presos não mais terão do que reclamar, pois na fuga foram mandados para o além.
Na condição de leigo e leitor, podemos afirmar que pelo menos a imprudência foi a tônica da visita, pois duvidamos que qualquer autoridade seja de que segmento for, entre numa jaula, onde estiver um tigre faminto, inclusive de liberdade. A não ser que esteja armada.
Lúcio Reis.


Belém, Pa, em 27 de dezembro de 1993.

GREVE

Motoristas e cobradores da Empresa Perpétuo Socorro, dia 21 promoveram uma paralização com o objetivo de forçar a empresa pagar-lhes o 13º salário, um direito constitucional.
A empresa alega falta de caixa, por vir atuando no vermelho. A exploração do transporte coletivo é uma concessão pública. Se ela vem tendo prejuízos, porque então não devolve ao poder público a concessão?
Como se sabe as linhas Djalma Dutra e Perpetuo Socorro, existem há muitos anos, porém o Motel Ele e Ela, também de propriedade do explorador daquelas linhas de ônibus, é inauguração bem mais recente. Logo, por dedução lógica, o investimento no motel teve origem nas roletas dos ônibus. Portanto, é só inverter o sentido da mão: que o dinheiro do motel socorra o caixa dos ônibus.
Quanto ao Sindicato dos Rodoviários, seria de bom tom que houvesse um pouco de sensibilidade e inteligência na condução à solução dos problemas, lembrando sempre que o usuário não é culpado de nada. No caso específico e, como sugestão para futuros impasses, basta que no final de cada jornada, o motorista conduza o veículo para a Sede do Sindicato e lá seja entregue a feria diária, até que se complete o que é necessário à liquidação dos direitos trabalhistas dos empregados.
Somente assim, o povo não terá seu direito de ir e vir atropelado pelos pneus do radicalismo e inconvenientes paralisações grevistas.
Lúcio Reis.
          
Nota do autor: A matéria abaixo foi escrita há mais de 20 anos e, pelo que a imprensa noticia hoje (2014), a situação contraria aos interesses do cidadão, pouco ou nada mudou.

Belém, Pa, em 22 de dezembro de 1993.

CELPA

Em matéria na Edição desse Jornal - O Liberal -, em 22 de dezembro de 1993, inerente aos abusivos aumentos nas contas de energia elétrica, o Sr Mauricio Vasconcelos justificou que: “não podemos prejudicar uma empresa antes que tudo seja apurado”.
Por esse tipo de declaração podemos aferir o quanto esses senhores se preocupam com a coletividade, que entendemos seja muito mais importante do que uma única pessoa. Pois por dedução lógica, conclui-se que o Sr Mauricio está muito mais preocupado com a empresa prestadora de serviços do que a enorme parcela de consumidores que foi prejudicada e, tanto esse prejuízo é real, que a CELPA atendeu reclamações no fim de semana, bem como está aumentando os postos de atendimento, tendo em vista as extensas filas e os desdobramentos que podem advir dessa insatisfação.
De que alguém falhou, ninguém tem duvida. A certeza que se tem é que esse alguém não é o consumidor. Todavia, e o único que até agora está pagando a conta ou a incompetência ou negligência de alguém.
Como entendemos e acreditamos que nem tudo está perdido, pois ainda há o Ministério Público, a OAB, o PROCON e etc... e que, além de todos esses órgãos existe um governador neste Estado e, acima de tudo podemos contar com uma imprensa livre e imparcial, como é o caso desse Jornal – O Liberal – temos certeza de que não ficaremos e nem estamos sozinhos nessa coletividade de reclamantes.
Lúcio Reis.

Belém, Pa, em 02 de dezembro de 1993.

ALIMENTO

O Brasil em seus quadrantes vive a campanha de doação de alimentos, destinados a formação de cestas  básicas a serem doadas às famílias carentes. Iniciativa louvável por um determinado ângulo.
A bandeira do movimento foi levantada pelo sociólogo Betinho e tem ecoado satisfatoriamente no seio da sociedade civil. O brasileiro é bomzinho e bastante receptivo a esses procedimentos.
Se a situação chegou onde está, devemos agradecer aos nossos representantes nos parlamentos do Brasil, que até o momento efetivamente não se deram conta do chamamento de suas atenções para a situação dramática em que se encontra seus representados, pois, por hora eles estão muito mais preocupados em evitar que seus nomes apareçam na CPI do orçamento ou então, estão votando mais privilégios para si, como aconteceu recentemente na Assembléia Legislativa daqui.
É bem verdade que nossos políticos não tem o menor interesse em reverter o quadro de miséria em que se encontra o povão. Eles não são bobos de matar a galinha dos ovos de ouro, pois enquanto persistir o quadro atual, eles tem garantido suas voltas ao ócio, a gazeta e aos altos salários proporcionados pelo poder e, tudo isso ao custo de uma camiseta ou então de uma carrada de aterro, fácil de conseguir numa empreiteira qualquer, às vésperas de eleição.
Distribuir alimento é um procedimento paliativo. O que tem e deve ser feito é ensinar o cidadão a pescar, dá-lhe um caniço, colocá-lo às margens de um rio piscoso e, tudo se resolverá.
De que adianta dar o peixe, se o cidadão não tem óleo para fritá-lo e nem o fogo para assá-lo? Como está sendo feito por alguns, parece procedimento de burguês que tem a pretensão de achar que está cristianizado.
Lúcio Reis.


Nota do autor: A minha primeira publicação neste blog, teve como origem a  Campanha da Fraternidade e como conseqüência, uma carta do Arcebispo de Belém, em função de uma inserção que fiz no Jornal O Liberal e, aquela carta pretendeu me tratar como que se eu fosse obrigado a lhe temer, obedecer, render homenagem, tremer de medo e assim, em resposta dirigi-lhe correspondência em resposta e nunca mais ele voltou a me incomodar.
Outra vez, depois de 05 anos, voltei a ter uma troca de correspondência com o clero e, o estilo deles é crer que o cidadão livre, lhes deva ginoflexão e dizer amem a todas as atitudes deles. Não é! Comigo não é, pois respeito quem me respeita e dialogo com quem quer dialogar, pois sou do tempo em que no interior – fui moleque em municípios do estado do Pará – se respeitava como autoridade quatro pessoas nessa ordem: o vigário, o delegado, o prefeito e o professor. Os três primeiros se auto desvalorizaram e retiraram pelos atos condenáveis praticados suas autoridades e o quarto, o estado subvalorizou, menos prezou, vilipendiou pelos atos de improbridade administrativa e descarada corrupção de seus agentes.
Portanto as matérias abaixo são desdobramentos de publicações anteriores em 26 e 29/05/14 aqui neste blog e no Jornal O Liberal em 14/10/1993 e 19/10/1993 e que, me conduzem ao registro seguinte: Em publicação neste blog, em datas anteriores conforme acima e recentes quando tornei público o posicionamento do clérigo Nelson Soares, e que pelo fato de não me ter respeitado como cidadão e detentor dos meus direitos constitucionais ontem e hoje, desobriga-me de lhe registrar qualquer tratamento de atenção, pois se ele acredita ser melhor do que eu, eu não me entendo e nem acredito pior que ele e, aliás nem melhor. Somos sim, ambos cidadãos regidos pela mesma Constituição e que nos dá direitos e obrigações, sendo que ele usa o evangelho para se sustentar e eu o meu trabalho honesto e digno e assim, aquela altura, em função das publicações que ele fez no Jornal a Província do Pará em 22/10/1993 – hoje esse jornal não mais existe – e que, aqui abaixo reproduzo, mandei aquele veículo com pedido de publicação uma carta em 23/10/1993, usando meu direito de resposta e aqui também a transcrevo e como mais de duas décadas se foram e agora e aqui, dispondo de mais espaço, solicito a atenção de quem vier e me ler, para o seguinte:
- Em primeiro lugar não me dirigi pessoalmente ao Arcebispo mas sim, disse que o dinheiro gasto com aquela mordomia, daria para matar a fome de muitos pobres; Ele deturpou e levou para o entendimento pessoal à figura do Arcebispo;
- Ele diz haver conflitos profundos na minha alma e pelo meu nome, com o qual assino minhas matérias, ele faz jogo de palavras, tentando me apedrejar e, conclui que meu nome Lúcio deriva da palavra luz, mas para ele é “Não luz” (Trevas), acrescido de “rei” ou “reis”. Como sou bom entendedor, devolvo que a ele, o que sai de seu coração e assim, ele é o capeta com aureola de anjo bom;
O pobre infeliz apenas não sabe que antes e, o meu primeiro nome é Francisco e que eu, assim como o Francisco de Assis, tenho desapego aos bens materiais e vivo humildemente a custa do suor do meu rosto e portanto do meu labor honesto.
- Diz ele que meu relato foi ameninado, denotando inexistência de traquejo social, ódio contra a religião, desejo mórbido de ferir, imaturidade.
Ora Nelson Soares, - aliás, hoje nem sei se tu  ainda és vivo e portanto se já estevistes perante satanaz apresentando tuas credenciais e o teu excelente desempenho em prol e a serviço dele, afastando fieis da Igreja de Cristo – imagina se eu com todos esses adjetivos, te dei o cuidado ou o trabalho de tentar me dirigir todas essas qualificações com o objetivo de desqualificar-me, apenas porque como simples cidadão, tive coragem de lhes dizer a verdade que muitos fieis gostariam de falar mas, falta-lhes coragem e eu a tive e a tenho.
Hoje, não é mais necessário citar os casos de corrupção que envolvem ou envolveram o Vaticano, via Banco Ambrosiano e que, naquela altura era bem mais acentuado os desvios. Hoje nem mais precisa mencionar os casos de pedofilia dentro no seio do clero católico e acobertado pela vossa cúpula por anos, pois isso também é de conhecimento público e já foi razão de pedido público de desculpas pelo Papa.
É bom também lembrar que a cabeça brilhante dos sujeitos da santa inquisição eram iguaiszinha a tua e aí do Galileu se não tivesse concordado com a ignorância daqueles de seu tempo, sobre a relação sol e terra.
Mas hoje vivemos em outro século e a tua prepotência e o entendimento de que estás acima do bem e do mal, é próprio de mente guardada na cabeça de alfinete, por isso a tua patologia mórbida é que te conduz a me julgar por ti.
E foi essa patologia que fez massa de fieis migrarem para outras denominações e ampliar o leque de opções daqueles que vem nos capítulos, versículos e outros, colocados nas prateleiras dentro de algum templo o maior negócio comercial dos últimos tempos e os meios mais concretos e fortes à construção de mordomias, sonegação e evasão de divisas.
Mas, vou abster-me um pouco a minha humildade e registrar: macieiras que dão bons e apetitosos frutos é que são as mais apedrejadas! Mas, como somos daqui e belemenses de coração, vamos dizer que as mangueiras que produzem as mais "pituriscas" - saborosas - mangas é que são as mais apedrejadas e assim, sinto-me como uma frondosa e forte mangueira.
Lúcio Reis

Obs: As notas abaixo que marquei com tinta preta se referem a mim e como podem constatar de oito tópicos ele dedica cinco a mim, portanto mais de 50% de coluna ele se refere a este louco! E então como louco só: rsrsrsrsrsrsrsrsrsrs!!!!!

Belém, Pa, em 23 de outubro de 1993.

RELIGIÃO

Eu poderia te responder citando inúmeras passagens bíblicas, portanto sagradas se, tu tivesses atuado como verdadeiro pastor de almas, aquele que como São Francisco de Assis, entendo realmente de sensibilidade cristã, humildade e desprendimento material.
Para os leitores deste Jornal – A Província do Pará – reproduzo o fato origem que levou o Sr Mons Nelson Soares a me agredir pessoal e gratuitamente, o qual se resumiu no seguinte: “trafegando pela Almirante Barroso, fiquei lado a lado com o carrão chapa 001-ARQUIDIOCESE e, ao carona (veja bem, não sei e nem sabia quem era aquele cidadão), dirigir essa frase: “se essa mordomia fosse trocada por alimentos, mataria a fome de muita criança faminta”. Ele respondeu-me que eu falava bobagem e que no caso vendesse o meu carro. Disse-lhe que meu carro era fruto do meu trabalho, enquanto o dele era fruto do dinheiro dos fieis. Ele arrematou gesticulando que eu era louco”.
Caro leitor, essas minhas palavras que bem refletem uma verdade e compatível com as campanhas que se processam no Brasil, foram o suficiente para despertar a ira e o ódio desse “padre”, que tanto neste Jornal (Noticias Católicas, edição de 22 deste), quanto em outro desta Cidade – O Liberal – coluna Sr Editor de 14 e 19 de corrente, onde relatei o fato e ele respondendo me atacou, me adjetivando como bobo, invejoso, anti-social, imaturo e além de outros, portador de patologia mórbida.
Caso o prezado leitor fizer uma analise imparcial de tudo o que foi escrito por nós, concluirá que o clero ficou aflito e em pânico, como que se minhas palavras (que não são mentiras, calunia ou invenção), tivessem tocado profundamente num dos pontos neuvrálgicos dos seguidores de Roma, que vivem se perguntando qual a razão da proliferação de seitas?
Gostaria de chamar a atenção do leitor, para o fato de que em todo momento fui impessoal, jamais critiquei o Arcebispo. Quanto ódio contra a religião, referido pelo “padre”, devo lhe dizer que jamais vou assimilar, concordar e calar que uma minoria explore, engane e viva um ócio com mordomias, as custas de uma massa de manobra de fieis, que ganha pouco, passa fome, não tem teto e ainda é manobrada a patrocinar o bom viver de parasitas que usam o evangelho para usufruir bens materiais. O que não falta hoje em dia são os Edir Macedo das religiões.
Por fim, “Sr padre”, assim como  é livre o exercício dos cultos religiosos (CF Art 5º, VI), devo lhe lembrar que é livre e constitucional a manifestação do pensamento (CF Art 5º, IV). E, assim como Senhor expulsou os vendilhões do templo, chegará a hora que não terão mais vez os vendilhões do Evangelho.
Lúcio Reis.

Obs: Não lembro se o acima foi publicado, pois encaminhei a redação do jornal em anexo ao expediente datado de 23/10/93, com base na CF Art. 5º inciso V, que diz: “é assegurando o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;”.
Lúcio Reis

Nota do autor: A matéria a seguir foi publicada na edição e O Liberal de 19 de outubro de 1993 e se reporta a uma publicação minha no mesmo Jornal em 14 de Outubro do mesmo ano, sendo que a mesma aqui a publicada no dia 26 de maio de 2014 passado e em seguida, publico a matéria que escrevi em resposta ao que diz o Cura da Sé de Belém... 





 Belém, Pa, em 19 de outubro de 1993

SOFISMA

Poderia substituir o título desta carta por cínico ou hipócrita. Mas, para não ofuscar a luz que o Senhor fez derramar sobre meu ser, dando-me sensibilidade e discernimento para ver e não calar com determinadas violências e injustiças com os mais carentes, repito o rotulo que o Monsenhor Nelson Soares, Cura da Sé de Belém, usou para rebater na edição de 19/10/93, um fato verídico que reportei nesse Jornal em 14/10/93.
Sofisma significa argumento falso ou raciocínio defeituoso intencionalmente feito para induzir em erro. Onde fui sofista? Se o próprio Vigário ratifica que o “carrão” foi doação dos fiéis.
O Pároco Nelson Soares tenta imputar a minha alma conflitos profundos, cuja sintomatização é o exemplo do carro da Arquidiocese, do qual diz ele estar eu com inveja. Meu caro senhor, quem deve estar com tremendos conflitos, inclusive de consciência é V. Sa., pois sobreviver com mordomia a custa do suor do pobre miserável fiel, que se desloca como sardinha em lata em coletivos superlotados, não deve ser nada legal. Eu me sustento, bem como a minha família. Só dependemos da proteção de Deus. Eu não me oculto sob manto de uma pseudo vocação. Portanto, como sentir inveja dessa situação, dessa violência?
Ele cita I Co 9,13. Nesta passagem bíblica o religioso omiti o versículo 14 que diz: “assim ordenou também o Senhor aos que anunciaram o evangelho, que vivam do evangelho”; bem como modificou ele, o versículo 13, adaptando-o à sua conveniência, pois o mesmo em momento algum fala de mordomia.
Citando Mateus 20,15, mais uma vez o Padre só reporta o que lhe convém. O trecho refere-se a “A parábola dos Trabalhadores”, na qual não consigo pinçar o que ela tem a ver com o tema que abordei, a não ser no arremate: “o meu olho é bom porque tu és mau”.
Como se pode constatar, o Monsenhor me qualifica como bobo, invejoso, vazio, louco, Judas, satanás e outros. Eu, porém apenas lhe digo que em Mateus 7,5 está escrito: “Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho; e então verás bem para tirar o argueiro de olho do teu irmão.
Por fim, meu prezado Pároco devo lhe dizer que foi durante os mais de sete (7) anos trabalhando no Encontro de Casais com Cristo, inclusive como coordenador de equipe e, lendo a bíblia semanalmente, e tendo sido até usado como inocente útil para pedir dinheiro em Campanha da Fraternidade aos pobres miseráveis, dinheiro esse que se destinou ao sustento do ócio dos que usam o Evangelho para viver no bem bom, é que eu consegui separar o joio do trigo e entender Mateus 7,15: “Guardai-vos dos falsos profetas que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores”; inclusive de mordomias.
Pois é bem como diz esse Padre: “Pobres sempre os tereis” e eu acrescento: “Jamais faltará um espertalhão a fazer dele massa de manobra”. E lembre-se Mateus 6,19 “Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os consomem, e onde os ladrões minam e roubam; 20 mas juntais para vós tesouros no céu...; 21 porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração e ainda Mateus 5,6 bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos. Que o Senhor tenha compaixão de ti.
Lúcio Reis 

A matéria abaixo escrevi no incio do ano de 1993, há 21 anos - e se destinou a minha participação num evento cultural de uma fundação social que havia em nossa Capital. O relevante é que, o que nela se inseriu, ainda hoje ocorre entre nós.

SAÚDE PÚBLICA 

Alcançamos o limiar do século XXI, quando o avanço tecnológico e a informática, operam verdadeiros milagres, alguns quase que alcançando e exclusivo Dom Divino de fazer retornar o sopro da vida aos neurônios cerebrais.
Simultaneamente a essa tecnologia de ponta, que emprega até elementos radioativos atuando sobre os males orgânicos do homem, no outro extremo, com uma realidade bruta e inconteste, o “Homo sapiens” ainda hoje morre: vitima em consequência de dengue, de malaria, de doenças tropicais já há muito erradicadas, mas agora retornadas ao seio da comunidade e tudo isso, se revestindo de uma vergonhosa e imperdoável falha pública que propicia ou acelera a ocorrência de óbitos em filas de espera e nos corredores dos hospitais, prontos-socorros, por falta de atendimento médico ou pela ausência de cuidados profissionais competentes e capazes, fazendo parecer que retornarmos à era medieval.

Além da dengue e da malária, apesar de que tuberculose e sífilis já conseguiram o patamar da cura, há um outro mal, que vem desde os tempos bíblicos antes das passagens de Cristo por alguns pontos da terra, a hanseníase, de caráter estigmatizante para a qual as sulfonas são um  potente nocaute, mas que vem se alastrando em escalas e dimensões progressivas, em consequência da quase inexistência de estrutura sanitária básica, tal como rede de esgotos de águas servidas, esgotos de dejetos humanos e sistema habitacional transformado num caos, onde a promiscuidade e ausência total dos mínimos requisitos de higiene – como saúde pública preventiva – é um fato concreto e inegável.

O caos implantado no setor, se ramificou à todas as instâncias desde a extremidade a nível de ministério até no outro ponto culminante que são os postos médicos, cuja administração está sob o mando dos municípios da Federação.

Lá de cima o problema se reveste e principia pela deficitária dotação orçamentária embutida no orçamento dos governos, que proporcionalmente a grandeza da equação a ser resolvida, pois muitos são os “x” da incógnita, que vão desde a miséria total, pelo o que não ter do que e com que se alimentar ou até mesmo encher o estomago e conseqüente deficiência de proteínas – tijolo imprescindível na construção do ser animal – passando pelo afastamento das prateleiras das farmácias, que pela incapacidade de adquirir até mesmo um analgésico para tratar de uma simples cefaleia ou até pela inexistência de poder comprar, está na razão inversa, e assim desde há vários anos.

Na atividade fim, a que está em contato direto com o cidadão usuário e paciente, a situação é de calamidade pública, principiando pelas extensas filas que obrigam o contribuinte a se dirigir ainda muito antes dos primeiros raios da aurora, aos postos de atendimento, passando por um quadro funcional mau remunerado e por isso mesmo desinteressado, desestimulado por também ser vitima do maldito sistema, chegando ao quadro técnico, que por sua vez padece dos mesmos sofrimentos e das mesmas queixas dos seus pares de seção, alcançando finalmente o profissional de saúde, o seguidor de Hipócrates, o qual por força de um contrato, ou de uma meta a ser alcançada não pode dedicar o tempo suficiente e necessário a que faça uma anamnésia que lhe reflita a verdadeira situação patogênica ou não do paciente.

Quando se trata de mal que demanda longos anos de tratamento, como é o caso, por exemplo da hanseníase, que recomenda a volta reiteradas vezes às unidades de saúde, até em períodos com intervalo de trinta dias, com o objetivo de fazer acompanhamento clínico ambulatorial, no qual se inclui além de testes e reações com bacilo, entrevistas com psicólogos, as estatísticas mostram que muitos pacientes e portadores, abandonam os cuidados médicos, tendo em vista a falta de conscientização inadequada e insatisfatório conhecimento sobre o mal, consequente de uma ineficaz e convincente atuação dos profissionais ao que se alia as sistemáticas greves no setor, pois a maioria das visitas é simplesmente para o recebimento da medicação curativa.

Não é difícil e ocorre muitas vezes que a unidade de saúde nem dispõe, nem tem previsão de quando disporá de material descartável destinado à realização dos exames e testes e reações, o que leva o paciente ao descrédito no tratamento e em quem lhe o administra e assim, os resultados nem sempre são os mais interessantes e esperados pelo indivíduo e pela sociedade.

Tanto em relação ao mal de Hansen, quanto ao câncer, a tuberculose, a dengue e a malária, para citar uns poucos, é necessário que se observe com desconfiança e com a “pulga atrás da orelha”, as campanhas de esclarecimento que são conduzidas e penetram em nossos lares através dos veículos de comunicação deste País e que, nos bastidores fazem comercial do governo, como se ele tivesse um concorrente, dispendendo fábulas de dinheiro, o qual deveria,  ao invés de fazer promoção de governantes, era ser repassado e direcionado para linha de frente no combate efetivo dos males que assolam a sociedade brasileira, independente, alguns, de camada social no que concerne a situação sócio econômica financeira.

Diariamente as desgraças acontecem e, somente despertam alguma reação dos órgãos competentes quando alcançam as raias do inconcebível. Então,  vem à frente das telinhas de TV algum “salvador da pátria” com um palavrório bonito e la “Rolando Lero” prometendo a abertura dos famosos inquéritos que jamais levam a alguma solução concreta, ou a algum ponto convincente e, paulatinamente a desordem vai se instalando, minando e sucateando o sistema.

No Brasil, que já levou alguém declarar não ser este País sério, ocorrem realmente fatos concretos, que se contados, seriam de difícil crível como por exemplo: uma ambulância não poder realizar sua finalidade num manicômio por falta de combustível ou de pneus para rodar, como ocorre também na área de segurança pública, onde as autoridades policiais se vêm impedidas e tolhidas no desempenho de suas tarefas e diligências pelas mesmas faltas anteriormente citadas, enquanto, no mesmo poder constitucional um único membro ou membros isolados se locomovem de norte a sul de leste a oeste usando para si como meio de transporte, um avião a jato, num absurdo desperdício de combustível ou até então, nas capitais estaduais ou nos municípios, os condutores dos veículos destinados às mordomias aos membros de poderes, desfilam pelas vias públicas conduzindo “madames” aos salões de beleza, às compras, as proles aos colégios como que se os automóveis oficiais fossem “school bus”, sem contar que no fim e inicio das atividades diárias se transformam em carros demuso particular aos profissionais que os dirigem, não podendo esquecer que nos finais de semana servem até para o deslocamento aos balneários e etc... E tudo custeado pelos impostos que não se destinaram ou que poderiam se destinar em termos orçamentários ao item saúde pública.
Outro sistema que provoca indignação e que também se vincula ao tema é a Previdência Social, determinada no Art. 201 da Constituição Federal, que entre outras finalidades, prevê cobertura dos eventos de doenças, invalidez, morte, proteção à maternidade, especialmente à gestante, pensão por morte e etc...
Como se sabe, quando o cidadão tem vínculo laboral celetista, ele é compelido por força de lei a contribuir com parcela pecuniária de seu salário mensal, com o objetivo inclusive de lhe assegurar aposentadoria (Art. 202 da Constituição Federal), além de outros benefícios sociais.
Todavia, é natural que todo ano, varias vezes tomemos conhecimento aqui e alhures, de fraudes, de corrupção e dos mais indecentes atos lesivos ao patrimônio financeiro do beneficiário da Previdência, que no final, é o único a ser penalizado duplamente, pois não recebe o atendimento médico hospitalar para si e dependentes, correspondentes ao direito de ter cumprido religiosamente com sua obrigação de contribuir com se parco salário a um serviço de saúde, que no balanço derradeiro, ao invés de funcionar como medicina preventiva ou curativa, funciona como uma eutanásia, porém cheia de dor, a dor da desilusão, da indignação e da revolta de ter que continuar a contribuir.
E, mais uma vez recorrem-se aos famigerados passa tempos dos inquéritos, enquanto a opinião pública esquece os desvirtuamentos morais éticos e profissionais. E assim ninguém devolve o que amealhou indevidamente, ninguém responde nas barras dos tribunais e por isso não vai para a cadeia e desta maneira a bola de neve da irresponsabilidade e molecagem vai crescendo.
Como se pode ratificar, o diagnóstico é facílimo de ser concluído: O paciente, denominado Saúde Pública, depois de longa espera e várias tentativas em conseguir um leito nos mais diversos hospitais conveniados e até mesmo naqueles vinculados ao estado e ao município, está internado na UTI, sob os cuidados de profissionais “competentes” que vem lhe aplicando paliativos uns após outros, em decorrência das crises que sobre se abatem, por via oral, com prescrição nos receituários policiais e judiciários, mas a caligrafia dos “homens de branco” é de difícil inteligibilidade e o sofredor fica debilitado e já começou a entrar no estágio IV de coma, profundo e irreversível. Mesmo assim, está liberado as visitas, mas somente de entidades da Organização das Nações Unidas, UNICEF e daquelas que visam evitar a mortalidade infantil por carência alimentar.

Portanto, a Saúde Pública Brasileira, mais do que nunca está, urgentemente precisando de SOS.


Lúcio Reis   
                                                                              

A seguir mais uma matéria de minha lavra e que foi publicada no Jornal do Grêmio Literário e Recreativo Português, no qual participei na condição de associada da Agremiação:

Belém, Pa, em 19 de Outubro de 1993.

PASSANDO A LIMPO

A imprensa nacional mais uma vez foi obrigada a usar as manchetes de seus veículos de comunicação para noticiar um outro grave escândalo de corrupção envolvendo os homens públicos, que dão vida e fazem “funcionar” as instituições desta República.
A cada nova publicação desse quilate, o cidadão brasileiro e por conseguinte todos nós, prova e provamos o azedo sabor e a sensação incômoda de sentirmo-nos desprotegidos e como se fossemos uma pluma jogada no espaço, que sabe lá onde irá cair ou chegar.
Ainda nem estamos refeitos dos esquemas Collor-PC e comandita, que grande e significativa baixa provocaram nas reservas cambiais nacionais, bem como nas dotações orçamentárias de todos os ministérios e secretarias, levando o desemprego a muitos lares e por conseqüência muita fome, muito choro, dor e o que é pior a desesperança, somos brindados pela indecorosa e suja permuta de representantes do povo de uma para outra sigla partidária a peso de dollares, visando lançamento de candidato a sucessão do atual Mandatário Máximo da Nação Brasileira e também, ocupação de maior espaço nos horários gratuitos políticos, que invadem nossos lares, pois não temos opção de escolha de outro canal ou estação de radio, nos furtam momentos de laser e entretenimento, nos aborrecem com o nível medíocre de campanha, onde prevalecem as promessas vãs, as agressões de baixo nível e veracidade duvidosa e a nível pessoal, as fórmulas milagrosas e mentirosas que transformarão este País na maior e melhor Nação do planeta e nos transformarão nos cidadãos mais felizes do mundo.
Após o sai não sai da revisão constitucional, que ainda nem dispõe de todas as leis ordinárias necessárias ao seu pleno funcionamento, quando o Poder Judiciário foi acionado e por fim deu o sinal verde de largada, sem que antes tivéssemos presenciado, via televisão o degradante e vergonhoso comportamento de membros do Congresso, contribuindo sobremaneira a que cada vez mais a sociedade brasileira aumente o seu descrédito naqueles a quem foi confiada a sublime missão de legislar em prol de um povo e em fortalecer o estado de direito e revigorar mais e sempre a democracia; fomos outra vez presenteados com o seríssimo e gravíssimo escândalo envolvendo o orçamento da União.
O que se depreende, tal como nos contos de Sidney Sheldon, é que eles tem a capacidade de um novo escândalo suplantar o anterior,  como se aquele fosse um inofensivo conto de fadas. Ou seja: quando se pensa que toda a desgraça já foi realizada, vem uma outra de dimensões tais, que nos deixa atordoados, perplexos e atônitos.
Não faz muito tempo, nos foi dado a conhecer de que parcela considerável do Poder Legislativo, tanto senadores quanto deputados, tinham conseguido encaixar no orçamento federal verbas destinadas à fundações, muito delas com a denominação do próprio parlamentar, inclusive uma que se destinou a um clube (dançará) no interior do nosso vizinho Estado do Maranhão e, todos os beneficiados ao tentarem justificar sua conquista, declararam que tudo estava amparado em dispositivo legal. É bem verdade que há a proteção da lei, a qual foi votada e aprovada por eles mesmo, logo, foi legislação em causa própria em detrimento da maioria, o que torna o fato legal, porém cem por cento imoral.
Tanto isso é imoral e contrário ao bem comum e beneficio do povo como um todo, que hoje estamos sabendo quantos foram beneficiados através da corrupção e falta de seriedade no trato dos assuntos e das ações públicas. Se o assessor e ex funcionário do Congresso amealhou para si a fortuna que com ele foi encontrada, o que deduzir dos que detinham poder e função de chefia, a quem é reservado a palavra e assinatura final.
Esses são um dos muitos componentes das forças ocultas que não querem a ordem e o progresso desta Nação. A eles não interessa o declínio da inflação  e sim que a espiral inflacionária alcance os píncaros da estratosfera, arrasando a nossa economia e destruindo o poder aquisitivo de nosso salários, originando a recessão com desemprego, a estagnação, onde a inflação realimenta e municia inflação. Para eles quanto mais o governo inventar e criar mais impostos, melhor, pois este é a lenha e o combustível que acende o fogo da sonegação, uma vez que tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas de nossa economia já estão saturadas de sustentar má administração do erário, órgãos perdulários e irresponsavelmente dissipadores de impostos, contribuindo sempre e mais com o aumento do déficit público.
Obviamente que isso tudo sempre existiu, caso contrário não seriamos o Brasil que hoje somos e temos. A vantagem é que agora, pelo menos uma parcela desse lamaçal nos é dado a saber e assim, pouco a pouco e progressivamente o povo com sua força de Golias e Sansão vai conseguindo executar uma assepsia paulatinamente nesse tecido contaminado por germes e parasitas, criados ao longo desses anos por um sistema egoísta, corporativista, onde uma minoria se locupleta e beneficia do caos social, composto por uma miséria crônica onde pontuam a fome, a falta de educação, sistemas de saúde falido e na CTI, a falta de teto à maioria, e no qual a segurança pública anda lado a lado com a contravenção, com narcotráfico, deixando o cidadão entregue à sua própria sorte.
Por isso tudo, é o fato mais corriqueiro hoje em dia, as abrirmos os jornais pela manhã ou a noite ao ligarmos o televisor, o desfile de sucessivos informes tal como: o ministro aceitou suborno para liberar verba do FGTS em favor de empreiteira, o juiz autorizou saque fraudulento contra o INSS, o governo paga aluguel altíssimo a donos de silos que deixaram estragar e desviaram alimentos em depósitos, toneladas de gêneros alimentícios do estoque regulador do governo apodrecem e são enterrados.
O que mais espanta é que não se tem conhecimento de punições exemplares e assim campeia a impunidade, que encoraja outros tantos a simultaneamente continuarem a contribuir para o caos moral, político e social que se implantou no País.
Diante desse quadro horrível, tenebroso e hediondo, não podemos nos deixar abater totalmente, pois jamais devemos esquecer de lembrar e nunca lembrar de esquecer que o mais importante num país é o povo e, que este é que detém a força e portanto, está em suas mãos o leme que conduzirá o barco a um porto seguro, onde se plantando tudo dá e tudo pode ser colhido. Só depende de nós passarmos a limpo nosso querido Brasil.
Lúcio Reis.


Nota do autor: Decorridos 21 anos do fato que abaixo narro, vemos hoje o Papa Francisco optando e realizando exatamente o que inseri nas entre linhas de meu dialogo com o ocupante do veículo em questão. E aí? O Papa também é ou está louco?
Belém, Pa, em 07 de outubro de 1993.

MORDOMIA

Quando se pensa que os preceitos da Santa Inquisição desapareceram por completo da mente de pessoas que habitam entre nós, se engana e muito.
A afirmativa acima tem origem no seguinte fato: “trafegava pela Almit. Barroso dia 07/10, quando fiquei lado a lado com um carrão chapa em bronze com a inscrição 001 ARQUIDIOCESE no qual estava o condutor e um outro cidadão, que circunstancialmente tem relação com a igreja. Dirigi-lhes este comentário: “se aquela mordomia fosse trocada por alimentos, mataria a fome de muita criança faminta”. O carona respondeu-me que eu falava bobagem e que deveria vender a minha mordomia. Disse-lhe que a minha era fruto de meu trbalho, enquanto a dele era fruto do dinheiro dos fiéis. Ele arrematou gestilucando que eu era louco”.
Hoje em dia de tanto presenciar incoerências e a exploração da maioria por minorias, no geral as pessoas ficam anestesiadas, se calam, se acomodam e com isso passam a consentir pacificamente com a situação que aí está. Quando surge uma voz que se levanta nesse deserto, recebe o título de louco, tal como acontecia à época da Inquisição.
A incoerência está no fato de que nos sermões são feitas críticas e condenações a miséria, a fome, a situação do menor abandonado e todos os outros males que afligem o cristão e, nas campanhas da fraternidade e atividades outras, passam entre os fieis sacolas que lhes tira o miserável centavo que lhe resta, a fim de entre outros privilégios, custear um carrão tal qual aquele.
O pior é que de vez em quando se tem noticia de que as igrejasestão sendo dizimadas por falta de conservação. E, muito pior ainda é termos lido na Bíblia que Jesus foi inconteste exemplo de humildade e pobreza, a ponto de ter escolhido uma mangedoura como berço e, cuja mordomia foi trafegar no lombo de um burro e que, não era seu.
Galileu só não foi para a fogueira porque voltou atrás no que disse. Hoje, acredito tenha eu sido queimado vivo na fogueira que se formou na cabeça daquele cidadão, em função da verdade que lhe dirigir.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 24 de setembro de 1993.

BARBOSA

Todos tomamos conhecimento da grosseria e desconsideração com que o selecionado canarinho brindou o goleiro Barbosa, titular no jogo da seleção de 50, que perdeu o título para o Uruguai naquela copa.

A origem da desfeita era afastar os maus presságios e o fantasma daquele embate que prostrou o Maracanã e todo o Brasil.

O esquadrão de Parreira nessa fase eliminatória conseguiu classificação em função da fragilidade dos times que compunham seu grupo. Aos trancos e barrancos, no inicio, provocou raiva e insatisfação no torcedor brasileiro, que pediu insistentemente a saída do Parreira e a convocação do Romário. Logo, o que se conclui é que o mal para a seleção não era e não foi o Barbosa e sim o Parreira.

Quanto a onzena de 50 e outras, tem-se que registrar que naqueles tempos os atletas jogavam por amor a camisa, no coração e na cabeça a defesa das cores da Pátria, enquanto que hoje a contratação é feita através de critério político de cartolas e os atletas pensam mais no verde dos US$ e na premiação pecuniária do que em nosso Pavilhão.

Vem aí 94. As equipes serão outras e mais fortes. A continuar o presente estado psicológico, moral e político, será mais uma copa, na qual passaremos por passar, como já vem ocorrendo desde 74, a seguinte após o feito de 70.

Quanto ao Barbosa é bom que se diga: ele sozinho não era todo o time e assim só resta dizer: nada como uma copa atrás da outra.

O futuro espera pelo Sr Taffarel e pelo Sr Parreira. Aqui se faz, aqui se paga.

Lúcio Rei



Belém, Pa, em 16 de Setembro de 1993.

IPMF

        Era mais do que óbvio que o Poder Judiciário mandaria sustar a cobrança de mais esse imposto.

        Qualquer cidadão, independente de ser magistrado ou membro da mais alta Corte de Justiça deste País, que saiba ler e interpretar o que lê, sabe e sabia que esse UPMF é inconstitucional, pois a Carta Magna no Art. 150 inciso III letra "b" diz: "é vedado à União cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou!" portanto, qualquer imposto instituido em um exercício, só pode ser cobrado no exercício seguinte.
 
        Outro aspecto da inconstitucionalidade do imposto é a bitributação, vedada no Art. 154 inciso I. No caso do IPMF o assalariado que tenha seu salário alcançado pelo IRRF (imposto na fonte) e o recebe através da rede bancária, automaticamente está sofrendo uma boa tributação.

          Outro fato interessante desse imposto sôbre o cheque, é  sua característica de provisório, Bolas, se o Brasil padece de uma grave e crônica crise econômica, como que um imposto provisório iria solucionar de vez esse problema? Os compulsórios resolveram?

          Mais um ponto interessante é digno de observação. Ele terminaria sua validade logo após as eleições de 94. Aliado a isso, a primeira semana de arrecadação foi logo destinada a famosa industria da seca no nordeste, a qual sabemos tem enriquecido muitos e muitos políticos.

           Diante do caso PC-Collor, que colocou de molho as barbas daqueles que através do caixa 2 alimentavam as campanhas eleitorais, fica-se com a desconfiança de que o descumprimento da CF pelos nossos parlamentares, aprovando materia inconstitucional, tenha objetivo inconfessável.

           É por uma dessa, que se pode até entender a atitude do lider sindical, que defende o saque a supermercados e depósitos de alimentos, sob a organização do sindicato por ele administrado.

           O bom exemplo é que deve ser copiado. Mas, os maus exemplos cometidos por autoridades constituidas, induz o menos avisado a segui-los.
             
Lúcio Reis.

Nota do autor: Da mesma maneira como publicamos a reclamação, publicamos a solução:




Belém, Pa, em 06 de setembro de 1993.

CELPA

Quarta feira, dia 25.08 p.p esse conceituado Jornal deu guarida a nossa reclamação envolvendo consumo de energia elétrica, referente a Fatura 93/05, a qual circunstancialmente entendíamos ter havido equivoco na marcação e por conseguinte superfaturamento.
Dia 01 de setembro, recebemos em nosso apto a presença da CELPA através do educado, sério e atencioso funcionários Sr Antonio C.P. Barbosa, que refez as verificações técnicas necessárias, concordou em que estávamos com a razão e assim, o problema foi resolvido satisfatoriamente.
Diante desse feito, por uma questão de justiça e coerência, mais um vez vimos a esse Jornal, solicitando seu beneplácito, tornando público nosso espontâneo agradecimento, sublinhando que será com atitudes dessa natureza que qualquer irganismo público se tornará merecedor de crédito e da confiança de seu usuários e consumidores.
Afinal a ordem é que o ´rgão existe em função do cidadão e não, vice- versa.
Muito obrigado e congratulações.

Lúcio Reis.


Belém, Pa, em 27 de agosto de 1993.

HAXIMU THERI

O Sr José Sarney, em sua crônica semanal de 27.08, no Jornal O Liberal, com o título “O Mistério de Haximu Theri”, abordando entendimentos, certezas e incertezas que envolvem o possível massacre e carnificina de que teriam sido vitimas 73 ianomamis, comentando ainda, sobre as dimensões da Amazônia.
Em determinado trecho ele cita a exploração política dos pobres índios; em outro ele conclama o governo brasileiro, afirmando que tudo tem que ser feito a que o mistério – massacre dos índios ou a farsa – seja desvendado; intimando, que qualquer que seja a conclusão que os culpados sejam punidos; convoca representantes da ONU, do Conselho Mundial dos Direitos Humanos, que seja pedido colaboração a quem puder colaborar e declarar perante o mundo a verdade; não aceita a cruel hipótese ou infâmia, como ele adjetiva o genocídio dos silvícolas. Após essas colocações, ele rechaça, em nome da nossa soberania, qualquer ingerência externa, mesmo de um organismo mundial supranacional.
Ao terminarmos a leitura da matéria do ex-presidente, pinça-se das entre linhas da mesma, que à época do seu governo, este País desfrutou e viveu um “mar de rosas” um verdadeiro “paraíso”, onde tudo decorreu as mil maravilhas. Nesse período não houve corrupção, não houve inflação, a miséria absoluta foi erradicada, o salário mínimo alcançou US$100, não houve a política do “é dando que se recebe”, todos os deslizes e infrações foram punidos com o rigor da lei, em fim, é como se estivéssemos em outro Brasil.
Diante de mais uma demagogia dessa natureza, solidifica-se ainda mais a ideia que se tem do político brasileiro e, cada vez mais concordamos com aqueles que dizem: “política é assunto muito sério para ser tratado por político, principalmente pelo brasileiro”.

Lúcio Reis.
A matéria abaixo foi uma entre outras colaborações de minha lavra para edições de um jornal que circulava entre os associados do Grêmio Literário e Recreativo Português, ao qual pertenço ao quadro social e já estive diretor por um mandato de 03 anos, como segundo e primeiro secretário e posterioemente fui asessor por 04 anos da Diretoria, atendendo o convite inicial do ex presidente José Pereira Maques.  

Belém, Pa, em 23 de agosto de 1993.

         BELÉM

 A Metrópole da Amazônia é, sem dúvida nenhuma no momento, a melhor cidade brasileira ou, está entre as melhores, onde se desfruta um satisfatório e gostoso viver, no que se refere as adversidades climáticas.

Conhecida também como “Cidade Morena” ou “Cidade das Mangueiras”, em função dos extensos túneis constituídos pelas copas superpostas das seculares e frondosas árvores, tal como se via em várias artérias, a exemplo das Av. Magalhães Barata, Nazaré e Generalíssimo Deodoro dentre outras tantas, ela, todavia, corre o sério risco de perder esses carinhosos títulos, tendo em vista a maléfica ação de um órgão municipal, que chancelou essa ação com o eufemismo de “podagem”.

Segundo os técnicos do ´rgão, em declarações à nossa imprensa local, a poda recém realizada, teve como objetivo salvar as nossas mangueiras, castanheiras e benjaminzeiros da ação parasitária de ervas daninhas, que abundam nos ramos e galhos daqueles vegetais, sugando-lhes a seiva (o sangue do vegetal), levando-os por consequência ao óbito e por fim tombando sobre a rede elétrica, a linha telefônica, veículos e até mesmo sobre um distraído transeunte, que pode muito bem pertencer a família do Grêmio Português.

O interessante nisso tudo, é que o organismo da Prefeitura a quem está afeto o problema, denominado Departamento de Paisagismo da Secretaria Municipal de Urbanismo (SEURB), cuja diretora é nada mais, nada menos de que uma Rosa, a Sra Rosa Gayoso, informa que mais de 90% das árvores de Belém estão comprometidas pela erva de passarinho.

De o Departamento tem conhecimento desse altio índice, por que deixou que a situação aí chegasse? Por que não tomou medidas preventivas? Já que uma de suas principais funções e atribuições é o paisagismo de Belém, o qual necessariamente tem que conter e espelhar as mangueiras?

O que se tem visto, lamentavelmente, é que o órgão copiou aquele veterinário, que para salvar o boi de um impertinente carrapato, ao invés de extrair o parasita, resolveu retirar todo o sangue da rês, para que não houvesse mais sangue a ser sugado, logo, matando o animal parasitado.

Ao contrário de ter tomado providencias preventivas, com o fito de não deixar a erva danina se desenvolver, a SEURB optou em meter a moto serra nas mangueiras, desfigu8rando nossa Cidade, contribuindo para aumentar o calor, provocar maior evaporação e por via de conseqüência queda de maior índice pluviométrico, além de deixar a pista asfáltica em maior tempo exposta ao sol, que a faz amolecer e com isso reduzir sua vida útil diante da ação implacável do intenso trânsito e originando, portanto, mais gastos aos cofres públicos e exigindo do cidadão mais recolhimento de impostos, dificultando sempre as nossas vidas.

Infelizmente essa é a tônica e a característica das ações administrativas em nossos ´[órgãos públicos. É óbvio toda regra tem exceção.

O prezado associado, poderia se interrogar, o que temos haver com isso? Eu respondo: tudo! Pois somos munícipes de Belém, e com a característica de adoradores da natureza, afinal somos sócios do Grêmio, Agremiação onde nos inteiramos e integramos a natureza pura e saudável e, assim, mesmo que não tenhamos nos dado conta sabemos perfeitamente que sem verde e portanto sem oxigênio não há vida. E quem nos dá de graça o oxigênio? As árvores os vegetais, através da fotossíntese.

Lúcio Reis.


Nota do autor: Como pode ser constatado, sempre que meu direito foi ferido, esperneie e por ele expugnei como há mais de 20 anos e ainda hoje, expugno pelo direito de todos nós. Consigo algo? Não sei! Mas sei que exerço minha cidadania e não peco pela omissão.

                Belém, Pa, em 23 de agosto de 1993.

             CELPA

          Um pequeno imóvel de apenas duas dependências, guarnecido por um frigobar, um ventilador, duas lâmpadas fluorescentes de 20 e duas lâmpadas incandescentes de 40, apresenta segundo a CELPA, em maio de 1993, logo consumo de abril, um faturamento de 459 KWH.

            Ao recebermos a conta verificamos que algo não estava legal. Reclamamos através do fone 120 e nosso pleito recebeu o nº 14825. Um mês depois, em 15.06.93, compareceu o fiscal Cândido Everaldo mat. 03348/0 e, emitiu o Laudo de Fiscalização Conta nº 000.39.04.06400, que se encontra em nome de Luiz Paulo, proprietário do imóvel. Decorridos mais de 120 dias desde a minha reclamação inicial, hoje dia 23/08 o funcionário do setor, que atende pelo ramal telefônico 1270, de nome Edilson, informa-me que meu processo foi arquivado. Isto depois de várias vezes eu ter tentado obter uma resposta por intermédio da funcionária Sueli, do mesmo setor.

             O interessante é que o faturamento de junho, julho e agosto, é respectivamente: 37, 33 e 34 KWH, o que vem ratificar que aqueles 459 KWH não estão corretos, bem como confirma o que o fiscal comentou, ou seja: de que poderia ter havido falha humana na marcação.

              Diante dessa situação, perguntamos: “Como é que fica a situação do consumidor, que pretende ter suas contas em dia e até mesmo colaborar com a campanha da CELPA e, não se tornar inadimplente, pois até o Reaviso de Débito já foi emitido e, logicamente com os devidos acréscimos. Com a palavra nossa querida Centrais Elétricas.

          Lúcio Reis.

         Nota do autor: A matéria abaixo também foi escrita há mais de duas décadas e, sinceramente não recordo o nome da banda mas, pela qualidade de seu repertório, possivelmente deva apenas existir alguma lembrança sobre a existência da mesma, na mente daqueles que a compunham.

Belém, Pa, em 20 de julho de 1993.

SHOW

A Prefeitura Municipal de Belém, patrocinou sábado dia 17 na Praia do Farol em Mosqueiro, no horário noturno, ao ar livre um show musical no qual vários conjuntos se apresentaram.

O primeiro, um conjunto de rock, depois de haver tocado várias musicas, em determinado momento, no intervalo de uma para outra, iniciou o seguinte diálogo com o público: “o conjunto iria tocar uma composição, mas gostaria que na assistência não estivesse uma determinada pessoa, que lá esteve no ano passado e que lhes criou problema”.

Em seguida foi dado uma introdução musical e o vocalista iniciou a interpretação com a seguinte frase: “Eu chuparia a sua..........”. Prosseguindo levou até o fim uma composição de qualidade e valor duvidoso, no que se refere a arte e a cultura musical.

O objetivo da presente, já que eu me encontrava no local, que é público e o mais social possível e por ignorar a “qualidade” musical do conjunto, pois lá não estive ano passado, é lembrar aquele jovem vocalista, que se espelha no Renato Russo, portanto, nem personalidade artística própria tem, e ao conjunto de um modo geral, que apesar de que a nossa Constituição não prevê a censura, todavia, ela não aboliu de nossa sociedade a moral, a ética e os bons costumes e que, se estivessem com total controle de suas razões, facilmente teriam percebido que no local muitas crianças com idade variando entre 5 a 12 anos se faziam acompanhar de seus pais e que aquela frase, não encontra psicologicamente falando explicação plausível e convincente, à pergunta de uma criança.

É óbvio que não somos nenhum puritano ou falso moralista, mas é evidente também, que o bom senso tem de prevalecer, principalmente quanto nossas autoridades municipais, quando forem contratar com o dinheiro do erário, para uma tividade pública e livre, “artistas” de qualidade duvidosa, mesmo que não seja prata da casa.

Sabemos que a musica é a linguagem universal mas, sabemos ainda, como dia o Velho Guerreiro, quem não se comunica se estrumbica,

Lúcio Reis.
Belém, Pa, em 11 de agosto de 1993.

HPSM
            
             Coitado daquele cidadão que necessitar de socorro a ser prestado        pelo      Pronto Socorro Municipal de Belém. Estará entregue à própria sina.
              Assim como toda Belém, vimos acompanhando as tricas e futricas que se abateram sobre aquele Hospsital e, chegamos a conclusão que o caos ali implantado, além da baixa remuneração dos profissionais de saúde e, as más condições de trabalho, fatos devida e exaustivamente tornados públicos, mais dois itens foram acrescidos ao problema pelo gestor municipal de Belém:
               - O 1º foi quando o prefeiro teve a infeliz idéia de comparar os médicos ao sal, dizendo serem ambos branquinhos, encontrados em abundância e custo barato. Taí! Até hoje o sal que salva vidas usando o bisturi, ainda não abundou no HPSM.
                - O 2º foi quando ele escolheu para dirigir a secretaria municipal de saúde, o seu atual titular, que como todos sabemos foi rejeitado através das urnas pela sociedade belemense para uma segunda legislatura na câmara muncipal, logo, para o desempenho de uma atividade pública. Pois lembramos perfeitamente de seu slogan a quando pleiteava seu primeiro mandato: “sou cidadão, exijo respeito”.
                  Pois bem! O povo lhe deu essa oportunidade e o que ele fez? Já que não fez nada, pois o povo lhe repudiou, que tal agora, colocar em prática na secretaria municipal de saúde, seu slogan e lembrar que aqueles que procuram o pronto socorro são cidadãos e como tal merecem de direito respeito e tratamento digno. Portanto, solucione o problema.
         Lúcio Reis.
                                                                                                             


Belém, Pa, em 01 de Julho de 1993.


TRÂNSITO


O julgamento de Waldeci Freitas em 30.07, um, dentre tantos outros assassinos no trânsito, aqui em Belém, teve repercussão inusitada, em função de que foi o primeiro juri dessa natureza.

De principio, sente-se uma aversão pelos advogados de defesa em patrocinarem uma causa de tamanha irracionalidade, estupidez, crueldade e irresponsavel violência, pois ficamos imaginando que, no lugar das indefesas vitimas poderia esta um ser humano com o mesmo sangue daqueles causídicos ou de qualquer um de nós.

Tomando conhecimento da tese de defesa e vitoriosa do advogado Epitácio Santana, temos que lhe conceder os louros pela sua inteligência, primeiro por se referir a um ex legislador constituinte, presente no Tribunal e segundo, ao colocar o Ministério Público Estadual no banco dos réus, conforme reportagem nesse Matutino - O Liberal - de 01 do corrente, lembrando casos passados que ficaram na vala comum da impunidade.

Relembrando o proverbio que diz: "A Justiça Divina, tarda mas não falha". Que tal o MPE tomar a sí o "ditado popular" e desarquivar tanto o processo do Sr Aelmo, quanto daquele cidadão que há tempos dirigindo um veículo Brasilia, na mesma Augusto Montenegro, ceifou a vida de um jovem casal, que no canteiro central, aguardava para atravessar a pista. Hoje aquele motorista, como o tio das vitimas já esteve, está em Brasilia com um mandato de Deputado Federal, votando leis que influenciarão no destino de um cidadão.

A pena infligida ao Sr Waldeci é branda demais. Depois de cumpri-la, fatalmente ele colocará as mãos num volante e poderá, quem sabe, se não aprender a lição, cometer outros homicídios em grau até pior. Quanto ao homem público, principalmente o legislador, é bom não esquecer que lá em cima Ele cochila mas, não dorme!

Lúcio Reis
Nota do autor: A matéria abaixo foi escrita há 21 anos e, mesmo a despeito de retratar um comportamento estranho e que, em nada contribui para o melhor à sociedade, em nada muda as paupérrimas cabeças que tem a sua frente uma massa desnorteada, olhando-as de baixo para cima, endeusando-as, mesmo sendo simples e fracos mortais, como foi também o caso do cidadão na matéria referido. 


Belém, Pa, em 18 de junho de 1993.

REI DO POP

A edição do Jornal O Liberal do dia 17 do corrente, na coluna “EM DIA”, no tópico com o título Estrela, relata as exigências do ser humano Sr Miachel Jackson, que virá ao Brasil dentre em breve.

Além de água mineral para o banho – pessoas morrem de sede – o cantor diz que chegará aqui com o rosto tapado, para evitar contatos com micróbios.

É! Enquanto nós não nos dermos respeito e fazermos valer nossa dignidade como povo e como gente, estaremos sujeitos ao escárnio e ao menoscabo de um cidadão que não difere de nós em nada, pois o mesmo é também da espécie “Homo sapiens” e como tal é constituído de Carbono, Hidrogênio, Oxigênio e Nitrogênio (CHON) matéria prima  de uma célula humana.

Dizer que aqui pululam os micróbios é verdade, como também eles estão em qualquer atmosfera e ambiente do mundo. O problema é que a fama, muitas das vezes ou quase sempre, faz uma mente humana se locomover ou com o apoio de begala ou em cadeira de rodas, isso quando não fica alijada totalmente.

Ter fama, ter dinheiro, faz o ser humano diferente em relação aos bens materiais e mundanos, ou seja no ter, mas na essência ele continua igual a todos, ou seja no ser.

Portanto, na vida o que vale mesmo é ser e não ter, pois muitas vezes o ter muito, faz o ser ficar mais pobre, ridículo e estúpido. A humildade é a igualdade com amor é a riqueza que tem valor.

Lúcio Reis


Belém, Pa, em 14 de junho de 1993.

SONEGAÇÃO FISCAL

Pela enésima vez nossas autoridades, desta feita pela voz do Sr Osires Lopes, Secretário da Receita Federal, declara de público que fará valer as Leis que mandam prender os sonegadores.

Ainda pela enésima vez nossas autoridades provocam a descrença da sociedade em relação as suas atuações, originando ou fortalecendo o descrédito no seu papel de defender os interesses comuns do povo, principalmente no que ele tem de mais sensível, o bolso.

A Receita declara que tem em mãos uma relação de 900 sonegadores ou supostos sonegadores. Ora bolas! Os Srs. PC Farias, o Comandante Bandeira, o Sr Claudio Vieira, dentre tantos outros, são sonegadores processualmente confirmados, porquê então, até agora, nem administrativamente foram presos? Porquê “seus bens” ainda estão em poder delles? Como o Sr PC conseguiu abrir outra Empresa?

Diante desses incontestes fatos, é que cresce a incredulidade do povo em relação as declarações e ações de nossas autoridades, que passam ao povo que no linguajar deles, não significa sim e vice versa.

Se a Receita conseguir enfiar na cadeia pelo menos o pessoal do caso PC/Collor, essa relação de 900 que ela tem, cai expontaneamente pelo menos à metade, pois não existe bem melhor do que a liberdade física e psicológica, pois como se sabe, a crise moral, os corruptos e sonegadores, estão tentando resolver no divã dos pscicanalistas.

Já é tempo de criarmos vergonha e nos tornarmos sérios e responsáveis, caso contrário depois poderá ser muito pior.

Lúcio Reis














Belém,Pa, em 03 de maio de 1993.

CONJUNTOS

A jornalista Ana Diniz em sua coluna no Jornal O Liberal no dia 3 de maio de 93, com o título “A água de conjunto”, tece comentários sobre os mais variados problemas que infernizam a vida daqueles que residem nos conjuntos habitacionais.

A denuncia conclama as nossas autoridades públicas à solução dos problemas. Nem a propósito na mesma edição do Jornal da Amazonia, encontramos as respostas do porquê essas questões não são solucionadas, como por exemplo: Na coluna Zing há a transcrição de uma carta do Sr José Maria O Garcia questionando o papel dos TCs; O editorial do Jornal com o título “Nessa augusra Câmara” é outra resposta que bem vem a calhar e, por fim na página 9 encontramos a matéria: “Fantasma” reside no Rio de Janeiro”.

Os fatos acima registrados são os mais fresquinhos, pois de há muito nossos órgãos públicos vem ocupando espaço na imprensa e sempre – na maioria – com noticias de corrupção – lembram dos diplomas falsos? – e etc...

A solução para alguns daqueles problemas deve ser encontrada e tomada pela própria comunidade, enquanto para os nossos representantes a saída só depende de nós: “basta lhes darmos um ponta-pé nos seus traseiros, com um cartão (voto) vermelho no próximo pleito. Aí, um dia eles vão aprender que os beneficiários dos impostos, obrigatoriamente terá de ser o povo.

Lúcio Reis












Belém, Pa, em 09 de fevereiro de 1993.

BRASIL x PORTUGAL

Os Escalões Diplomaticos desses dois Países, vêm ultimamente discutindo e revendo posições quanto a entrada de brasileiros em Portugal e a de portugueses aqui, tendo em vista que lá, há pouco tempo mais de 11 irmãos nossos foram barrados.

Sem entrar no mérito moral de cada um daqueles brasileiros que lá estiveram e não passaram do aeroporto e, nem tampouco concordando com os maus tratos, um fato é inconteste: “nós passamos a colher lá fora, o que aqui plantamos, não somos um povo sério”.

Há muito que o Brasil passa para o exterior, a imagem real de que somos indolentes; que gostamos de levar vantagem em tôdas; que somos os campeões de corrupção ativa e passiva; que gostamos de trabalhar pouco mas, gostamos de ganhar muito; que gostamos de enriquecer com o dinheiro da miséria e da fome dos outros (dinheiro público); e que aqui é que moram os PC, os Wilson Escossia, os Nestor, os Jorge Bandeira e tantos outros, todos PHD em passar a perna nos outros, roubar e corromper, além de outras “virtudes” mais.

Não devemos olvidar ainda, que de vez em quando, caravanas de brasileiros, principalmente de Governador Valadares, são repatriados, após serem detidas tentando entrar clandestinamente em outras terras.

É bem verdade que em outros países existe a falta de seriedade mas, é verdade também, que na maioria deles a justiça funciona e mete na cadeia seja lá quem for, que é apanhado em infração.

Por fim, não devemos esquecer que 92 foi um ano em que exportamos por excelência, noticias de tudo aquilo que vai de encontro aos mínimos princípios éticos e morais, cujos autores foram desde o Mandatário Máximo da Nação até ao mais simples cidadão. Logo, como exigir tratamento de respeito e de fidalguia, se não nos respeitamos e não fazemos por merecê-los? É só querer enxergar.

Lúcio Reis.













Belém, Pa, em 08 de janeiro de 1993.


DELITO


Todo cidadão ou cidadã brasileiro, tem direito de cometer um delito, quer seja um homicídio, um latrocídio, um furto, um roubo e etc... sem que, sobre o mesmo recaia os rigores punitivos das leis.


Essa afirmativa se explica pelo fato da existência de lei que privilegia o réu primário – Lei Fleury -, que concede sursis, que reduz pena, em fim, ao infrator é concedido um leque de beneplácitos, os quais terminam por estimular o crime, que muitas das vezes, mesmo com requinte de brutal crueldade a pena se torna proporcionalmente nula.


A situação pró réu, fica muito mais branda e leve, quando o mesmo dispõe de poder econômico – financeiro. O exemplo mais recente desse fato, é o da quadrilha que tomou de assalto o Planalto, alguns de seus Ministérios e demais órgãos. Até agora ninguém está na cadeia, teve seu patrimonio confiscado e até pelo contrário: um dos principais chefões da gang, gasta hoje na Espanha, em diária hoteleira US$2.000.


Em função de toda essa condescendência, é que o Brasil foi tomado de indignação e revolta, diante do bárbaro crime que vitimou a jovem atriz Daniela Perez, pois os autores do hediondo e animalesco homicídio e seus advogados sabem que logo, logo, um Habeas Corpus os colocará em liberdade.


Outro exemplo dessa facilidade de nossas leis, foi o recente seqüestro em Belo Horizonte, onde dois bandidos levaram uma criança de apenas cinco anos de idade, esquartejaram e incineraram seu frágil corpinho e o enterraram no quintal da casa que servia de cativeiro.


Diante dessa estarrecedora cena da atualidade, creio que já é chegada a hora de nossos legisladores ou nosso governo, criarem novas leis, mais severas e que revoguem as atuais que só beneficiam o bandido e deixam os familiares da vitima ao sabor das ondas e, para os criminosos que no ato do delito representam o Estado, que este incontinente indenize esposas e filhos das vitimas de seu representantes.


Lúcio Reis


Nota do autor: Como constatamos diariamente, mesmo a despeito do tempo passar e os casos se reiterarem, o cidadão permanece tendo seus direitos atropelados pelos agentes do estado e, não há autoridade capaz de reverter essas condenáveis ações.

















Belém, Pa, em 21 de setembro de 1992.


            AUTORIDADE


            O Capitulo I: Direitos e Deveres Individuais e Coletivos da Constituição Federal, em seu Art. 5º - LXIV diz: “O preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial.
           
           Em sendo um direito do prêso, obviamente passa a ser um dever, uma obrigação da autoridade policial.


            Pois é exatamente essa obrigação ou esse dever constitucional que não vimos cumprido no problema que envolveu um Tenente da PM e um Piloto da Aviação Civil, às proximidades do Colégio Santa Rosa, conforme noticiado por esse Matutino, O Liberal.


            Domingo dia 21, O Liberal, publica a versão do Militar, onde ele confirma parcialmente a versão do aeronauta e, no que se refere a sua identificação ele explica e justifica que pelo fato de estar fardado e ter descido de uma viatura policial, já estava devidamente identificado e até mesmo por possuir em sua farda seu nome de guerra.


            Pelo que sabemos, o documento que identifica um cidadão é a Carteira de Identidade e não, fardamento e equipamento. Tanto isso é verdade, que estamos cansados de ver e ler nos noticiários que sistematicamente é encontrado com as quadrilhas de traficantes, fardamento, armas e explosivos privativos das Forças Armadas, em como, não faz muito tempo, havia um meliante que assaltava com um carro chapa oficial. Isso tudo sem contar com falsos policiais que possuem inclusive a carteira de identidade funcional.


            Quero deixar evidenciado que não entro no mérito da questão em relação quem está ou não com a razão, pois lá não estava. Meu objetivo é simplesmente alertar para o direito e a obrigação do cidadão a paisana e cidadão fardado e a autoridades policial.


            Pois antes de maisa nada, não devemos esquecer que o direito de um termina onde começa o do outro. E, ninguém até prova em contrário é culpado e suspeito não é bandido por antecipação.


            Lúcio Reis
Nota do autor: apesar de decorridos 22 anos, pode-se afirmar que praticamente nada melhorou em relação ao trato de cordialidade e gestos de boa educação e urbanidade do trabalhador que lida com atividade de ponta e portanto, bem próximo ao cidadão. Lógico que, também é necessário que se registre que também o usuário em muitos casos avança do limite do respeito para com os que lhes prestam serviços públicos.




Belém, Pa, em 24 de agosto de 1992.

             
ABUSO

             
Domingo dia 23.08, entre 11:30 para 12:00 h, o ônibus da Linha Jurunas Marambaia Chapa TF-0192, trafegando de São Braz para a Marambaia, à altura da Trav Estrela foi apanhado por uma senhora e suas três filhas, que pela Biblia que conduziam tinham saído de um Templo e, por conseguinte protegidas por Jesus.

            Uma das jovens cometeu a responsabilidade de mostrar sua carteira de ½ passagem a que o cobrador fizesse as devidas anotações. Isso foi o suficiente para provocar a fúria, a insânia, a irresponsabilidade e os impropérios daquele rodoviário que o tratamento mais ameno dirigido à jovem foi “filha da ....”

            Não bastasse essa “tara”, o coletivo ao chegar no Mercado da Marambaia foi estacionado, tendo o motorista e seu cobrador descido para fazer um lanche, onde se fartaram de banana, enquanto os passageiros, sob intenso calor aguardassem a boa ou má vontade dos dois delinquentes trabalhistas.

            O abuso acima tem o objetivo de alertar a direção da Empresa Esperança, a fim de que tome as providencias cabíveis, bem como o Sindicato da Categoria que jsutifica à sociedade belemense que as paradas são “queimadas” em função do pouco tempo disponível a cumprir o itinerário. Esperamos por outro lado que a CTBEL coíba que esses maus profissionais que pela aparência ou estavam em estado etílico ou drogados, tenham sob suas mãos o destino e a vida de inocentes, de donas de casa, em fim do povo que paga, pois necessita do bem público, o transporte coletivo.

            Lúcio Reis


Belém, Pa, em 20 de julho de 1992.


            MOSQUEIRO


            Em relação ao primeiro tópico do título GENTE da Coluna do Sr Luiz Paulo Freitas – ZING -, de segunda feira, dia 20, gostaria a t´tiulo de exemplo relatar e reclamar sobre o seguinte fato:

           - “Sábado dia 18.07, como em outros dias podemos efetivamente constatar a presença da Guarda Municipal, desfilando no Mosqueiro. Todavia, quero crer que esqueceram de instruí-los de que não foram para lá veranear, bem como que a poluição sonora, além de outros códigos, agride o Código de Posturas, principalmente após as 22:00 h.”


            Refiro-me a presença de dois carros de som (trio elétrico), pertencentes a um deputado estadual e outro a um vereador – ambos obrigatoriamente conhecedores dos ditames legais, aos quais estavam infringindo – na Praça da Matriz, jogando nos ouvidos da multidão que ali estava toneladas de megawats de som.


            Obviamente que a maioria, inclusive eu, gosta de ouvir música e principalmente o pessoal jovem. O problema é que na disputa para ver quem consegue abafar o som do outro, chegou-se a uma situação de caos sonoro, pois ninguém podia entender o som baiano do som house, e aí, aquela guerra passou a ofender, principalmente os tímpanos das crianças, muitos recém nascidos. Ou será que os donos desses sons não sabem que as famílias levam suas crianças à praça? Será que eles não notaram a presença de um parque infantil naquele logradouro?. Onde está a sensibilidade do homem público? Ou será que isso não interessa, criança não vota!


            Por uma questão de justiça é bom que se diga que o primeiro carro a chegar, foi o do deputado.


            A balburdia sonora perdurou por longas horas, afugentando da Parça as famílias e, nem a Guarda Municipal e nem mesmo a Policia Civil, cujo Posto fica naquela área, se manifestaram para coibir o abuso.


O direito de um, termina, onde começa o do outro. Féruas com música é bem melhor.
 
Lúcio Reis


Belém, Pa, em 08 de junho de 1992.



ENSINO


            O ensino nosso de cada dia, outra vez sofreu um horrível revés, com o resultado do concurso para Juiz Substituto do TJE, publicado no Jornal O Liberal de 08.06 logo desta data, onde de quase 400 candidatos, apenas 29 lograram êxito, com média máxima de 6,3 e mínima 5,0, o que vem a refletir a distancia em que ficaram da nota máxima e o grau de reprovação atingindo mais de 92%.


            Resultado dessa natureza é o espelho real do ensino em nosso País, que anualmente, no atacado, joga no mercado de trabalho corpos discentes, que no cumprimento de seus programas educacionais, compulsoriamente e até mesmo em pleito por um melhor ensino, convivem com greves, ora de professores por melhores salários, ora de funcionários por melhores condições de labor, sem contar com os protestos por meia passagem em coletivos, protestos políticos partidários e as vezes a tudo isso, greve dos transportes coletivos se adicionam, complicando ainda mais o caos instalado.


            Em relação ao concurso abordado, as conseqüências ficam somente nesse estágio. Todavia, quando estendemos esse grau de diferenciação para outras áreas do ensino, aquelas que se relacionam diretamente com a vida humana, tal como: medicina, odontologia, farmácia e até mesmo engenharia, aí mesmo é que crescem as preocupações quanto ao resultado da ação “profissional” desses recém formandos de nossas Universidades, pois dentro de uma sala de cirúrgia, só Deus é estemunha do que ocorre.




            Lúcio Reis







Belém, Pa, em 04 de junho de 1992.


FICÇÃO


O Reporter 70 (Jornal O Liberal) na edição desse Matutino de 03.06. p.p., publica matéria com o título “CATÁSTROFES”, na qual reporta uma projeção de cidades ameaçadas, inclusive Belém, no século XXI, caso não mudem os atuais padrões mundiais de consumo, em relação à degradação ambiental.


Como o 3º mundo o continuará sendo, ainda, por mais uns dois séculos e, nesse período permanecerá produzindo para o 1º mundo, acredito que, para as grandes potencias aquelas perpspectivas não se concretizarão com sabor de apocalipse.


Quando em 2100 ano em que a Terra estiver mais quente em 4,2º, segundo aquelas previsões, os povos dos países mais ricos, já terão deixado de investir maciçamente em material bélico nuclear e já estarão em condições de se mudarem e se fixarem na Lua, pois até lá, os programas das viagens espaciais, inclusive dos ônibus “charllenegr” ou ‘discovery” e etc...já estarão em estado avançadíssimo e terão se tornado, para eles, uma rotina diária.


Até o Japão, por exemplo, já deverá ter usado todos os seus superávits anuais de bilhões de US$ e sua tecnologia de ponta, na construção de cidades submersas, protegidas por abobadas de vidro e assim, terão bastante espaço marinho para construírem e se mudarem daqui, se livrando do efeito estufa, das conseqüências do furo na camada de ozônio, em fim das catástrofes programadas pela insensatez.


Como até hoje somos nós quem pagamos seus gastos, na qualidade de celeiro e pulmão da humanidade, quem sabe até lá, ainda não sejamos nós, quem pagaremos a conta dessa, hoje ficção cientifica? Quem sabe o pessoal da Eco-92, ache uma saída para nós pobres e sem recursos?


Lúcio Reis





Belém, Pa, em 22 de maio de 1992.

HOYOS


Envolvido, por ser brasileiro, em um crime na Suiça, esse nosso compatriota amarga uma condenação, tendo sido colocado em condições de igualdade com declarados e reconhecidos bandidos de lá.
O crime pelo que se sabe foi um assalto a banco daquele País, o qual todos nós sabemos tem como característica primordial abrigar depósito em US$ em contas secretas, muitas delas pertencentes a brasileiros, inclusive um ex presidente e, cuja origem do dinheiro ninguém sabe.
Se Sebastião Hoyos tivesse como origem outro País, talvez sua situação hoje fosse diferente. Porém, é filho de um País, reconhecido mundialmente por ter apresentado um time comandado por um Capitão Carlos Alberto, que contava com o gênio de um Rei Pele, que fazia tabelinha com Tostão e era ajudado por Rivelino e queria sempre levar vantagem em todas as jogadas, pois o canhotinha de ouro Gerson estava lá também.
Hoje o nosso Brasil se apresenta ao mundo, por possuir um time que só faz tabelas com milhões de US$, continua e mais do nunca, levando vantagem em todas as jogadas, mesmo sem um Gerson e, esse time formar sem perder uma partida há algum tempo, com: Farias (PC) – Magri – Malta – A. Guerra – Collor – Nestor (Juiz) – Margarida – Norberto – Egberto – Leoni (PP) e Escosia.
Por tanto filho de peixe, peixinho é. Filho de um País de corrupção, corrupto é. Infelizmente.
Lúcio Reis


A matéria abaixo foi a treplica em função da réplica da Companhia Telefônica.

Belém, Pa, em 25 de maio de 1992.

         TELEPARÁ

Li com atenção a resposta do Sr Gerente Ernani Marinho Ferreira, na edição de domingo p.p., em referência as minhas colocações aqui expostas.

É necessário que se registre a atenção e delicadeza dispensada, de pelo menos os usuários acionistas merecerem uma consideração aos seus reclamos, fato diferente de muitas outras empresas daqui.

Todavia, Sr Ernani, sem o objetivo de polemizar, a prática diz e comprova, com raras exceções, que o prazo de até 72 h, dificilmente é obedecido por V. Sas. O normal é sempre além, o que vem causar prejuízos tanto para a Empresa, quanto para o usuário.

Em minhas considerações referi-me aos casos de usuários que pagam suas contas, eles mesmo levam-na quitada em uma de suas lojas e amargam a espera de mais de 72 h para terem suas linhas reativadas.

Como não é sempre que há 20 mil contas a serem desativadas ou reativadas, conclui-se que a teoria difere da prática.

Todavia, muito obrigado pela atenção e creia que ambos estamos defendendo interesses comuns, eu do pessoal do lado de cá do balcão e V. Sa. do pessoal do lado de lá. Pois prefiro continuar acreditando que para Telepará, estamos em 1º lugar.
Lúcio Reis               
 
Nota do autor: TELEPARÁ era a sigla da companhia de telefonia do Estado e hoje, desde já há alguns anos, foi incorporada pela OI e, mesmo a despeito de 22 anos terem passado, todos sabemos como está a qualidade do serviço, ainda que a tecnologia tenha avançado sobremaneira.


Belém, Pa, em 21 de maio de 1992.

TELEPARÁ


Neste espaço (Jornal O Liberal), ao longo do tempo temos lido diversas reclamações sobre a morosidade da TELEPARÁ, que precisa até mais de 72 horas para reativar uma linha telefônica, muito dos casos, terminais desativados mesmo com a inexistência de débitos.

Dia 19 de maio, esse Jornal – O Liberal - e a TV Liberal mostraram matéria informando que no dia seguinte a TELEPARA iria desativar 20 mil terminais por falta de pagamento. Até aí, nada de anormal, pois quem não cumpre com sua obrigação (pagar a conta) não pode exigir direitos (terminal ativado).

Da matéria jornalística vinda ao público, o que chamou atenção é que a TELEPARA declara que o serviço de desativação consiste simplesmente na colocação de uma espécie de chave ou grampo num determinado painel e que apenas no dia 20, iriam desativar 20 mil telefones inadimplentes.

Portanto, se o procedimento de desativação é banal, concluí-se obviamente, que procedimento de reativação banal é, pois basta simplesmente retirar aquela chave de bloqueio, logo, não se justifica e não há nenhuma razão plausível a que seja gasto tanto tempo na reativação de um terminal, pois normalmente o usuário comparece às lojas de atendimento munido da conta devidamente quitada ou as quita na agência bancária no próprio posto.

Gostaria de registrar que não me incluo nos 20 mi, que teriam suas linhas desativadas.

Lúcio Reis


Belém, Pa, em 06 de maio de 1992

ÔNIBUS


Em outras ocasiões expus aqui – no Jornal O Liberal – comentários sobre transporte coletivo urbano desta Cidade, quanto a qualidade do serviço até a tarifa, principalmente em relação a Planilha de Custo do Sindicato Patronal, que sistematicamente alega prejuízos e, reclama até mesmo dos poucos cruzeiros, para eles, que o Prefeito glosa, mas para o usuário de grande valia e, até hoje nenhum detentor da concessão do serviços público, devolveu a mesma ao Poder Público. Passando minhas considerações pelo Colegiado da CTBEL, que jamais votou favoravelmente ai usuário.

Bastou o Poder Executivo Municipal autorizar a quebra do monopólio da linha que explora o percurso Belém/Outeiro/Belém, para que outros entrassem no circuito, esquecendo a redução da frota – prática denunciada publicamente, sem nenhuma coerção – esquecendo os prejuízos provocados pela não concessão dos valores pleiteados na Planilha de Custo e, agora, até mesmo “por iniciativa própria” dilatando esse prejuízo em mais CR$70,00 cruzeiros.

Com isso, por fim a máscara caiu! Só resta agora, com esse procedimento dos empresários de ônibus, que a CTBEL e o Gestor Municipal, aprendam a lição de que o item ganância é o que mais caracteriza a Planilha de custo.

Caso não aprendam a lição, quando da próxima decisão final sobre tarifa de ônibus, a cargo do Prefeito, basta que a função seja passada interinamente à Juiza Marta Inez, a qual sabe muito bem – já deu provas disso – tomar a decisão que vai de encontro aos interesses da coletividade. Com certeza ela não vai privilegiar uma minoria em detrimento da maioria.
Lúcio Reis



Belém, Pa, em 27 de abril de 1992.

COSANPA

É fato comum tomarmos conhecimento do grande número de reclamações que se debruçam sobre o balcão do usuário da COSANPA diariamente, em função de cobranças excessivas, tanto no total em cruzeiros, quanto no total em m³ consumidos.

Isso tudo sem falarmos da cobrança indevida, ou seja: aquela para a qual o fornecimento de água não foi efetivamente realizado, ou se o foi, foi de modo insatisfatório inclusive quanto a qualidade do líquido.

Para as mazelas acima, descobrimos, domingo dia 26 p.p. por volta das 14:30 h, uma das origens que levam a Companhia, a tentar fazer caixa a qualquer custo e a custo da desgraça do consumidor: “O fato foi protagonizado pelo Gol branco pertencente a COSANPA, chapa BK 9832, que pela Almirante Barroso, naquele dia e horário, trafegava tresloucadamente como que se estivesse em Interlagos, cortando ora para direita, ora costurando para esquerda e, onde a luz estava vermelha o condutor só enxergava a verde e, queira Deus, tenha chegado a seu destino, sem que tenha danificado ou aniquilado o patrimônio de um pacato cidadão que por aquela via trafegava tranquilamente.”

Como os chamados jamais são atendidos com a presteza de velocidade com a qual aquele veículo era conduzido, o motivo daquela corrida, salvo uma explicação bastante plausível e convincente, só pode ser entendido como o ato isolado irresponsável e inconsequente de alguém que não preza por sua vida, pela vida de terceiros e não tem o menor resquício de seriedade com  o patrimônio do cidadão e o público.

Com a palavra a Presidência da COSANPA, aquela data.

Lúcio Reis

 

Nota: a matéria abaixo como podem constatar foi escrita há 18 anos e pelo que foi mudado, tinhamos razão em nossas ponderações e hoje, pelo menos com a tecnologia disponível ficou muito mais fácil para o cidadão cumprir seu dever. Apenas as garras do “leão” continuam afiadas e mais do nunca e a bocarra sempre insatisfeita e querendo mais e mais.


Belém, Pa, em 04 de maio de 1992.


IMPOSTO DE RENDA


Todos os anos, nesta época, o brasileiro se vê as voltas à processar o preenchimento de seu formulário para prestação de contas anual com “Leão” do Imposto de Renda.

A Receita Federal coloca à nossa disposição o fone 146 para esclarecimentos mas, que invariavelmente em função das muitas duvidas encontra-se ocupado. Além dele, o Órgão inseri no manual o exemplo de preenchimento de um hipotético contribuinte.

A título de cooperação gostaria de sugerir que para o próximo exercício, a Receita acrescentasse no exemplo odocumento de rendimento anual desse hipotético contribuinte. Acredito que se assim o fizer, resolverá incontinente o problema de parcela considerável de brasileiros, pois como vivemos num País de assalariados, fatalmente as dificuldades no preenchimento para essa maioria se reduziria sensivelmente, pois haveria apenas as diferenças de valores e por conseguinte o 146 ficaria mais livre para casos mais complicados.

Seria interessante se a Receita pudesse responder porque não podemos compensar o Imposto Retido na Fonte sobre o 13º Salário, apesar de lançarmos o rendimento sujeitoa tributação exclsuiva e valor líquido do mesmo, pois da forma que está sendo feito, tem característica de empréstimo compulsório, sem data de devolução.

Lúcio Reis
            


A respeito do tema abaixo, a sociedade brasileira ao passar e viver esses 22 anos, já sabe o que adveio com essa política de passar a mão na cabeça de delinquentes de 15 a 17 anos e, seria interessante que as estatísticas mostrassem quantos pais de família foram sacrificados e quantos menores foram recuperados. Basta estar informado para saber a resposta: centenas e nenhum, respectivamente são as respostas.


Belém, Pa, em 02 de abril de 1992.

ESTATUTO

Em relação à carta da Advogada Regina Luiza Taveira da Silva, do Centro de Defesa do Menor, publicada em 02/04/92 no Jornal O Liberal, gostaria de tecer as considerações abaixo, antes não sem registrar que estou do lado de cá, onde não se consegue portar tranquilamente um relógio, um tênis, um cordão e nem sequer a própria vida. Portanto, não fiquei alijado do meu instinto de preservação da espécie e nem tampouco subvalorizar o que já consegui com muito sofrimento, muita honestidade e muito trabalho, enquanto que ela está do lado de lá, diariamente envolvida pelo conhecimento da prática de infrações por “menores de 14,15,16 ou 17 anos”, anjinhos que não titubeiam em apertar o gatilho e ceifar a vida de qualquer um, que se lhes atravesse o caminho.

Quanto ao Estatuto, só não vê quem não quer, que após sua vigência do delitos praticados por menores se avolumaram consideravelmente, além do mais, se as leis fossem rigorosamente aplicadas, a história seria diferente.

Devo lhe dizer, entender perfeitamente a coerência do seu ato. Quanto a minha revolta, por V. Sa., a mim atribuída, ela não existe, pois teci comentários sobre a realidade dos fatos e, aproveitando o ensejo, gostaria de saber se essa advogada pode responder as seguintes perguntas:

1º) A quantos menores V. Sa., dá emprego em sua residência?

2º) Como é que uma criança de 16 ou 17 anos, porta um revolver 38, carregado e municiado?

3º) Como é que essa mesma “criancinha indefesa” tem coragem e sangue frio para acionar o gatilho e matar sem dó nem piedade outra criança de 14 anos, cujo pecado foi ir jogar futebol no quintal do colega e estar com um relógio no pulso??

4º) Que benefícios o Estatuto trouxe à sociedade, se hoje não se consegue nem manter um muro pintado e, muito menos usufruir o direito de ir e vir livremente pelas vias públicas?

5º) Como é que pobres crianças arranjam dinheiro para adquirir cola ou ‘spray” e não conseguem para um pedaço de pão?

6º) Se ela ou algum familiar e até mesmo o amigo seu, já foi vitima desses “infratores e vitimas de uma sociedade que não lhes dá oportunidade”?

Atente para as faixas etárias que mencionei. Como não sou insensível a ponto de tomar conhecimento de barbaridades e fazer de conta que nada aconteceu e ainda não calcancei a espiritualidade cristã de oferecer a outra face, entendo que alguém deva responder judicialmente por essa bandidagem e, esse alguém não pode e nem deve ser o cidadão trabalhador.

É melhor ensinar a pescar do que o peixe ofertar.
    Lúcio Reis 

Belém, Pa, em 05 de março de 1992

PUDOR

Autoridades policiais do Rio de Janeiro – talvez a  Cidade mais violenta do País – armam um processo com o intuito de penalizar o Sr Joãozinho Trinta e um casal de modelos, por atentado ao pudor, o qual no desfile na Sapucaí, ficou desprovido dos adesivos que lhe cobria a genitália.
O mais interessante é que lá, como aqui, nenhuma autoridade policial ou judicial, teve a iniciativa de inquietar aqueles que encerraram as portas dos manicômios e, colocaram nas ruas, doentes mentais que perambulam pelas vias públicas, tal como chegaram ao mundo e, que é de lamentar, servindo de chacota para doentes – entendidos como sãos – em estado pior do que eles que perderam a noção do que é estar nu ou vestido.
O mais impressionante ainda, é termos nossas salas de estar invadidas por novelas com cenas de sexo explicito e outras, onde o nu de ambos os sexos é explorado comercialmente, sem nenhuma contestação de nossas autoridades e, não vai aqui nenhum falso moralismo.
O que mais provoca náuseas, é que brevemente e em horário nobre, seremos obrigados, a não ser que desliguemos nossos televisores, a conviver diariamente com  o atentado a verdade a seriedade, atentado ao trabalho e ganho honesto, bem como sermos telespectadores de um festival de asneiras e baixarias, pois vem aí o horário político. Isto sim é uma verdadeira agressão e violência contra o cidadão trabalhador e construtor do progresso deste País.
Se desfile de carnaval fosse um conto de Branca de Neve e os 7 anões, aí então as autoridades cariocas estariam com toda a razão.
Lúcio Reis

Belém,Pa,em 18 de fevereiro de 1992.

  
LOTERIAS

Com a chancela do Governo Federal, temos visto nos veículos de comunicação, pontuando também na TV, chamadas comerciais sobre Loteca, Loto, Sena, Raspadinha e etc..., sob a administração da centenária Caixa Econômica.
Num País, onde a Educação, a Saúde, a Moradia e a Segurança Pública, são itens sociais com um dos maiores grau de vulnerabilidade e problemático comparativamente a outros países e, esse mesmo País emprega vultosas importâncias em propaganda de jogos sob sua tutela, para os quais o único concorrente, o jogo do bicho, encontra-se na "clandestinidade" da contravenção penal, no meu entender, esse comportamento não bate coerentemente com o objetivo de modernidade que se pretende implantar na economia deste Brasil.
Ainda hoje assistimos os capítulos da novela 147,06%, na qual o velhinho aposentado é chicoteado e massacrado em seu direito, pelo rebengue da fraude da corrupção que assola o Órgão e, por uma elite diri­gente sem o mínimo de sensibilidade, pois economicamente não conhece o milagre e o heroísmo que é sobreviver com um salário irrisório e sem poder aquisitivo.
Enquanto o ancião morre de raiva nas filas, a mídia desfila um rol de trevos e jogos do governo, dos quais, há muito a sociedade não tem conhecimento de uma prestação de contas e principalmente a destinaçao dos lucros.

LÚCIO REIS.

Belém,Pa, em 17 de fevereiro de 1992

INVASÃO

Recentemente a população de Belém foi informada da ação da COHAB, com o objetivo de expulsar (despejo) dos imóveis por ela negocia­dos e, os mutuários inadimplentes.
É óbvio que quem não cumpre sua obrigação, não pode exigir direitos, mas, é certo também que o mutuário é absolutamente o dono do imóvel, quando o compararmos com o invasor.
Sabe-se que o invasor, literalmente roubou ou até mesmo furtou o imóvel que ocupa, ao contrário do mutuário que ali entrou legal ciente, pois assinou um contrato ou promessa de compra e venda. Todavia, entre a ação de expulsar um proeminente comprador e um invasor, vai  uma grande distância. O último, os fatos indicam gozam de privilégios e tra­tamento diferenciado, pois via de regra dificilmente são retirados do imóvel invadido.
Para ilustrar a situação, há um fato, no qual o proprietário do imóvel, no Conjunto Maguari, alugou-o a um determinado cidadão.Este por alguma necessidade afastou-se dele num fim de semana e, dias depois ao retornar ao seu lar, encontrou-o com as grades do ferro arromba­das e um invasor devidamente acompanhado de sua família ali instalado.
O locatário apenas conseguiu reaver alguns móveis e o Locador até hoje não o conseguiu de volta, tendo em vista os entraves burocráticos e outras dores de cabeça, culminou por assinar um termo de desistência do imóvel, em favor do invasor.
Por isso, é que muitos acreditam que: “o errado é que está certo”. E viva a bandalheira.

Lúcio Reis

Belém, Pa, em 25 de novembro de 1991       

A I D S
 Paulatinamente, independente de status social, situação sócio econômica financeira., as vítimas da AIDS vão sucumbindo uma a uma.

Com objetivo de prevenção contra o mal, o governo vem encetan­do campanhas de alcance público, inclusive pela televisão também. Porém, o método usado, tomando em consideração a dimensão e gravidade do problema, é muito acanhado e sem nenhum impacto capaz de originar sequer, algum medo nas pessoas em relação a síndrome.

Ninguém, com certeza, passará a tomar as devidas precauções pelo fato de ouvir na TV alguém declarar:”se você se cuidar, a AIDS não vai te pegar" e aquelas outras recomendações que nem os próprios interpretes acreditam naquilo que falam, tal como o compartilhar a mesma seringa e etc...

  Acredito que o que deveria ou poderia ser feito, seria uma campanha, através de dois curtíssima metragem, no qual um jovem musculoso e sadio desportista - valendo tanto para um rapaz, quanto para uma moça - sem tomar os respectivos cuidados preventivos, entraria no mundo da contaminação quer pelo uso da droga injetável, quer através das DST (Doenças sexualmente transmissíveis) e, após o contato o ator passaria por um processo da maquiagem, o qual paulatinamente o iria definhando, passando pela incapacidade de praticar o esporte, passando pela prostação no leito, alcançando o estágio de doente terminal e por fim o óbito. Não deveria ser esquecido o trauma e as consequênciis no seio da família. Contudo, jamais poderia transmitir qualquer resquício de preconceito, rejeição ou astigma em relação ao portador do HIV.

Como se pode verificar, estou propondo a encenação cinematográfica do real, na qual até algum paciente terminal de verdade, poderia, desde que ele mesmo consentisse, participar da campanha e até mesmo obter alguma contraprestação pecuniária.
Os fatos nos indicam que o ser humano, mesmo sabendo que está contribuindo para seu extermínio, como o caso vivo do tabagismo, como é o caso dos pega de carros, de moto e etc..., que de vez em quando se trans­formam no passaporte de adolescentes para a outra vida, enquanto que o fumo lentamente vai cumprindo a mesma tarefa.

 O que é difícil de acreditar, é que m pleno século XX, o Homo sapiens, ao que tudo indica esteja perdendo o instinto de preservação da es­pécie, pois em relação as outras, ele se tornou um verdadeiro predador de si mesmo e, as baleias também que o digam.

Lúcio Reis

Belém, Pa, em 13 de novembro de 1991.

CENSO

O noticiário nacional nos informa sobre as dificuldades enfrenta­das pelos recenseadores, principalmente em São Paulo, que vão desde a recu­sa em recebê-los, até a declaração incorreta sobre rendimento familiar men­sal e sobre outros dados da pesquisa.
Esse item da atividade governamental nos mostra, em face do que foi publicado, a quanto anda a confíabilidade do cidadão em relação a admi­nistração pública deste País. Ê claro, todos nós sabemos o porquê.

Quanto a negativa em receber o censo, ou dar informação correta sobre, por exemplo, o número de habitantes do domicilio pesquisado, pode-se entender e concluir que no subconsciente de cada brasileiro, esteja a magoa ou o ressentimento de saber que, quanto maior o número de cidadãos descal­ços e descamisados, proporcionalmente maior, será a quantidade de representantes dessa massa nos parlamentos, a legislar em causa própria, se conce­dendo altíssimos salários e usufruindo dos mais diversos privilégios e até mesmo de uma imunidade capaz de abafar os mais sujos comportamentos.
Em relação a informação incorreta a respeito de remuneração familiar, o poupador ainda está ressabiado e escalcado, com a peça que lhe foi pregada pelo Plano Brasil Novo, o qual lhe confiscou a suada e sofrida poupança. "Gato escaldado de água fria tem medo".
"Diante de tudo isso, conclui-se a que estágio chegou nosso País, cujo povo não pode acreditar em seus governantes, pois estes não se fazem merecedores dessa confiança e, por conseguinte, a partir da premissa de que o povo é o responsável pelo destino de sua Terra, mui especialmente quando se trata de um  Estado Democrata, imaginemos o que será de nossa Pá­tria, na qual viverá nossos filhos e netos, cujo futuro, hoje está nascen­do no berço da mentira, da enganação e na falta de credibilidade.

Urge que alguém, que ainda resguarde dentro de si, um resquício de seriedade e que paute pelo caminho da moralidade, da legalidade, do trabalho honesto e que tenha aversão pela corrupção, que tome alguma providencia no sentido de reverter e atenuar os danos que virão como resultado dessa inversão total que hoje vivemos.

Pobre Nação, cujo povo se abriga sob o escudo da inverdade, a fim de se proteger contra malfeitores egoistas que não titubeam em conduzir um País ao caos irreversível.
Lúcio Reis

Belém, Pa, em 22 de outubro de 1991

PAIXÃO

"Fui enganada"! Esta é uma das frases que a ex-ministra Zelia Cardoso de Melo re­gistra em seu livro, escrito por Fernando Sábino, no qual relata passagens de seu romance com o ex-ministro da Justiça, Bernardo Cabral.

Está escrito no Livro dos Livros, o seguinte: "Dente por Dente, olho por olho". Conclusão: "o adúltero ex-ministro, de certa forma apenas vingou a todos nós brasileiros que fomos enganados pela ex-czarina da economia nacional, quando ela carregava aquela única bala que iria acabar com o "tigre” da inflação e ao mesmo tempo prometeu e indicou que o lugar mais seguro para nossas parcas economias, era a caderneta de poupança e, em seguida esses re­cursos também foram confiscados pelo Plano Brasil Novo. Portanto, assim como ela nos enganou, foi por ele enganada. Estamos vingados.

Hoje, quando o livro retira o cascão, é que se tem uma visão mais nítida do tamanho da ferida, que tanto mal vem proporcionando a todos os assalariados deste Pais, tal como a recessão, o desemprego e a alta inflacionária.

Todos nós sabemos que o estado sentimental de uma pessoa, altera o estado emocional, o sistema nervoso e o glandular e, por via de consequên­cia o estado físico e o psicológico de um ser. Imaginem uma pessoa nessa situação, ser responsável por medidas de grande gravidade e repercussão no seio da sociedade brasileira. Só poderia dar nos desastres que ocorreram. Exemplo: "A ministra expedia o tema das Medidas Provisórias, o ministro da Justiça ve­rificava ser a mesma inconstitucional ou não, a MP seguia para o Congresso e, uma apôs outra o governo foi sendo derrotado por edição de MP inconstitucionais e, o reflexo no País, todos nós sabemos, pois somos nós quem pagamos a conta.       
Recentemente o Congresso dos E.U.A. se viu as voltas com a indicação do Juiz Clarence Thomas ao cargo de magistrado na Suprema Corte, tendo em vista a denuncia de que ele "cantava" (abuso sexual) sua secretária. Vejam bem: lá só ocorreu a tentativa. Aqui o adultério se configurou e o adúltero, ainda por longoo dias se manteve num dos cargos mais importantes da Repúbli­ca. Todavia, não é de se espantar. Essa mesma pasta já foi ocupada por um contrabandista de pedras preciosas, o qual o povo lhe proporcionou uma imunidade parlamentar e tudo ficou na mesma.
           É por isso que nossa fama lá fora é de que não somos um País serio.
          Quem em palanque tanto falou em moralidade, que ia colocar os cor­ruptos na cadeia e, depois manteve em cargos de confiança e de suma relevân­cia auxiliares adúlteros. Em outro um auxiliar que desloca um carro oficial à conduzir uma cadelinha ao veterinário, sem citar o caso das louras lá fora, está difícil ou quase impossível conduzir esta Nação ao seu devido lugar.

                 Realmente é nitroglicerina o que há muito tempo, vem sendo sacudida e estirando na cabeça e no bolso do brasileiro.
Lúcio Reis.

Belém,Pa, em 29 de outubro de 1991

 
DIÁRIO                                                                                   

Há muitas décadas as mulheres deste planeta vêm se impondo com o objetivo de galgar posições, até então privativas do ser masculino e, a bem da verdade e com todos os direitos, elas tem se saído muito bem e merecidamente estão cada vez mais avançando em direção as suas metas.

As considerações acima visam a queda desastrosa, que a ex-ministra Zélia Cardoso, a durona da economia, recentemente promoveu nessa investida feminina, ao lançar ao público brasileiro seu diário amoroso, como se fora uma ninfeta, ao qual ela epígrafou como "Zelia uma Paixão".

Pertencente a geração dos "anos dourados", aquela em que a tônica era o romantismo sob as baladas dos Beattles, de Renato e Seus Blue Caps, as canções do Roberto e as orquestradas de Ray Connif, entende-se que seu primeiro caso date daquela época e, quem lá viveu, sabe que o tema era: "faça amor, não faça a guerra". Logo a primeira noite da ex~hippie deve tar sido a mais importante, tal qual aquela história do soutien: o primeiro ninguém esquece.

Logicamente e, ela mesmo relata em seu livro, outros dividiram com ela a intimidade de sua alcova. Porém, nominalmente o único a ser citado com ênfase e ocupando diversas páginas do compêndio foi o "descobridor” da deli­cia de sua minissaia nas reuniões ministeriais. O que gera espanto é que, en­quanto os outros são ilustres desconhecidos, o velho barrigudo e careca é ilustre conhecido, tanto quanto a ex admiradora de Jimmi Hendrix e de Jane Jopplin.

O Brasil vive uma seríssima crise. Estamos às vésperas de novas elei­ções. A ex-ministra está as voltas num caso de favorecimento de informações privilegiadas relativo a produtos de exportação, já tendo, inclusive, sido intimada a depor.

Sabe-se por outro lado, que uma das características do governo do Brasil Novo, são as jogadas de Marketing, capazes de inebriar os menos avisados, fazendo com que assuntos irrelevantes ao País e desinteressantes à sociedade, ocupem importantes espaços na mídia e abafem o que é relevante, tornando o sério em chacota e vice-versa.

Acreditando, por outro lado, que por detrás de um grande homem e de suas maiores realizações, esteja uma mulher, é verdade também, que muitas das vezes os problemas surgem, segundo os machistas, porque as mulheres raciocinam pelo útero, independente até, dá sua posição perante a sociedade.

O objetivo dessa literatura de alcova, que tenta reverter a idade cronológica de D. Zélia, só o tempo dirá. Pois de uma verdade temos certeza: Ela não é mais nenhuma cocota de 14 anos, para ser enganada, hoje em pleno era do bebê de proveta.
Lúcio Reis


Belém- PA, em 21 de outubro de 1991

RESTAURANTE

Belém é tida como a Cidade do já teve: "já teve coreto e quiosque no largo de Nazaré, já teve tranquilidade urbana, já teve pedra de liós, já teve homem público sério- Magalhães Barata, Fernando Guilhon - já teve lotação (ônibus) e assim por diante. Como também já teve grandes boites, bares, restau­rantes e casas do ramo, como á o caso do bar da Condor, o Pagode Chinês, entre outros.

Normalmente fecha-se e inaugura-se aqui uma danceteria, um bar, um restaurante, que no inicio, com o objetivo de atrair o cliente consumidor, promove facilidades, o tratamento é o mais cortês possível e por aí afora. Com a clientela formada e tendo ali se tornado ponto de referência e convergência, onde amigos se encontram às sextas-feiras para o bate papo molhado após o expediente semanal, inicia-se o processo de fritura" do consumidor o qual a casa entende ou dá de entender, que ele pode e deve ser tratado como o mais irrelevante naquela relação comercial, quando a verdade ele é o imprescindível.

Para ilustrar as considerações acima, relato-vos um fato que ocorreu sexta-feira, dia 18.10.91,  em um restaurante localizado à Av.  Doca de Souza Franco,  próximo à Av. Marechal Hermes, denominado Miralha.  Encontrávamo-nos ali desde às 19.30h,  em uma roda de conversa amigável e degustando um dos pratos da casa,  quando a partir das 21.30 h,  a gerência do estabelecimento mandou distribuir entre os presentes que a contar daquele momento seria cobrado couvert artístico,  além da taxa de 10% cobrada ao pé da conta. Logo, bi-taxação.

Senti-me como que se estivesse na plateia de um cinema, de um teatro ou até mesmo num campo de futebol e que, no meio da fita ou da peça, ou no intervalo do 1º para o 2º tempo nos fosse avisado: "para assistirem o resto do filme ou da peça ou então o 2º tempo da partida, terão que desembolsar mais "x" cruzeiros.

É claro, não se questiona aqui a cobrança da taxa. O artista também usa supermercado. Questiona-se, sim, a deselegância, a falta de consideração e de educação, como a mesma foi imposta. Entendo que seria mais decente e, não teria o sabor de assalto, se todos fossem avisados com antecedência ou, logo que chegássemos ao recinto houvesse um alerta.

Como entendo que esse tipo de casa não é exclusivo e que ainda há co­mércio sério e que eu, enquanto cliente é quem merece total consideração, pois ali não fui pedir favor. Ali não volto mais. E isso direi, assim como estou fazendo à você, aos meus amigos.

E diante do fato lamentável, lembro que recentemente tínhamos aqui o Gemini, a Saudosa Maloca, o Clube da Esquina, como alguns exemplos, e que jogavam frequentador pelo ladrão e, hoje...
Lúcio Reis

Belém, Pa,  em 10 de outubro de 1991

TRÂNSITO 

Outra vez uma inocente e indefesa criança, tanto quanto aquelas que são vitimas de extermínio pelo Brasil afora, teve sua vida ceifada sob os rodados de um caminhão em plena Almt. Barroso, quando ia a busca do saber, com o qual futuramente teria condições e discernimento para separar o joio do trigo, em relação aqueles que se propõem a governar o destino deste País, desta Terra, inclusive os "responsáveis" pelo trânsito.

Hoje, ao passarmos por aquele trecho vemos a presença de ate 4 homens do policiamento do trânsito. O remédio agora é inútil. A consequência pela falta de prevenção é irreversível. Poucos metros dali, no cruzamento da Trav. Mauriti, há um semáforo e uma pálida faixa de pedestre. Esta é o local mais adequado, o menos perigoso para o transeunte atravessar a pista, em re­lação ao ponto onde aconteceu o sinistro, no qual não há nenhuma sinalização de travessia de crianças ou de redução de velocidade.

Os colegas de Juliana fizeram seu protesto:  pedem uma passarela e mais segurança, para que outras vitimas não venham a ocorrer.  Esse gesto é digno de aplauso, de vez que é uma nítida indicação de que mais tarde nossos cidadãos não serão tão "cordeiros”, assim como o são os cidadãos de no­je, os  quais 24 h estamos sendo vitimas dos abusos de autoridades, de sucessivos  casos de imoralidade  administrativa, de corrupção, em fim de desmandos e desserviços, cuja consequência - uma delas - é perda covarde e irreparável da vida de uma criança.

Ainda em relação ao protesto, seria interessante e proveitoso que nossos  jovens iniciassem a fazê-lo  dentro do próprio carro do pai ou da mãe, que os levam aos seus respectivos colégios a que, por acordarem tarde,  trafegam em alta velocidade, avançam sinais vermelhos e, comumente em frente às escolas param em fila dupla a até tripla.

Em relação a nós pais, seria de bom tom que protestássemos junto aos órgãos governamentais, para que instituíssem no currículo escolar, pelo menos a nível de 1º grau, da 5ª à 8ª série, educação sobre trânsito, e assim quem sabe mais tarde, teríamos menos acidentes fatais, mais educação, sensibilidade e responsabilidade no trânsito, em relação ao transeunte a por conseguinte o jovem estaria preparado e educacionalmente apto a tirar sua habi­litação para dirigir aos 16 anos de idade.
Do jeito que está é que não dá para ficar, pois do contrário a mortandade continuará em frente ao Lauro Sodré, a ETFPa, ao Paulino ds Brito e etc ... De vez que o problema original é de educação e cultura.

Lúcio Reis

Belém,Pa, em 15 de setembro de 1991                                                                                                                                                                                       
JOÃO MALTA                             

O brasileiro ultimamente tem tido o desprazer, mais uma vez, de as­sistir tristemente as Leis deste País pisoteadas e jogadas no lixo da indecência do tráfico de influencia, com o beneplácito daqueles que a priori de­veriam ser os primeiros a fiscalizar, cumprir e fazer cumprir os ditames legais, se­rem obedecidos.

Refiro-me ao caso desse Senhor que tentou contra á vida do Prefeito de Canapi no Estado das Alagoas, não sendo réu primário e já tendo dado pro­vas concretas de seu instinto homicida quando aos 15 anos de idade ceifou a vida de um seu semelhante.

É de lamentar que tenha havido o intuito de atenuar seu crime, antepondo à sua frente o escudo de ser o irmão da Primeira Dama da República  e por conseguinte cunhado da Autoridade Máxima do País, o que obviamente não lhe faculta o direito de sair atirando em quem quer que seja e que, contrarie sua ideia politica.

É de lamentar ainda muito mais que as autoridades policiais e judi­ciaís daquela Terra não tenham independência funcional e da autoridade que os cargos lhes conferem e sejam apenas dependentes dos mandamentos e do espirito dos Códigos Legais, pois é inadmissível que um criminoso, sem que possua os requisitos que lhe facultem tratamento diferenciado, o venha recebendo pelo fato de ter um vínculo com a Casa da Dinda.

Por outro lado é um absurdo que no apagar do século XX, quando os acontecimentos no mundo não deixam dúvidas quanto ao desejo de liberdade dos povos, cujo maior exemplo é a URSS e a Alemanha, que no Brasil, ainda vivamos sob os tacões da chibata e do chicote, no mesmo estilo que pontuou aquele Nordeste à época de Virgolino, o Cangaceiro Lampião.

Pelo episódio que ora presenciamos, apesar de que o mesmo não se enquadra como crime hediondo, tem-se que reconhecer e dar razão aqueles que são contrários a instituição legal da pena capital neste País, sob a justificativa de que só os pobres serão alcançados pela pena letal.

Todavia, as esperanças ainda existem de que seremos e teremos uma Nação que esteja em harmonia com a índole cristã e pacífica da maioria dos brasileiros, o que obrigatoriamente será levado a efeito, não por aqueles que detém em suas mãos o poder, seja ele politico, econômico e financeiro, cuja origem ao longo desses anos foi a corrupção, a sonegação, a malversação do erário e etc..., mas sim, por aqueles com humildade, mansidão e amor no coração, característica deste povo sofrido e sambista.
LÚCIO  REIS.

Belém,PA, em 30 de setembro de 1991

PAPA

O Brasil - alguns Estados da Federação - se prepara para em breve receber de novo a visita do Representante de Cristo aqui na terra, o Papa João Paulo II, da Igreja Católica.

Nesses preparativos a imprensa noticia os volumosos gastos materiais. Cruzeiros destinados ao custeio de palcos, segurança reforçadíssima e computadorizada, papamóvel e etc... SÓ em Brasília fala-se em CR$680 milhões de cruzeiros.

A Igreja é pródiga em condenar as grandes potências pelos seus relevantes gastos em armamento nuclear, entendendo que esses dólares deveriam ser carreados à agasalhos, alimentos e remédios aos milhares de crianças que pelo mundo afora morrem de frio, de fome, sem teto e assistência médica, no que está incluído o Brasil.

Não precisa ser Clero, para concluir que ao invés de se preparar para a Guerra, aqueles que tem mais deveriam ou poderiam socorrer aqueles que tem menos ou não tem nada. Qualquer cristão consciente sabe disso.

Fica claro que quem opta - entre outras - por essa retórica discursiva e, na prática se comporta incoerentemente com a teoria do púlpito, está sim­plesmente usando o cajado da demagogia para conduzir a massa de rebanho ao lugar que não é aquele para o qual Cristo deu sua vida na Cruz.

A Bíblia, no que consigo entender, se resume basicamente em: Amor, Fé e Humildade. Sem a pretensão da ser juiz, concluo que quem dispende consigo ou consente que gastem fortunas para o seu bem estar individual em viagens de turismo, em detrimento de uma maioria de famintos, não seja uma boa lição e exemplo de amor; quem necessita de todo um exército com o intuito de lhe preservar a vida terrena, logo não pode ter fé em Deus, pois se sabe que a vida eterna ao lado do Senhor é o que nos faz transitar por aqui e que, quan­do é chegada nossa hora, não há aparato de segurança que evite o chamamento à prestação da Contas com o Juízo Final. E, em relação a humildade, basta comparar as vestes do Papa com as de Jesus, o apogeu do Vaticano onde vive o Pa­pa e como viveu o Filho do Carpinteiro.

Por essas e outras é que cada vez mais a Igreja se esvazia e prolife­ram as seitas. Ser cristão, acho, não é nada disso. Sê-lo, é como o faz a Irmã Dulce na Bahia. O resto é simplesmente comércio, ideologia e política.

Que beneficio cristão é consequência da visita anterior do Papa?

LÚCIO    REIS.

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